Uma coisa a que acho muita piada, é a este sentimento de culpa ocidental, que nos obriga ao politicamente correcto e a um sem fim de compreensão e tolerância para com os pobres e oprimidos, mesmo que sejam umas bestas, porque a culpa tem de ser sempre nossa, da nossa sociedade e do hediondo sistema capitalista em que vivemos, causa de todas as desigualdades e injustiças sociais. Só que, por mais que não concordemos totalmente com este modelo político e social, ele também não pode servir de desculpa a tudo.
Uma miúda, amiga de um amigo meu, foi no outro dia abordada por um grupo de muçulmanos que lhe perguntou o que fazia à noite na rua e se não devia estar em casa como lhe competia. Daí passaram aos insultos, depois às cuspidelas na cara, por fim à agressão. Simplesmente por ser mulher e exercer o direito à auto-determinação num país que lho reconhece. Seu único crime, não estar em casa como devem as mulheres decentes.
Não generalizando, nem querendo sugerir ser um tipo de comportamento transversal a esta comunidade, pagando justos por pecadores, o que venho apontar é outra coisa diferente, cada vez mais comum e sintomática do nosso peso de consciência sociológico. É que, comentando o facto com o meu flatmate, dou por ele a tentar compreender e imediatamente arranjar justificações condescendentes para algo que não é, nem pode ser, justificável, como este acto selvagem. Que são populações desintegradas, que se vêem à margem da sociedade, e que se refugiam nos comportamentos e costumes que lhes foram ensinados como certos, sendo a grande culpada, claro, a sociedade ocidental que não os integra. Obviamente, nunca encontraríamos desculpa possível se fosse um bando de holandeses a arrancar véus de cabeças muçulmanas em plena rua. Aí já não seria compreensível, ou perdoável, seria antes uma manifestação nojenta de intolerância e racismo. Como todo este "ai Jesus" em torno das declarações profundamente preconceituosas e ofensivas do cardeal patriarca, tão inaceitáveis para os escravos do politicamente correcto. E como sempre o cabrão do sentido de culpa a munir-nos de dois pesos e duas medidas nos julgamentos sociais, desculpabilizando constantemente os outros, que têm sempre mais direito a ser violentos, fundamentalistas e preconceituosos, porque a culpa nunca é deles, vítimas inocentes de uma cultura que os criou na intolerância e discriminação.
E lá vêm os eternos bem intencionados de bom coração e a sua elevação moral, sempre mais cheios de abertura e compreensão do mundo que os outros, os defensores incondicionais das minorias étnicas e do direito à identidade por todas as comunidades, à manutenção da sua cultura e costumes, mesmo que incluam prácticas horrendas como a circuncisão feminina, mas que temos todos de tolerar e compreender, fechar os olhos e condescender, porque é a sua tradição milenar e a isso têm pleno direito. E em nome da tolerância e, mais uma vez, do caralho do sentimento de culpa, aceitam-se comportamentos que deveriam ser erradicados, banidos e severamente punidos.
Do que se esquecem, muitas vezes, os grandes defensores destas maravilhosas culturas, absolutamente adoráveis e pacifistas, onde todos convivem em perfeita igualdade e harmonia, tão mais cientes dos direitos humanos, especialmente os das mulheres, ao contrário da decadente e viciosa sociedade ocidental de que tanto se envergonham, na qual estudam enquanto querem, dizem o que querem, vivem onde querem, vestem como querem, casam e têm filhos quando querem, e fodem com quem querem, é de se fazer as perguntas que faltam. Afinal, sob que cultura e tipo de regime prefeririam viver? Que sociedade julgam mais tolerante e civilizada? Qual mais respeitadora dos direitos humanos e liberdades individuais? Que modelo civilizacional consideram mais justo e evoluído? Eu, mal por mal, prefiro o nosso. Com os seus defeitos, com as suas falhas, as suas desigualdades sociais, as suas injustiças, esperando que com o tempo venham a ser diminuídas. Se devemos impô-lo ao resto do mundo? Certamente que não. Se é uma sociedade perfeita, muito menos. Mas também não devemos envergonhar-nos e, de cabeça baixa, pedir constantemente desculpa por ela, só porque é a nossa. Que já não há pachorra para tanta sabujisse e medinho de ofender.
Depois de tudo o que escreveste é difícil acrescentar-se mais alguma coisa...talvez que seja por essas e outras razões que o fundamentalismo que vi no meu antigo bairro em Amsterdão foi o que me fez sair de lá. Não por medo, mas por não estar de acordo com a minha maneira de ser e pensar, honestamente, dava-me engulhos ver a mulher caminhar X metros atrás do homem e mais engulhos me dava qdo eles me olhavam com lascívia. E como sempre me disseram que eu era politicamente incorrecta, não tive meias tintas e em vez de me "adaptar", mudei-me. Quem não está bem muda-se, certo?
ResponderEliminarHá coisas que estão mal, sempre mal, independentemente da cultura, credo, raça ou raio que o parta. Essa actuação para com a moça é inqualificável e criminosa. Estão cá, obedecem às nossas regras, não gostam, puta que os pariu, calam e engolem e acabou.
ResponderEliminarE ainda que lá estejam nas suas terrinhas, onde tudo isso e pior ainda se faz, esse tipo de tratamento degradante é errado, é e será sempre criminoso, porque atenta contra direitos básicos da pessoa humana, tenha ou não penduricalho.
Não tenho qualquer sentimento de culpa, e estou-me pouco ralando para que me atirem com o politicamente correcto, o relativismo cultural e outras baboseiras do género.
