19 de dezembro de 2006

Que passe depressa

Não voltei a ter Natal, não sei se voltarei a tê-lo, talvez quando tiver filhos, se os tiver. O Natal como o conhecia deixou de fazer sentido com a perda da minha mãe, muito menos para dois ateus convictos. Não voltei a fazer a árvore, montar presépio e decorar a casa com motivos natalícios, fi-lo a última vez há 2 anos, para uma surpresa à minha mãe, na altura já bastante doente. Sempre foi a alegria da casa, o coração, enquanto o meu pai a razão. Eu fiquei algures por meio caminho, mas diz quem sabe que mais perto deste. Deixo no blogue os últimos resquícios de lembrança desta época, como o Pai Natal piroso, para não me esquecer que um dia já foi uma época feliz. E passarei a consoada fingindo que é Natal, desejosa que tudo acabe bem depressa com medo de perceber que me habituei à sua ausência.