Era impossível ficar indiferente a Alberto Romão Dias, quando, ainda verdes caloiros, entrávamos nas primeiras aulas de Introdução à Ligação Química. Como tão bem lembrou o Bruno, "ensinava a distribuição dos electrões nas orbitais usando a analogia das pessoas a entrarem nos autocarros - primeiro ocupam um de cada par de lugares vazios em cada fila, apenas depois comecam a juntar-se a quem já tem lugar", enquanto batia com o ponteiro na mesa de cada vez que nos começávamos a dispersar e a fazer mais barulho, e nos levava a saltar na cadeira de cada vez que o fazia. Podemos esquecer alguns professores, ou pelo menos não guardar grandes lembranças, não é o caso do Professor Romão Dias, que faleceu há dois dias, e a quem não posso deixar de prestar uma pequena homenagem.
Ler aqui a belíssima homenagem do De Rerum Natura.
Não frequentei o técnico nem conheci o senhor. Mas essa expressão deve ter feito escola. No liceu onde andei em Setúbal tive uma professora que também falava nos electrões no autocarro.
ResponderEliminarE o pau de giz lançado a quem estivesse na conversa, as perguntas dos exames de Química II, a primeira aula de cada ano com o anfiteatro a abarrotar com gente de todos os anos... :-(
ResponderEliminarCostumo ser uma visitante silenciosa, mas hoje não dá...
ResponderEliminarAinda me lembro, na 1ª aula de ILQ e depois de uma aula de praxe, de pensar assim que o vi entrar: "ná, agora já não me apanham! este não é o Professor, é o contínuo cá do sítio!"
Enganei-me redondamente (outra vez!), mas valeu a pena ter aulas com ele... Único.
"A. Romão Dias", escreveu no quadro.
"Querem saber o que é o "A"?? Ahh!"
E não disse...
Há pessoas que têm o poder de nos tocar, não é?!?
ResponderEliminarFelizmente eu também tive assim alguns professores.
É quem nunca esquecemos... Os pequenitos caloiros, ainda meio assutados ou sem saber o que lhes aconteceu... "Os caloiros este ano ainda são mais feios que o ano passado"... Marca, sem dúvida...
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