(quando leio histórias destas agradeço a sorte de ter nascido no ocidente e em país não muçulmano)
entre o cabrão muçulmano que insulta a rapariga porque a encontra na rua à noite, o cabrão católico que trabalha nas obras e atira piropos pornográficos à rapariga que passa lá em baixo durante a tarde e o cabrão judeu que ignora a mulher que fala com ele, venha o Diabo e escolha...
ResponderEliminarAcho que mais que criticar os muçulmanos, judeus, cristãos ou qualquer outra religião, devíamos criticar a falta de educação e formação das pessoas.
Não acredito que na história que referes, tenham insultado a rapariga porque são muçulmanos, mas sim porque são gente sem formação.
Afinal os preceitos muçulmanos, pelo que sei que não sou muçulmano, são mais respeitadores da Mulher, que os preceitos cristãos.
"Afinal os preceitos muçulmanos, pelo que sei que não sou muçulmano, são mais respeitadores da Mulher, que os preceitos cristãos."
ResponderEliminarResta saber em que século. Ou se esta frase é suposta ser levada a sério.
Quanto aos maus exemplos, existem em todas as culturas, de facto. Mas a desculpabilização desses actos, que pretendia denunciar, é geralmente tendenciosa e pende sempre para o mesmo lado.
Concordo e assino em baixo.
ResponderEliminarRelembro a polemva causada por um Imã na Autralia que comparou as violações de mulheres australianas por mulculmanos com a seguinte alegoria; "se eu tivesse um naco de carne no meu quintal e o cão do vizinho o viesse comer, a culpa não seria do cão mas minha porque expus a carne".
Religiões à parte, cada pessoa deve respeitar a lei do pais que está integrada. Não deixa de ser curioso eles elogiarem tanto as leis mulculmanas quando se refugiaram num pais ocidental exactamente para fugir de paises governados pela lei muculmana.
Eu respeito quem me respeitar a mim.
Também concordo que o *#$%@/ç]€# do sentimento de culpa não deverá ser aplicável. Infelizmente, este o é resultado contraproducente da nossa própria sociedade, isto é, por esta caminhar para uma maior abertura e menor discriminação, tende a recorrer ao politicamente correcto para não discriminar.
ResponderEliminarDe qualquer das formas, na minha opinião, não devemos condescender nem desculpar qualquer prática que entre em rota de colisão com a nossa sociedade, tal como outras sociedades não o fariam com a nossa, mas acima de tudo por uma questão de igualdade. Se não desculpamos os nossos delitos não devemos desculpar também os de outros, só porque são oriundos de outra sociedade. Afinal de contas, somos todos só uma sociedade.
Embora com diferenças incompatíveis, estas não devem nunca interferir com a máxima da liberdade: a tua liberdade não deve interferir com a de outros. Ora, isto tanto se aplica a indivíduos como a sociedades.
Não pretendia aqui defender os gajos que referes no teu post. Esses, só a tiro..., mas generalizar não me parece correcto...
ResponderEliminarQuanto à minha última afirmação no comentário anterior, prende-se apenas com a minha opinião formada depois de conviver com muçulmanos. Mas é apenas a minha. Para levar a sério, mas não para a forçar a ninguém.
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ResponderEliminarExactamente por saber ser passível de más interpretações, incluí a frase:
ResponderEliminar"Não generalizando, nem querendo sugerir ser um tipo de comportamento transversal a esta comunidade, pagando justos por pecadores"
Não quero de forma alguma entrar em confronto, mas quando escreves "Afinal, sob que cultura e tipo de regime prefeririam viver? Que sociedade julgam mais tolerante e civilizada? Qual mais respeitadora dos direitos humanos e liberdades individuais? Que modelo civilizacional consideram mais justo e evoluído?", isso parece-me uma generalização. Ou várias...
ResponderEliminarmas percebi o teu ponto de vista. concordo contigo, mas não alargo a queixa a uma sociedade mais ou menos civilizada, mas a grupos de indivíduos bem ou mal formados... sem necessidade de referir que são muçulmanos, cristãos, budistas, judeus, brancos, negros, amarelos...
;-)
Aí é mais que generalização, é confronto com a realidade e factos. Mas cada um é livre de viver na ilusão que quiser.
ResponderEliminarAliás, quem me for capaz de referir um exemplo concreto de sociedade mais livre que a ocidental, ganha um chupa-chupa.
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ResponderEliminarConcordo que os actos de certas sociedades são repudiáveis (e.g. mulheres de burca no porta-bagagens dos carros - Afeganistão). O grande problema é que isso é uma avaliação feita segundo os nossos valores: para eles, coisas que nós fazemos também são com certeza repudiáveis (e para nós naturais / nunca poriamos em causa). Portanto, é tudo questão de ponto de vista. Claro que isto não lhes dá o direito de agir cá como agem lá... mas era só mais um argumento.
ResponderEliminarNão vim aqui insultar ninguém... apenas comentei um post teu. Não pretendia de forma alguma incomodar-te, ou que os comentários se alongassem por causa de um ponto de vista diferente...
ResponderEliminarmas não ponhas a cultura ocidental toda no mesmo saco, porque então lá voltamos às generalizações e eu gosto de ser português, em tudo o que os nórdicos possam achar que tem de mau...
tens toda a razão em criticar o que os outros palhaços fizeram à rapariga. Mas consulta os registos de entidades como www.rsf.fr, ou de fiscalização de violência doméstica, censura, regimes ditaturiais e todo o tipo de atendado contra a tua liberdade e integridade e verás que a cultura ocidental que eleges como mais tolerante e civilizada é um poço sem fundo de crimes.
