Ladybird, conheço a tua opinião, e nem vou entrar em discussões políticas. Aliás, durante muito tempo simpatizei com o lado mais fraco, humilhado constantemente, mas não posso deixar de compreender o outro lado também.
A verdade é que as visões do conflito são, quase sempre, demasiado maniqueístas, como se a razão pendensse inequivocamente para um dos lados, e o facto de não conseguir atribuir razão a um lado não significa que não tenha pensado sobre o assunto e prefira o facilitismo de que me acusas.
E num certo pessimismo, já o escrevi há uns tempos, mas creio que este conflito só acaba quando houver apenas um de cada lado e um deles conseguir matar o outro.
De ambas as partes há razões, e basta tentarmo-nos pôr na pele de uns e outros para as vermos.
Ambos reclamam o direito a habitar um território a que ambos se sentem no direito, mas com o pormenor de se odiarem mutuamente e terem "Árabe/Israelita bom é Árabe/Israelita morto" como lema.
Temos os que querem proteger essa terra finalmente conseguida e os que não lhes reconhecem esse direito.
Temos um povo que reclama a elimininação de outro, e um que se recusa a ser eliminado. E que só ainda não foi por ser mais forte, convenhamos, porque se fosse ao contrário não sobraria nem um, ou temos ilusões? Um povo que não pode sar-se ao luxo de perder uma guerra, pois também só perde uma.
Temos um lado que, bem ou mal, apoia e alberga terroristas - sim, já sei que não é toda a gente -, e não me venham com merdas que no Hamas são todos muito bonzinhos, ai tadinhos, que só mandam uns rockets e uns homens bomba de vez em quando, que se os rockets acertassem na vossa casa e as bombas matassem a vossa família se calhar não achavam grande graça. Temos o outro lado que reaje com o poderio bélico que tem, desporporcionadamente, como em todas as guerras, fazendo vítimas inocentes, tal como os primeiros. Só que em maior número, proporcinalmente à sua força.
Qual tem maior legitimidade de as fazer? A meu ver, nenhum - mas isso sou eu que tenho esta mania que ninguém tem direito de matar ninguém.
Se é um David e Golias, é, claro que é. Mas com um David chato como o caraças sem parar com a porra da fisga, esquecendo-se que Golias tem catapultas.
grande verdade :s
ResponderEliminar"Neutro é aquele que já se decidiu pelo mais forte".
ResponderEliminarLadybird, conheço a tua opinião, e nem vou entrar em discussões políticas. Aliás, durante muito tempo simpatizei com o lado mais fraco, humilhado constantemente, mas não posso deixar de compreender o outro lado também.
ResponderEliminarA verdade é que as visões do conflito são, quase sempre, demasiado maniqueístas, como se a razão pendensse inequivocamente para um dos lados, e o facto de não conseguir atribuir razão a um lado não significa que não tenha pensado sobre o assunto e prefira o facilitismo de que me acusas.
E num certo pessimismo, já o escrevi há uns tempos, mas creio que este conflito só acaba quando houver apenas um de cada lado e um deles conseguir matar o outro.
De ambas as partes há razões, e basta tentarmo-nos pôr na pele de uns e outros para as vermos.
Ambos reclamam o direito a habitar um território a que ambos se sentem no direito, mas com o pormenor de se odiarem mutuamente e terem "Árabe/Israelita bom é Árabe/Israelita morto" como lema.
Temos os que querem proteger essa terra finalmente conseguida e os que não lhes reconhecem esse direito.
Temos um povo que reclama a elimininação de outro, e um que se recusa a ser eliminado. E que só ainda não foi por ser mais forte, convenhamos, porque se fosse ao contrário não sobraria nem um, ou temos ilusões? Um povo que não pode sar-se ao luxo de perder uma guerra, pois também só perde uma.
Temos um lado que, bem ou mal, apoia e alberga terroristas - sim, já sei que não é toda a gente -, e não me venham com merdas que no Hamas são todos muito bonzinhos, ai tadinhos, que só mandam uns rockets e uns homens bomba de vez em quando, que se os rockets acertassem na vossa casa e as bombas matassem a vossa família se calhar não achavam grande graça.
Temos o outro lado que reaje com o poderio bélico que tem, desporporcionadamente, como em todas as guerras, fazendo vítimas inocentes, tal como os primeiros. Só que em maior número, proporcinalmente à sua força.
Qual tem maior legitimidade de as fazer? A meu ver, nenhum - mas isso sou eu que tenho esta mania que ninguém tem direito de matar ninguém.
Se é um David e Golias, é, claro que é. Mas com um David chato como o caraças sem parar com a porra da fisga, esquecendo-se que Golias tem catapultas.
Luna, assino por baixo de tudo o que escreveste.
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