18 de abril de 2007

Vulgaridades

As séries "quem não quer peras, não sobe à pereira" da pipoca e "feio giro" da luna são como calendários de mecânico em qualquer oficina. Todos reclamamos o nosso direito à vulgaridade.

in Há minis e tremoços

Tem graça como é social e intelectualmente aceite que os homens gabem a beleza feminina sem que o seu valor seja por isso questionado - veja-se Pedro Mexia, que o faz regularmente, ou o blogue E Deus criou as mulheres, consensualmente referido por todos, incluindo os mais eruditos -, e quando toca às mulheres se acena logo com o estigma da vulgaridade. O que num homem é sensibilidade estética e elogio à beleza numa mulher é frivolidade. Pela minha parte parece-me bastante diferente publicar fotografias de homens que considero interessantes procurando fugir à facilidade dos padrões de beleza instituídos ou playmates mamalhudas de perna aberta em poses lascivas tipo "possui-me já meu grande garanhão que estou a amarinhar pelas paredes". Mas isto sou só eu. O resto continua a achar que mulher séria não tem ouvidos e de preferência olhos também não.

9 comentários:

  1. Não ligues... ainda há cabecinhas muito retrógradas!

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  2. quer queriamos quer não... ainda vivemos numa sociedade machista...
    isto é só um pequenino expemplo disso...
    mas há tantos!! mas tantos! e vindos de quem menos esperas!!
    se analisares bem os teus dias de certeza que todos o dias encontras algo que demonstra o machismo que ainda existe hoje!

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  3. A ideia deste moço é, infelizmente, a demonstração de muita da postura retrógrada que, para minha grande surpresa, grassa até nas camadas mais jovens.
    Discordo veementemente que as mulheres não possam ter os seus ícones de beleza, ou que não os possam mostrar ou discutir sem que isso signifique uma espécie qualquer de vulgaridade, até porque sou um acérrimo combatente da ideia de que as pessoas (mulheres ou homens, claro) conseguem ignorar o exterior se existir um interior muito bom.
    Sendo pessoas, e como tal capazes de produzir juízos estéticos, não vejo qual deva ser a diferença de género, nem entendo qualquer sugestão nesse sentido. Afinal, Pigmaleão também pode ser mulher.

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  4. Mas comparar a série "giros-giros ou feios giros" com a rubrica das peras e pereiras não é possível. Basta lá ir e ver aquele "anúncio" do sr. Paulo Paiva, e está tudo dito. Não difere muito da Pamela aí de cima (os colares são um must), lamento dizê-lo...

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  5. Só posso concordar com a Luna. Porque não pode a mulher gabar, olhar e comentar a beleza masculina? Pode e deve. Comentários de que estas coisas vistas por uma mulher são calendários de mecânico em qualquer oficina é próprio de quem acha que à mulher deve estar vedada muita coisa. Deste pensamento masculino sobra a vulgaridade, aqui sim.

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  6. Ó Luna... pela foto da pamelazinha que postaste acima, parece-me que visitaste mais oficinas do que a pessoa que escreve o "há minis e tremoços"... pelo menos dominas melhor o conceito do calendário.

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  7. Até tem razão, Luna, por que não poderão as mulheres tecer considerações sobre a beleza masculina?
    No entanto, peço que compreenda que, apesar de reconhecer o direito e de não catalogar de frívolo, a verdade é que nunca no masculino encontrei eu beleza alguma para tecer considerações!
    Mas isto, se calhar, são coisas de macho latino...

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  8. Pois eu acho que estás muito bem assim e continua lá com a tua série, que eu ainda n vi ninguém a queixar-se... ;)

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