Volto a dizer, concordo nas tuas críticas aos cabrõezitos, mas daí a achares que uma cultura é mais tolerante e civilizada do que outra, pelo ato deles, parece-me exagerado e era só isso que pretendia com o meu comentário.
Quanto à vida na cultura ocidental que tanto defendes, tudo te correrá bem até ao dia em que apanhares um cabrãzinho ocidental pela frente que: te bata em casa, que abuse de ti sexualmente no trabalho, que escolha o teu colega para a promoção porque é homem, que te compre pelo sexo numa qualquer rua e paremos por aqui...
Há de facto países em que os conceitos de liberdade e integridade individual estão deturpados ou não existem, mas não andou esta Europa há uns séculos a queimar mulheres "bruxas"?... A mesma Europa que é considera a consciência e a cultura do Mundo...
Nomes como Franco? Salazar? Hitler? Mussolini? ainda neste século...
Felizmente que a evolução não é uma coisa linear. O que não quer dizer que não tenha o seu reverso - Países que evoluem mais rápido. Mentalidades mais "prá frentex", sociedades com maior consciência social e individual e pessoas também...
Criticar os gajos que insultaram e agrediram sim. Criticar toda uma civilização da qual conheces muito pouco por causa disso, é um bocado exagerado, não?
Quanto à tua liberdade na sociedade ocidental, gostava de acreditar nisso tanto como tu... ;-)
Prima:
ResponderEliminarSimplesmente brilhante!
Reitero a minha concordância contigo relativamente à civilização ocidental, com as assimetrias na distribuição da riqueza, com o assédio sexual, com a compra e venda de sexo, com a discriminação sexual no trabalho, com a homofobia,com a heterofobia, com o racismo e a xenofobia, com a violência doméstica, com a herança de intolerância religiosa e integrismos políticos de direita e de esquerda...
Com a certeza de que é um dos modelos de sociedade onde a liberdade e interdependência individual é maior, não estando disponível para exportação a não ser que o queiram importar.
O outro modelo extinguiu-se há 10 mil anos.
Beijinhos
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ResponderEliminarTal como ja te disse em comments anteriores, nao vale a pena tentar educar as pessoas. Falas num caso particular, chamam-te generalista.
ResponderEliminarTens toda a razao quando dizes que a nossa cultura nao eh perfeita. Mas eu prefiro levar nas trombas do meu marido e poder queixar-me ah policia (mesmo que talvez nao resulte, e veja-se pela quantidade de queixas-crime que resultam em morte), do que levar nas trombas do meu marido, NAO poder queixar-me a ninguem e AINDA dizerem que a culpa foi minha porque eu provoquei. Eh o que se passa em muitas sociedades trogloditas la para as bandas do Iemen. (E falo do que sei!).
Gostava que o pessoal que tanto defende as minorias etnicas ou outras sociedades, largasse o iPod, o telemovel, a net, as saidas a noite, os copos, a Zara e o Ikea e fosse viver 3 meses com essas minorias e sociedades. A ver se voltavam a carraspear de alto.
Eu nao defendo nada, nao defendo pessoal do leste, brasileiros, africanos, muculmanos, palestinos, isrealitas, holandeses, americanos, suecos ou chineses. Vivo onde vivo e nao me desgosta por ai alem. Ha muita coisa errada mas ainda assim, quero viver aqui, obrigadinha. Ao menos posso aceder ah internet sem a censura me cortar a ligaçao!
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ResponderEliminarBravo Luna!
ResponderEliminarGostei :)
Oh f...!, sei lá como tinha escrito um comentário que desapareceu.
ResponderEliminarHere we go again.
C@B:
não falamos, de facto, a mesma lingua e não seguimos, de todo, a mesma linha de pensamento e argumentação. A partir do momento em que se vai buscar a inquisição, o melhor é desistir e cantar o fado.
Há uns tempinhos atrás, e quem conhece a minha veia combativa e argumentativa sabe-o, poderia estar aqui eternamente a explicar tudo tintim por tintim, por A mais B, mas hoje em dia aprendi a aceitar que haverá sempre quem se recuse a perceber, e de nada vale falar de alhos a quem responde bogalhos. E estou cansada, essencialmente.
Mas considerando os comentários supra, e seguindo a linha de pensamento da Dejando Huella, diria que é por aí.
Sem dúvida que na nossa história abundam crimes hediondos e acontecimentos vergonhosos, mas falamos do here and now, do sistema democrático em vigor, da forma como a nossa sociedade tem evoluído, e em termos de comparação. Claro que criminosos, wife beaters, violadores, fanáticos, haverá por todo o lado e nenhuma sociedade estará livre deles, mas o ponto não é a excepção, é a regra - lembra-se da média +- desvio padrão? - e a forma como cada sociedade reaje a estes comportamentos. O cabrãozinho ocidental, o tal que me bata em casa, que abuse de mim sexualmente no trabalho, que escolha o meu colega para a promoção porque é homem, pode ser sempre julgado e posto na choldra, onde pertence, porque existem leis que me defendem.
Quanto às dúvidas sobre a liberdade, ainda que sejam muitas, I'll take my chances, e aposto que será maior aqui que no Irão. Cheira-me, vá-se lá saber porquê?
Mas não se amofine nem se sinta melindrado, que eu saiba não foi maltradado e eu gosto que manifestem a sua opinião, mesmo que contrária à minha, mesmo que demagógica.
