Eu bem tento, mas depois vejo destas coisas e não consigo

Ela acha-se boa pessoa porque ajudou a eliminar uma vida humana. Porque é disso que se trata um aborto. A eliminação de uma vida humana. Eu acharia que ela era boa pessoa se tivesse pegado naquele dinheiro (ou em mais) e tivesse ajudado a dita senhora a educar o seu filho.

Ela é a Fernanda Câncio neste post, que já tinha lido. A primeira coisa que denoto pela leitura desta verdadeira pérola, é que a Sra. Dona Mafalda Miranda Barbosa não sabe ler. Quer dizer, a senhora sabe juntar letras e formar palavras e tudo isso, só não percebe. O que é praticamente a mesma coisa. Só assim se pode compreender que não tenha percebido que a boa pessoa de quem fala o texto é contra o aborto apesar de já ter feito dois e um deles numa mesa de cozinha com uma bomba de bicicleta.

A segunda coisa que me chama a atenção é a solução prodigiosamente encontrada para resolver a situação: pegar naquele dinheiro, 400€ - gostei especialmente da ressalva entre parentesis ou em mais - e dá-los à futura mãe para criar o seu filho. Genial, como é que as criminosas que matam os seus próprios filhos nunca tinham pensado nisto? Que afinal aqueles 400€, oitenta contos, gastos ali na parteira podiam servir para criar a criança.

A minha única dúvida é se os oitenta contos deveriam durar apenas até aos 18 anos e consequente maioridade da criança ou se deveriam servir ainda para o sustento da mesma até à sua independência monetária, isto é, pelos 23 anos, altura do final de um curso universitário?

Ah, que parva, o filho da sopeira precisa lá de andar na universidade?