Uma adolescente de 14 anos entra no Hospital de Santa Maria com uma overdose de misoprostol, vulgo Citotec, o medicamento para o estômago liberalizado nos últimos cinco ou seis anos como método abortivo auto-induzido que resulta em inúmeras sobredosagens diagnosticadas nas urgências. Ana - chamemos-lhe Ana, é curto e serve - tomou 64 comprimidos. Remetida de um hospital de periferia, chega "já em choque" a Santa Maria, com "alterações vasculares importantes ao nível do tubo digestivo". Em bom português, a Ana está toda rebentada por dentro. A operação não a salva.
Um estado de alma. Uma ligeira depressão.
Talvez a "Ana" tivesse tanta dor de estômago que receasse que se fosse prolongar por mais 9 meses...
ResponderEliminar:(
Peço desde já desculpa pela invasão no seu blog, mas não resisto a comentar este post, que achei de especial interesse.
ResponderEliminarA Ana tomou 64 comprimidos para o estômago?
hum... fico a pensar.
Ah, já sei!! Também tive uma amiga que fez parecido! Mas, por acaso tomou mais... Foram entre 80 e 100 comprimidos, segundo me disse o médico que a socorreu, quando a levei ao hospital.
Foi um milagre a sua sobrevivência!
E eu fiquei tão feliz!!!
Ela não. Afinal não conseguiu o que queria...
Pois foi, não conseguiu matar-se, que era o que estava a tentar fazer.
Mas também não eram comprimidos para o estômago. Eram para dormir. E tomou-os com uma cerveja (será que foi isso que a salvou??).
Luna: fiquei também horrorizada quando li a notícia (pelo teu link), mas indo directa ao assunto: Não achas que uma criança que toma 64 comprimidos, seja do que for, precisa é de acompanhamento psicológico e/ou psiquiátrico ou mesmo de uma pequena lição de "auto-medicamentação"?
Isso não é matar um feto. É matar-se a si própria.
Mas, a Ana era só uma criança...
A minha amiga também.
Marisa