Isto cansa-me muito.
P.S. Continuo à espera do exemplo concreto.
ResponderEliminarFuschia, ninguém aqui disse que a nossa sociedade era perfeita, longe disso - basta ler o texto com atenção - mas, relativamente ao que existe no presente, é aquela que garante mais liberdades e direitos ao homem, e convém frisar, à mulher.
ResponderEliminarE não me refiro ao passado, obviammente, mas apenas ao presente, pois se recuarmos o suficiente, podemos arranjar exemplos escabrosos para o que quer que seja.
É claro que em nenhuma sociedade haverá liberdade total - coisa inerente ao facto de se viver em sociedade e como tal regermo-nos pelas regras por ela determinhadas. E se essa liberdade é ainda frágil, e nunca defendi o contrário, ela existe, mais que noutras regiões do globo. Falamos de termos de comparação. Mas se pegarmos nas democracias ocidentais - once again, não falava de sistemas autoritários e ditatoriais do passado - oficialmente laicas - outro ponto importante - do presente (e possivelmente até sistemas do passado) e as compararmos ponto a ponto com os regimes do resto do mundo, à mesma época, será difícil não concordar que conferem, no geral, mais direitos e liberdades aos seus cidadãos.
Como a ideia que eu tenho da sociedade do futuro e o modelo civilizacional que defendo como caminho evolutivo ideal é o da igualdade de direitos e liberdade, democrático e completamente laico, mal por mal, acho o modelo ocidental bastante mais próximo do que desejo para o mundo que outros sistemas que não me despertam nenhuma simpatia, como o da maioria dos países muçulmanos.
A evolução não acontece ao mesmo tempo em todos os sítios do mundo, e por isso mesmo havemos de concordar que, pelo menos no momento, a nossa está mais acelerada, e por isso mesmo mais à frente. Se tem injustiças sociais? Sim. Imensas. E o modelo capitalista, agora a falhar, tem de ser revisto, sem dúvida. Mas há alguma outra onde existam menos desigualdades e injustiças sociais que na nossa? Não existirão tantas ou mais na India, onde ainda vigora um sistema de castas, em Africa, onde as diferenças entre dirigentes e elites e populações chegam ao ponto da náusea, ou nas sociedades árabes ainda meias feudais? Here and now! Here and now! Repito até à exaustão. E em comparação. Onde é que é melhor? Onde?
Concordo com os últimos comentários. Contudo, há que atentar que tudo o que vemos nos meios de comunicação social é-nos oferecido pela nossa comunicação social, e por isso é de certa forma filtrado e exibido de forma a tornar o sentimento anti-muçulmano ainda maior. É provável que eles também façam o mesmo e daí ambas a sociedades terem ideias distorcidas uma da outra. Poderá haver atrocidades na Europa que nem sequer são muito divuldagas por conveniência, assim como haverá coisas positivas nas sociedades muçulmanas que também não merecem muita atenção, pois isso não causa espanto e vendas.
ResponderEliminarQuanto à suposta "evolução de uma sociedade".. bom isso é algo relativo, e alvo de muitos estudos: afinal de contas, como se mede se uma sociedade é mais evoluida que outra? Pela tecnologia? Pelo nível de felicidade? Bom mais isto já é mais filosófico / out-of-context.
Mesmo assim, prefiro viver cá without any doubt :)
Índices de evolução (na minha perspectiva pessoal): democracia, direitos humanos, liberdades individuais, laicismo, igualdade entre sexos e raças, liberdade de expressão, liberdade religiosa, liberdade de escolha de orientação sexual, igualdade de oportunidades, justa distribuição de riqueza, preocupações sociais, direito à educação, à saúde, segurança social, desenvolvimento tecnológico e científico, cultural e artístico, and so on and so on.
ResponderEliminarE embora muitos destes pontos sejam fraquinhos, fraquinhos na nossa sociedade, muitos são simplesmente inexistentes noutras. E isso é um facto, independente de comunicação social ou propaganda. Basta ir fazendo uns check à frente de cada ponto para cada modelo e contar no fim. E deixa de haver tanto espaço para dúvidas.
Sim, verdade, era apenas uma ressalva para o aspecto da comunicação social.
ResponderEliminarQuanto aos critérios de avaliação, é verdade que são positivos e à partida desejáveis. O tema só é alvo de estudo porque, se por hipótese imaginarmos por exemplo uma tribo isolada em que não existe metade desses valores, mas que mesmo assim as pessoas se consideram felizes, dentro do seu "limitado" mundo, o que faz dessa sociedade menos evoluida que uma com esses critérios todos, mas em que as pessoas apresentam infelicidade devido por exemplo, à rotina? Era só aí que queria chegar, mas repito, é muito filosófico / pouco realista.
Uma parte do comentário anterior foi transcrita de uma discussão via e-mail onde era dado como exemplo de sociedade mais justa as tribos acéfalas, onde todos são iguais e vivem em harmonia. Confesso que já esperava essa abordagem, mas que nem a referi pois são sistemas que funcionam em pequenas comunidades de poucos indivíduos, mas que, na minha opinião, dificilmente poderão ser transpostas para sociedades de milhões, pelo que o seu exemplo não pode ser extrapolado.
ResponderEliminarEra apenas um mero exemplo.. e não o transcrevi de lado algum :)
ResponderEliminarE a temática já não era bem a do post no blog... nem para ser usada como abordagem. Como disse, a perspectiva real é bem diferente da teórica.
