21 de fevereiro de 2007

Pensar pela própria cabeça

Há tempos emprestei um livro a um amigo. Discutindo-o posteriormente expus a minha interpretação do mesmo. Outro amigo, que ouvia a conversa, pediu-mo. Acedi. Terá passado sensivelmente um mês, talvez mais. Ainda não o conseguiu acabar de ler, muito atrofiante, diz ele. Ainda assim, revela-nos a sua interpretação da história. Pasmo ao ouvir uma repetição fiel das minhas palavras sabendo de antemão que serão repetidas muito mais vezes. Sinto-me incomodada com a apropriação de ideias, não tanto por serem as minhas, mas por duvidar que lhes chegasse sem que me tivesse ouvido falar. Isto sem que tenha passado além do episódio da maçã.

9 comentários:

  1. Opá, agora também quero ler o livro!!!

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  2. ...interessante!! e que livro é'???

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  3. É a Anna Karenina! Mas ela vai a Vla-di-vos-tok?... :-)

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  4. Não, não é. É bem mais curtinho. E mete um episódio com uma maçã (que me faz pesadelos). E é passível de diferentes interpretações.

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  5. ..bom!!!já não basta gramar com merdas pseudo-intelectuais,telenovelos(sim novelos) de invejável qualidade(só superada pela do grande cinema amish),politiquice de 25ª categoria, gajos feios a governar urbes importantissimas, comentadores anarco-sindicalistas com problemas edipianos latentes e agora não consigo que uma menina tam linda,tam,tam tudo revele o nome do tal livro cuja sinopse opinativa lhe foi sacada???

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  6. já sei qual é o livro!, é a metamorfose do kafka de certeza
    e tens razão luna, uma vez também caí nessa asneira de indicar um livro a uma namorada minha, dizendo que era fantástico por isto e aquilo e quando ela me devolveu o livro algumas semanas depois a tentar dizer por outras palavras aquilo que eu lhe dissera, acabei com ela :-)
    é mesmo irritante

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  7. "...caí nessa asneira de indicar um livro a uma namorada minha, dizendo que era fantástico por isto e aquilo e quando ela me devolveu o livro algumas semanas depois a tentar dizer por outras palavras aquilo que eu lhe dissera, acabei com ela :-)"

    Impossível não achar piada à situação! :-)
    Se bem que ache um exagero...

    (Não me lembro de nenhuma maçã... Mas concordo que é "passível de várias interpretações"; logo é demasiada coincidência que duas pessoas tenham a mesma.)

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  8. A minha interpretação é a seguinte... Já li o livro e não me ficou no goto. Tanto que já está tão bem arrumadinho debaixo de dezenas de outros livros que está difícil de procurar algo sobre ele. Mas sim, lembro-me de ter episódios um pouco revoltantes!

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  9. É o meu tipo preferido de pessoa irritante. Aquela que fala como se transportasse um grande génio, mas que inverte o raciocínio em menos de um puff assim que alguém o contradiz.

    "Pois, é isso mesmo!"

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