28 de outubro de 2008

Vida de ciclista

Alem da chuva e da fome, outro tema recorrente será certamente a minha experiência sobre duas rodas, grande novidade para mim. Ora, coisa que dava para umas narrativas engraçadas são os meus quase-acidentes, as vezes que pensei serem o meu fim, ai ai ai que me parto toda e que vou desta para melhor. Infelizmente, como já por varias vezes referi, o meu pai lê o meu blog, e vá-se la saber porque, não partilha com o mesmo entusiasmo e sentido de humor estas peripécias, coisa de pai, sei la, não lhe da para rir que eu quase morra. De modo que escolho omitir detalhes e conto apenas que ate agora só cai duas vezes, ambas durante o mesmo trajecto, pelas 3 ou 4 da manha - who cares? -, parada, enquanto voltava para casa depois de uma festa. Devo acrescentar que andar de bicicleta com os copos não e nada fácil, mas que parar a bicicleta com os copos e ainda pior.
No mesmo dia, umas horas antes da festa, estou convencida de ter tido um encontro imediato com o maior energumeno de toda a Holanda e quiçá dos países vizinhos. Foi azar, que aqui, não só respeitam as regras porque são um povo que, em geral, respeita as regras, mas também porque a culpa e sempre do condutor, mesmo que o ciclista se lhe mande para cima feito kamikase. Então não e que este grandessíssimo filho da puta*, não só resolveu passar numa rua permitida apenas a transportes públicos, como, para se livrar do radar, se meteu em sentido contrario numa zona com separador central e sem espaço para a passagem de um carro e uma bicicleta, exactamente enquanto eu estava a passar? Confesso que, nesse instante, vendo o carro avançar na minha direcção, comecei a ver a minha vida a andar para trás. Valeu-me o facto das minhas cycling skills terem melhorado substancialmente durante as ultimas semanas e ter por isso conseguido subir o passeio, num rasgo de lucidez e sangue frio, sem no entanto ter partido os dentes da frente, coisa que grande desgosto me traria.
A festa, by the way, foi muito boa.


*aqui posso chamar nomes porque pôs em risco a minha integridade física.

7 comentários:

  1. Clap, clap, clap. Uma artista da bina, eh nisso que te estas a tornar.

    Apesar de cada vez escreveres pior, devido a esses teclados sem acentos ou cedilhas. Demorei 10segundos a entender o que seria "quica" :)

    (tb eu escrevo mto assim, este teclado n me permite mto mais)

    ResponderEliminar
  2. Clap, clap, clap. Uma artista da bina, eh nisso que te estas a tornar.

    Apesar de cada vez escreveres pior, devido a esses teclados sem acentos ou cedilhas. Demorei 10segundos a entender o que seria "quica" :)

    (tb eu escrevo mto assim, este teclado n me permite mto mais)

    ResponderEliminar
  3. Essa de subir o passeio é fácil para um lisboeta, com o treino que aqui adquirimos
    :))
    Já agora: - quica??
    Porque não escreves... quissah?

    ResponderEliminar
  4. Recuso-me a usar h's e ss's. Manias... Em breve espero ter net em casa e nessa altura corrigir os textos sem acentos nem cedilhas. :)

    ResponderEliminar
  5. Olha Luna, de facto a tua vida dava um filme! E eu até entendo o teu pai. Mas, desculpe-me senhor Pai da Luna, eu não consigo parar de rir das tragédias ciclisticas da sua filha. Ahahhahaha!!!!
    De qualquer forma, esperemos que fique sempre pelo quase... é que perder os dentes da frente pode ser mesmo motivo de muita tristeza.

    (E essa de subir ao passeio, faz-me mesmo lembrar o meu malho quando fui de Amesterdão a Leiden de bina - o que agora também me faz rir às gargalhadas)

    Beijinhos

    ResponderEliminar
  6. Não seria o energúmeno um emigrante português?

    ResponderEliminar
  7. "Devo acrescentar que andar de bicicleta com os copos não e nada fácil, mas que parar a bicicleta com os copos e ainda pior."

    confirmo!


    (desculpa lá a overdose de comentários, não vinha cá há algum tempo, mas tenho sempre a mania de ler tudo e, olha, desta vez apetece-me comentar uma data de coisas, que se há-de fazer?)

    ResponderEliminar