Era apenas um comentário fora de contexto, apenas para pacificamente discutir "o que é a evolução de uma sociedade?".. mas a discussão já sai fora do contexto.
A propóstio deste assunto aconselho a leitura: http://amigosdoalheio.blogs.sapo.pt/37926.html
ResponderEliminarno fundo temos aqui a velha história: o que é o bem e o mal?o certo e o errado?
será que por a sociedade ocidental ser superior em termos económicos é que consideramos as suas ideias e valores mais "correctos" que todos os "outros"?
e se de repente todos os "outros" também tivessem uma opnião e ninguém lhes tentasse impôr à força certos modelos, como seria tudo?
relembro que a maioria da população mundial vive nesses tais países...se todos estivessemos em pé de igualdade...
são só questões...mas quem tem as respostas?
PS: Parte do comentário comentário actual não foi transcrita de lado algum
Este comentário é o exemplo perfeito de que por mais que se escrevam quilómetros e se gaste o nosso latim, haverá sempre aqueles que não perceberão nada e que serão impermeáveis a qualquer argumentação racional. Quase dá vontade de perguntar: mas leu o que eu disse?
ResponderEliminarTal é, que nem me darei ao trabalho de ir muito fundo na resposta, uma vez que ela está espalhada ao longo das minhas 300 (sim, é exagero) respostas e explicações existentes nesta caixa de comentários.
Não sei onde leu que a nossa sociedade é melhor porque é economicamente mais forte, mas com certeza não foi aqui, até porque elaborei uma listinha sobre os meus check points de evolução civilizacional e nenhum inclui essa referência. E não me venham com merdas de relativização entre bem e mal, e que depende do ponto de vista, que não há nada de relativo em sociedades que permitem e aceitam como normal o apedrejamento público dos seus cidadãos, ou que se seja obrigado a limpar excrementos e ter uma vida miserável só por ter nascido na casta errada.
Quanto a não ter transcrito este chorrilho pegado de lado nenhum, parabéns! É sinal que consegue ser idiota por si próprio.
E que, certamente, não teve de se repetir até à exaustão, via caixa de comentários ou e-mail, nos últimos 2 dias. (Valerá a pena dizer que me citei a mim própria, ou nem isso?)
Peço desculpa, mas estou muito cansada e sem paciência nenhuma.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarBom parece que quem não leu as coisas como deve ser não fui eu.
ResponderEliminarEu primeiro lugar nunca afirmei que a nossa sociedade era melhor por ser economicamente superior. Apenas PERGUNTEI se seria por isso que era considerada a perfeita dentro do que se pode considerar perfeito.
Em segundo lugar NUNCA disse que aceito ser normal o apedrejamento público e todas as coisas horríveis que aqui já foram referidas, é condenável como é evidente.
Se tivesse ido ver o link que coloquei, pode verificar que a opinião ali expressa é muito coincidente com o post original e essa sim também é a minha visão. Se se tivesse dado ao trabalho de ler teria percebido.
Quanto ao bem e ao mal, se para si são questão relativas, então não tenho mais nada a dizer. Para mim são perguntas importantes a serem feitas, e que no fundo é o que nos faz pensar. Por isso também referi que apenas coloquei questões, que para mim são mais importantes que qualquer resposta, pois são elas que geram debates interessantes e fazem PENSAR.
Quanto à parte de transcrever as coisas, achei por bem referi-lo, pois existem certas pessoas que não aceitam opiniões contrárias e lançam esses comentários para diminuir as opiniões dos outros.
E fico triste em verificar que quando se deixa de ter argumentos válidos e se torna difícil aceitar opiniões contrárias se parte para o insulto.
"Bom parece que quem não leu as coisas como deve ser não fui eu.
ResponderEliminarEu primeiro lugar nunca afirmei que a nossa sociedade era melhor por ser economicamente superior. Apenas PERGUNTEI se seria por isso que era considerada a perfeita dentro do que se pode considerar perfeito."
Respondo-lhe com transcrições do texto e dos meus comentários anteriores:
"Se devemos impô-lo ao resto do mundo? Certamente que não. Se é uma sociedade perfeita, muito menos."
"Fuschia, ninguém aqui disse que a nossa sociedade era perfeita, longe disso - basta ler o texto com atenção - mas, relativamente ao que existe no presente, é aquela que garante mais liberdades e direitos ao homem, e convém frisar, à mulher."
"Se tem injustiças sociais? Sim. Imensas. E o modelo capitalista, agora a falhar, tem de ser revisto, sem dúvida. Mas há alguma outra onde existam menos desigualdades e injustiças sociais que na nossa?"
Creio que relativamente às afirmações de perfeição, estamos entendidos.
"Quanto ao bem e ao mal, se para si são questão relativas, então não tenho mais nada a dizer. Para mim são perguntas importantes a serem feitas, e que no fundo é o que nos faz pensar. Por isso também referi que apenas coloquei questões, que para mim são mais importantes que qualquer resposta, pois são elas que geram debates interessantes e fazem PENSAR."
Há questões que são relativas, e as que não são. E na minha - mais uma vez pessoal, uma vez que é um blogue pessoal onde expresso a MINHA (é irritante o uso de caps, nao é) opinião - visão do que são características desejáveis numa sociedade evoluída e civilizada, as seguintes, referidas em comentário anterior, não o são. A saber:
"democracia, direitos humanos, liberdades individuais, laicismo, igualdade entre sexos e raças, liberdade de expressão, liberdade religiosa, liberdade de escolha de orientação sexual, igualdade de oportunidades, justa distribuição de riqueza, preocupações sociais, direito à educação, à saúde, segurança social, desenvolvimento tecnológico e científico, cultural e artístico"
"Quanto à parte de transcrever as coisas, achei por bem referi-lo, pois existem certas pessoas que não aceitam opniões contrárias e lançam esses comentários para diminuir as opniões dos outros."
