29 de dezembro de 2006

Buraco de fechadura

Gostaria muito que as pessoas que lêem o jornal da minha vida e me conhecem pessoalmente mo dissessem. Uma questão de confiança. Uma invasão consentida. De outra forma é como um jogo de batota, em que um dos jogadores sabe exactamente a mão do outro e que cartas vai lançar sem que este sequer suspeite. Já se estiver de sobreaviso, apesar de mostrar a mão, pode esconder uma ou duas cartas que não quer que sejam vistas.

18 comentários:

  1. Ja' meditei sobre isto.. mas a duvida fundamental que me assola e me faz desviar do pensamento original e' meditar sobre "o que e' conhecer alguem"? Quem nos cumprimentou com dois beijinhos numa festa? quem nos disse ola' durante 1 ano num local partilhado com quem nunca se teve uma conversa pessoal e transmissivel?

    hm... isto de rever amigos anda-me a deixar mto pensativo e a dizer coisas sem sentido...

    jocas
    b

    ResponderEliminar
  2. Também me aconteceu isso.

    Não me disseram nada.
    Nem uma, nem duas vezes.

    Fiquei farta que me vissem o jogo e acabei com o blog.

    Não dizem. E dizem que é porque pensam que não gostava que me dissessem. Mesmo depois de eu ter escrito alguns pedidos assim, como este.

    ResponderEliminar
  3. Um início de 2007 muito, muitíssimo fabuloso para ti, querida Luna. :)

    ResponderEliminar
  4. Contrariamente à maioria das pessoas, talvez eu seja aquela que à menos tempo "priva" consigo, mas independentemente disso acho que posso dizer que daquilo que tenho conhecido de si através dos seu posts me leve a voltar aqui diariamente, tendo quase a certeza que não me sentirei defraudada.

    Os seus posts têm encanto, ousadia, rebeldia, emoção à flôr da pele, têm indiganção, brincadeira, transmitem assertividade, poesia, inconstância, equilibrio e muitas mais coisas que não me saem...(gostaria de saber escrever..., mas sei ler).

    Eu não a conheço pessoalmente (e isto de conhecer alguém tem muito que se lhe diga), por isso fica sempre a dúvida de quem está por detrás deste ecrã, mas daquilo que me é dado a conhecer....parece-me ser um ser humano atento, sensivel, interessado e interessante.

    E porque se está a falar em conhecer alguém...lembrei-me de uma passagem de um dos livros que estou a ler. Harakuri Murakami diz assim:

    "(...)Se calhar, encontrava-me no limiar de um mundo, mundo esse habitado unicamente por Kumiko e que me era totalmente desconhecido. Aos meus olhos, via-o como um quarto enorme e escuro. Eu andava pelo quarto com um isqueiro minúsculo na mão. Mas a chama do isqueiro só me deixava ver uma ínfima parte da divisão.
    Conseguiria ver alguma vez o resto? Ou envelheceria e morreria sem chegar a conhcê-la bem?(...)"

    Sendo uma transcrição de um pensamento de um marido relativamente à mulher dele (são casados à 8 anos) acho que cai nem uma luva sobre...conhecer-se ou não uma pessoa.

    ResponderEliminar
  5. Bruno, quando digo conhecer não implica que seja um conhecer profundo, mas se existe convivência acho que no mínimo nos devem dizer que nos lêem.
    Quando descobri o teu blog foi imediatamente o que fiz, escrevi-te a dizer quem era.
    Da mesma forma gostei que uma colega de lab, que me descobriu acidentalmente, mo tenha dito.

    Dakini: eu sei, e lembrei-me exactamente de ti quando postei isto.

    Onda: Ao contrário do que possa pensar, tirando o aqui o Bruno que foi meu colega de curso e mais algumas pessoas que se contam pelos dedos das mãos, quem por cá pára não priva comigo. Conhecem-me da mesma forma que a Onda, só que há mais tempo.
    Agradeço-lhe o elogio e a atenção com que me tem seguido, embora lhe assegure que sou uma rapariga normalíssima, sem tantas qualidades como as que me atribui.

    Beijos a todos e bom ano!

    ResponderEliminar
  6. agora não tenho tempo para comentar mas sei q vale a pena. Amanhã também é dia!

