Se estivesse viva, a minha mãe faria hoje 59 anos. Sinto muita falta da minha mãe, todos os dias. Sinto falta de deitar a minha cabeça no seu colo, e de a deixar entrelaçar os dedos nos meus cabelos, no conforto silencioso daquela intimidade. Nunca mais deitei a cabeça num colo, nunca mais deixei uns dedos entrelaçarem os meus cabelos, nunca mais abri a redoma daquela maneira. E sei que, da mesma forma, nunca mais o farei.