Nem percebo o que quer dizer com esta frase. Que pessoas? Que comentários? Diminuir a opinião de quem? Que eu saiba, a única pessoa que disse ter transcrito algo (meu, escrito por mim) fui eu, logo esse argumento seria usado para diminuir a minha opinião. Ora bem, foi exactamente isso que entendi.
"E fico triste em verificar que quando se deixa de ter argumentos válidos e se torna difícil aceitar opniões contrárias se parte para o insulto."
É a única coisa em que tem toda a razão. E daí o pedido de desculpas no final. E até um novo: peço desculpa pelo uso do adjectivo idiota, foi mau. Considere antes "dizer disparates". Mas eu perco a paciência quando sou forçada a repetir-me, e quando os argumentos usados são desonestos e inválidos.
Quanto ao texto, li-o à posteriori, confesso, mas não lhe vejo paralelismo com o que aqui foi discutido. Até porque é preciso nunca se ter vivido na america para achar que aquele texto é inocente.
Parte do teu post fala além de outras coisas, de sentimento de culpa; repara que é isso que o M. Richards condena: o sentimento de culpa que não temos de sentir face às minorias devido ao seu passado, pois a situação acaba por estranhamente se inverter: um excesso de desculpabilização face às minorias.
ResponderEliminarNão vale a pena alongarmo-nos na questão original porque é realmente um tema difícil e ainda mais por aqui.
Admito que sendo o blog teu, é normal e expectável que coloques as tuas opiniões.
Contudo, um blog não terá mais piada se acolher as várias opiniões sem as ostracizar? De forma mais simpática e amigável? Se assim não o for, acabarás por ter apenas seguidores no teu blog, o que acho que concordas, é menos desafiante (mas pronto isto já sou eu a divagar).
Não querendo defender ninguém, permite-me ilustrar, transcrevendo:
C@B disse...
[…]
Luna disse...
Oh f...!, sei lá como tinha escrito um comentário que desapareceu.
Here we go again. […]
C@B disse:
[…]
Luna disse...
não falamos, de facto, a mesma língua e não seguimos, de todo, a mesma linha de pensamento e argumentação. A partir do momento em que se vai buscar a inquisição, o melhor é desistir e cantar o fado.
Luna disse...
OMG... e ele insiste...
----------------------
Não sei como respondes noutros posts, pois só li estes últimos, mas se tiveres por hábito fazê-lo desta forma… Quanto à parte da transcrição, referia-me a esta situação:
Irónico disse...
[…] se por hipótese imaginarmos por exemplo uma tribo isolada em que não existe metade desses valores, mas que mesmo assim as pessoas se consideram felizes, dentro do seu "limitado" mundo, o que faz dessa sociedade menos evoluída que uma com esses critérios todos, mas em que as pessoas apresentam infelicidade devido por exemplo, à rotina? […]
--mais nenhum comentário entre estes--
Luna disse...
Uma parte do comentário anterior foi transcrita de uma discussão via e-mail onde era dado como exemplo de sociedade mais justa as tribos acéfalas, onde todos são iguais e vivem em harmonia. […]
Bom, se “com comentário anterior” não te referias ao comentário anterior, então desculpa, percebi mal. Se porventura te referias (até porque comentas o caso da tribo), então acabas por acusar a pessoa plágio, o que é sempre uma acusação forte.
Concluindo: tendo em conta que argumentas com bom fundamento/senso e uma óptima forma de escrever, terás necessidade de recorrer a situações que fazem parecer as outras opiniões parvas/descabidas? Até pode nem ser de propósito, mas é o que acaba por transparecer às vezes.
Contudo, não queria entrar aqui em confronto e muito menos dar lições de moral.
E lá vamos nós outra vez... 36º comentário... a sério, eu vou para o céu. (Peço já desculpa antecipadamente por esta demonstração de enfado, mas já estou cansada e especialmente saturada desta discussão de surdos onde já me repeti e expliquei vezes sem conta por palavras diferentes.)
ResponderEliminar"Parte do teu post fala além de outras coisas, de sentimento de culpa; repara que é isso que o M. Richards condena: o sentimento de culpa que não temos de sentir face às minorias devido ao seu passado, pois a situação acaba por estranhamente se inverter: um excesso de desculpabilização face às minorias."
Sim, e não. Porque basta viver uns tempos na américa para perceber que o racismo está tão intrínseco, é ainda tão patente, que esse orgulho branco é ofensivo. Sem me alongar, fui por duas vezes considerada "não branca". Só para se ter noção do nível de racismo latente nos "american white boys". Uma coisa é orgulharmo-nos duma sociedade que aos poucos vamos tornando mais perfeita, outra é a idiotice de nos orgulharmos de ter nascido brancos. Seria também para as restantes raças, se não fossem constantemente humilhadas e menosprezadas, e daí a necessidade de não se envergonharem das suas origens e lutarem para que os vejam como iguais, o que de todo não acontece (ainda).
"Não vale a pena alongarmo-nos na questão original porque é realmente um tema difícil e ainda mais por aqui.
Admito que sendo o blog teu, é normal e expectável que coloques as tuas opiniões.
