Manual de utilização

Ao que parece, alguns leitores já repararam que não tenho acentos nem cedilhas, e já se começam a ouvir algumas vozes de reprovação. Acontece que, neste momento, não tenho Internet em casa, ficando totalmente dependente do computador do trabalho para escrever. Ora, mudar os settings do teclado não me ajuda porque:

1. estes teclados tem menos teclas, e por isso falta sempre alguma coisa, como por exemplo o til ou o acento circunflexo, que tanta falta fazia ali em cima daquele tem;
2. não sou tão boa dactilógrafa que possa dispensar totalmente os símbolos nas teclas;
3. mesmo que fosse, as minhas mudanças sucessivas de teclado levam a que me tenha habituado a vários, pelo que intuitivamente posso até ir ao acento agudo, mas depois ando meia hora à procura do ponto de interrogação.

Assim sendo, mudar os settings do teclado está fora de questão. Decorar os atalhos também, que a minha geekyness tem limites. Restava-me então ir aos símbolos do word e colar as letrinhas necessárias uma a uma de cada vez que estivesse a escrever, o que é uma coisa extremamente prática e rápida. Um mimo, portanto. Pena que isso me impedisse de escrever. É que, não sei se já repararam, mas eu escrevo como falo, ou, neste caso, como penso. E eu penso rápido, pelo que convém acompanhar. E eu não sou o Pedro Mexia. Eu escrevo sem cuidado ou grandes preocupações de como está ou deixa de estar e não fico propriamente três dias a decidir qual o melhor adjectivo ou palavra ideal para acompanhar a harmonia do texto. E depois, não sei se já vos disse, tenho mais que fazer. Por isso, quanto muito, posso meter isto no compose do gmail e fazer check spelling em português, o que pelo menos serve para por til's nos nãos e viv'ó velho. Mais que isso, temos pena, mas não vai ser possível. Acentos e cedilhas continuarão a faltar regularmente. Nada que qualquer alminha que receba sms's ou conviva com adolescentes não consiga perceber.