    ResponderEliminar
  7. Izz: tu também me disseste quem eras e foi porreiro. Bjinhos

    ResponderEliminar
  8. Eu, e deixei um comentário no primeiro dia que li o blog e reconheci quem eras. Não me identifiquei na altura, creio.

    ResponderEliminar
  9. Headache, eu percebi quem eras através do teu blog. Isto vale especialmente para quem não tem blog, porque quem tem um acaba por se expor na mesma medida.

    ResponderEliminar
  10. Eu, Liliana Sintra, me confesso! Para ficarmos em igualdade de circunstâncias... Mas eu tenho um blog, portanto sou mais "honestinha"...

    ResponderEliminar
  11. Ah sim Liliana, tive muita dificuldade em saber quem eras!

    ResponderEliminar
  12. Mas Luna, tu nao escreves porque queres e te faz sentir melhor? Nao acho que o que te motiva a escrever va' mudar so' por saberes q mais ou menos amigos te leem. Tal como tu, algumas pessoas com quem nunca privei comecam a ler o meu blog por alguma razao.. e isso nao me faz diferenca. Sei tb de mtos amigos meus q vao lendo de vez em qdo e nao comentam sequer ou mo dizem directamente... sera' assim tao importante ou foi um desabafo de solidao temporaria? :-)

    jocas b

    ResponderEliminar
  13. Sim Bruno, escrevo porque gosto, porque me dá muito prazer. Mas gosto de saber quem me lê - que conviva comigo pessoalmente, os outros é indiferente.
    Porque me exponho, e tendo em conta que não divulguei o blogue a muita gente, gosto de saber a quem o faço.
    Por exemplo, o meu pai sabe que eu tenho um blogue. Já lhe mostrei alguns textos. No entanto - e felizmente - ele não me lê. Porque eu perderia metade da minha liberdade se soubesse que ele me lia, porque é demasiado próximo, e eu não me sentiria tão à vontade.
    Da mesma forma que ao falar da minha vida pessoal, de algumas situações concretas, gosto de saber a quem isso vai chegar. Até porque por vezes nem tudo é para ser interpretado literalmente, e quem me conhece tem sempre tendência para o fazer e tentar associar a pessoas e situações.
    No fundo gosto de saber a quem estou a contar a minha vida.

    ResponderEliminar
  14. Os que não te conhecem tb devem dizer?

    Mim não!

    Não me recordo como cá cheguei, mas curto ler-te, "prontos"!

    ResponderEliminar
  15. MInha cara,olhe q talvez seja melhor ñ saber...quem lê e, em especial, o q pensa...se o q pensa(interpreta) padecer de algumas leituras enviesadas...é q, quer se queira quer ñ, a liberdade vai à vida, nem q seja duma forma inconsciente...

    Quem nos conhece (e em especial quem nos é próximo emocionalmente!) tem tendência para interpretar duma forma mt pessoal e pessoalizada,ora o q em geral significa 'ñ dizer nada' é uma forma de guardar essas interpretações 'para mais tarde nos fazer recordar'...nem sempre pelas melhores razões...coisa q se evitaria se nos colocassem, de imediato, qq dúvida, mas claro q isso ñ interessa mt a quem 'se esconde'...

    Em resumo, quem lê de boa fé raramente se cala, raramente se mantém 'à coca'...se se cala, então...melhor mesmo q se mantivesse em silência permanente!, mas...diz-me a experiência q isso ñ existe e, mais tarde ou mais cedo, levamos na tola por isto ou aquilo q dissemos...'dissemos'como se o q escrevemos correspondesse a um retrato fiel do q pensamos, sentimos, queremos, amamos, odiamos, sonhamos... sem nuances, sem estados d'espírito, sem altos e baixos de humor, sem 'hj sim, amanhã sei lá!'...e garanto q isto nos tolhe a liberdade mais do q qq juizo crítico, moralista e/ou depreciativo...

    Eu prefiro não saber...sabendo!

    ResponderEliminar
  16. Eu leio o teu blog mas nós não nos conhecemos. Ainda.

    ResponderEliminar
  17. Eu não posso ser mais transparente!

    :p

    ResponderEliminar
  18. Eu ouvi, li e gostei...
    Vou voltar!!
    Agora já não é batota :)

    ResponderEliminar