Contudo, um blog não terá mais piada se acolher as várias opiniões sem as ostracizar? De forma mais simpática e amigável? Se assim não o for, acabarás por ter apenas seguidores no teu blog, o que acho que concordas, é menos desafiante (mas pronto isto já sou eu a divagar)."
Sim, é tudo muito giro e fofinho (a sério, gosto de debate de ideias) mas quando se começa a entrar por argumentações absurdas e inválidas, como ir buscar exemplos d há 300 anos atrás quando o que se discute é o presente, fico fora de mim. E não te esqueças que para vocês é giro, chegam aqui, mandam uns bitates, esperam que eu responda e pronto, é um contra um. Só que eu sou só uma, a responder a vários, o que acaba por ser um conta 10, o que é, no mínimo, extenuante.
"Não querendo defender ninguém, permite-me ilustrar, transcrevendo:
C@B disse...
[…]
Luna disse...
Oh f...!, sei lá como tinha escrito um comentário que desapareceu.
Here we go again. […]"
Temos pena, é a minha forma de escrever, isto é, exactamente como falo. E basta ler-me desde o primeiro post há 4 anos atrás, para se ver que eu digo palavrões, eu escrevo o que me vai na cabeça e de forma espontânea, e não é para ofender, é porque sou mesmo assim. "Oh fuck!..." era um desabafo de mim para mim, depois de ter passado 15 minutos a escrever um comentário que desapareceu não sei como. É, realmente, fodido. E foi chato ter de repetir.
"C@B disse:
[…]
Luna disse...
não falamos, de facto, a mesma língua e não seguimos, de todo, a mesma linha de pensamento e argumentação. A partir do momento em que se vai buscar a inquisição, o melhor é desistir e cantar o fado.
Luna disse...
OMG... e ele insiste..."
E não é que insistia mesmo? Sempre a bater na mesma tecla, insistindo numa relativização que não aceito, pois como referi, não aceito relativizações quando se trata de direitos humanos, e usando argumentos que considero absolutamente inválidos, exemplos pontuais de psicopatas na nossa sociedade não servem nunca para desculpabilizar prácticas horrendas que são aceites como normais noutras sociedades.
"Não sei como respondes noutros posts, pois só li estes últimos, mas se tiveres por hábito fazê-lo desta forma…"
Experimenta responder 10 vezes à mesma coisa, por palavras diferentes, e depois falamos sobre as virtudes da paciência...
"Quanto à parte da transcrição, referia-me a esta situação:
Irónico disse...
[…] se por hipótese imaginarmos por exemplo uma tribo isolada em que não existe metade desses valores, mas que mesmo assim as pessoas se consideram felizes, dentro do seu "limitado" mundo, o que faz dessa sociedade menos evoluída que uma com esses critérios todos, mas em que as pessoas apresentam infelicidade devido por exemplo, à rotina? […]
--mais nenhum comentário entre estes--
Luna disse...
Uma parte do comentário anterior foi transcrita de uma discussão via e-mail onde era dado como exemplo de sociedade mais justa as tribos acéfalas, onde todos são iguais e vivem em harmonia. […]
Bom, se “com comentário anterior” não te referias ao comentário anterior, então desculpa, percebi mal. Se porventura te referias (até porque comentas o caso da tribo), então acabas por acusar a pessoa plágio, o que é sempre uma acusação forte."
Obviamente, uma vez que estava em amena discussão com o rapaz há um bom par de comentários, referia-me ao MEU comentário anterior. E mesmo que a ambiguidade pela falta do "meu" pudesse suscitar dúvidas, a referência a uma discussão via E-MAIL, devia dissipá-las, porque a não ser que ele tivesse acesso ao MEU e-mail, seria difícil aceder-lhe e assim transcrever parte de uma resposta. Assim, estaria não só a acusá-lo de plágio mas também de hacker, o que era ainda mais grave.
"Concluindo: tendo em conta que argumentas com bom fundamento/senso e uma óptima forma de escrever, terás necessidade de recorrer a situações que fazem parecer as outras opiniões parvas/descabidas? Até pode nem ser de propósito, mas é o que acaba por transparecer às vezes."
Tenho. Enfim, ninguém é perfeito e eu sou daquelas pessoas que tem sempre razão mesmo quando não tem. E enfado-me com facilidade também. Enfim, vide post "Anger Management".
Contudo, não queria entrar aqui em confronto e muito menos dar lições de moral.
Ainda bem, fico muito mais descansada.
Terminámos? Está tudo explicado? Por favor diz-me que sim, porque se não eu corto os pulsos, a sério. (Isto não foi com intenção de ofender, mas peço já antecipadamente desculpa se puder ser considerado ofensivo)
ok, entendo o teu lado :)
ResponderEliminarengraçado. questão pessoal: é impressão minha ou esta estadia fora pelos states e pelos países baixos mudaram-te muito em termos políticos e de visão da sociedade? lembro-me de ler o teu blog antes e do que escrevias em termos politicos discordava 9 em cada 10. ultimamente é mais concordo 7 em cada 10 :P (e claro, a razão é sempre minha! )
ResponderEliminarmas voltando a uma discussão antiga num post teu algures, dou-te razão, o mal das universidades é os undergraduate students...
breijos
ps: ah. e concordo totalmente contigo em tudo sobre este ponto. os relativismos culturais e coitadinhos e nós que nao podemos dizer nada dos outros q é lá a cultura deles é uma imbecilidade sem fundo. é recusar-se a fazer o dificil exercício de avaliação da justiça e correcção de cada acto nosso ou dos restantes pq tudo é relativo e permitido.. é lá a cultura deles.. nunca gostei de fugas ao pensamento e avaliação
Talvez esteja mais cansada, mais pessimista, mais desiludida, menos crente. E talvez com maior sentido crítico e pouca paciência para o "que fica bem e bonito dizer" e para ir com a carneirada.
ResponderEliminarMas continuo de esquerda, mesmo que não concorde com todas as posições tradicionalmente por ela adoptadas.
(Tenho uma amiga, em tudo semelhante a mim, até na mudança de algumas visões que me diz a brincar: qualquer dia convidam-te para o 31 da Armada!) :)
Cara Luna, acabo de ler o seu post, e vi, muito rapidamente, alguns comentários.
ResponderEliminarConcordo com o seu texto, e fico estarrecido como ainda há muita boa gente a tentar justificar o injustificável.
Boa noite
Cara Luna, acabo de ler o seu post, e vi, muito rapidamente, alguns comentários.
ResponderEliminarConcordo com o seu texto, e fico estarrecido como ainda há muita boa gente a tentar justificar o injustificável.
Boa noite
Enfim, ainda há muito atrasado mental, com as manias que têm uma grande elevação moral, a acreditar no bom selvagem.
ResponderEliminarCoitados.
http://fiel-inimigo.blogspot.com/2009/06/politicamente-correcto.html
ResponderEliminarChapelada.
Concordo caramba. Concordo!
ResponderEliminarMenina dona Ana Luísa,
ResponderEliminarCompreendo perfeitamente que a menina na sua vida tenha tanta dificuldade em ter uma atitude politicamente correcta, porque nesta carta nota-se perfeitamente que a menina demonstra já uma grande dificuldade em ser apenas CORRECTA...
Vejamos os palavrões em que a menina se apoia para defender a sua tese baseada nas peripécias de-uma-amiga-de-um-amigo-seu-contada-ao-flatmate:
«fodem com quem querem»
Minha senhora, além da brejeirice utilizada – há maneiras bem mais simpáticas de dizer estas coisas - isto não corresponde de maneira nenhuma à realidade! Quem dera que assim fosse! Que Alá a ouça...
Falo por experiência própria: sou marroquino e, com base na fotografia do seu blog, juraria que já habitava na Holanda (perto de Leiden) ainda a menina não tinha sido concebida pelos seus pais.
«caralho do sentimento de culpa»
Quando há sentimento é porque a culpa realmente existe! Tenho uma vaga ideia que na sua terra até se costuma dizer onde há fumo há fogo! Ora, o que eu nunca ouvi dizer, ou melhor, vi fazer, é acrescentar ao sentimento de culpa o vernáculo que designa o membro viril masculino! Quer a menina excluir o sexo fraco deste sentimento, e com isto sugerir que o sentimento de culpa apenas aflige os homens, sobretudo quando mais tarde insiste em designar o dito cujo sentimento por “o cabrão do sentido de culpa” ?
Aqui está o resultado de vaguear até altas horas da noite pelos bares de Leiden em vez de ficar recolhida no seu lar como uma mulher decente: uma linguagem muito aquém daquela que certamente os seus pais lhe ensinaram...
Por isso, minha cara senhora, não posso ver no comportamento dos meus compatriotas qualquer tipo de desintegração, pelo contrário, estão a lutar pela elevação moral dos costumes e pela coesão da família e da sociedade. Para que a menina não passe de Ana de Leiden a Ana de Amesterdão – caso perceba a imagem...
E esta é a razão pela qual a sua carta foi agora utilizada como o exemplo a seguir num blog neo-con, que é contra o Islão e fanaticamente anti-politicamente correcto: http://fiel-inimigo.blogspot.com/2009/06/politicamente-correcto.html
O estranho é que a menina no seu blog até colocou links de blogs bem mais decentes e politicamente correctos, como o ASPIRINA B, ARRASTÃO, CINCO DIAS e o MINISCENTE, o que significa que nem tudo está perdido....
Mas por falar no MINISCENTE, envio-lhe um link com um artigo que publiquei em 2007 acerca de um caso semelhante: uma mulher portuguesa agredida à noite em Amesterdão. Veja sobretudo a discussão – vale a pena...
Link: http://luiscarmelo.blogspot.com/2007/05/new-european-laws.html
As minhas mais sinceras saudações multiculturais,
Carmo da Rosa
Um comentário sobre as "eleições" no Irão.
ResponderEliminar"O Cardeal Patriarca de Lisboa como Presidente ad-vitam de Portugal, acompanhado de um conselho de guardiães constituido maioritariamente por bispos, que se reunem na cidade santa de Fátima, determinam as escolhas os opções politicas do povo português. O sufrágio universal é um direito adquirido aplicando-se às escolhas filtradas préviamente pelo clero no poder. A vida em Portugal é regulada pelo estrito cumprimento e observância dos textos biblicos, o que é garantido por milicias católicas que intervêm sobre os cidadãos sempre que a integridade do comportamento cristão se encontra em causa. Divórcios, aborto, homosexualidade são liminarmente proibidos por serem anti-católicos. Todas as tentativas de laicização são combatidas com veemência e são consideradas ingerências nos assuntos internos de Portugal. Um controle firme sobre os meios de comunicação garante que os estados imperiais EUA, UE (interesseses de laicização) e UE (judeus) não interferem na República Católica de Portugal. A leitura e estudo da biblia, rezar o terço e peregrinações a Fátima passam a ser elementos estruturantes de cidadania.