Mas um monte de lixo no meio de uma sala vazia continua a ser um monte de lixo para mim. Ou um vídeo com um tipo a masturbar-se no meio das próprias fezes enquanto vomita - eu devia ter prestado atenção ao aviso à porta da sala, mas pensei que fosse só gente nua como na anterior -, apenas mais uma manifestação doentia de taras escatológicas que deviam estar nas prateleiras de pornografia, secção fetiche. Mas não. É arte abjecta. Pois. É isso e instalações.
(Não é falta de cultura, é falta de sensibilidade mesmo, por isso não me venham dar liçoes de história de arte e falar em Bacon e tal, que não vale a pena.)
(Não é falta de cultura, é falta de sensibilidade mesmo, por isso não me venham dar liçoes de história de arte e falar em Bacon e tal, que não vale a pena.)
Entao o que propoes?
ResponderEliminarEu não proponho nada, só não tenho sensibilidade artística para entender certas expressões como arte.
ResponderEliminarDigam o que disserem: isso não é arte para ninguém... A não ser para os artistas que conceberam tais ideias. Querem arte? Mesmo a mais moderna (e normal??)? Comecemos por Viena. Quarteirão dos Museus e Museu da Historia de Arte. Caraças.. não deve ser preciso ir tãooo longe.
ResponderEliminarPergunto-me agora se isto nao causou reaccoes semelhantes as vossas por parte do publico? William Turner causou, muita gente do seu tempo dizia que grande parte da sua obra nao era arte a nao ser para ele. O mesmo se pode dizer de Van Gogh, agora globalmente aclamado como genio.
ResponderEliminarPor isso mesmo eu até digo que estou atrasada um século.
ResponderEliminarMas ainda assim não consigo comparar Turner, Manet ou Van Gogh a alguém a masturbar-se nas próprias fezes.
Mas pronto, é só a minha opinião e sensibilidade, que são coisas muito pessoais e intransmissíveis.
Ou andar toda nua, molhar-se e espojar-se em penas. Essa instalação também era muito boa. Ainda tentei ver mais uma, mas só cheguei à parte em que entrou um homem e uma mulher nús e o grupo de adolescentes imberbes começou a rir histericamente e eu tive de sair para não me enervar.
ResponderEliminarvossa eischelencia tem toda a razão. por serem artistas á muita gente a fazer cagadas de dimensões bíblicas. taras que se escondem por detrás da 'arte'. e esse seu post é uma arte!
ResponderEliminarNa boa, eu nao vi, logo nao posso comentar sobre aquilo que tu viste. No entanto, lembro-me de ver o mesmo tipo de reaccao de adolescentes que tu descreves com algo semelhante a isto num museu de Arqueologia da Prehistoria. Esse tipo de reaccoes por parte dos adolescentes e' bem normal na nossa sociedade carregadinha de tabus sexuais e acontece relativamente a expressoes de arte geradas durante toda a historia da humanidade. E sao so os adolescentes a reagir assim porque eles nao se deixam intimidar pela seriedade dos museus e, adicionalmente no caso que descreves, porque costumam ir acompanhados dos seus pares de galhofa. Sao tambem os tabus da sociedade relativamente ao sexo que hoje em dia definem muita da arte que se faz, mas tambem a publicidade, o design, o entretenimento, a arquitectura e todas as formas de comunicacao entre humanos.
ResponderEliminarComo eu compreendo...
ResponderEliminarHá tanta arte que eu não consigo "compreender". Também na dança (realidade que me está mais próxima) vemos, hoje em dia, cada aberração. Pelo menos na minha concepção daquilo que é arte, e ao mesmo tempo, "agradável" de se apreciar.
ResponderEliminarBeijinho
Esses pseudo-artistas é algo que está para além da minha compreensão. Pior que essa considero uma que, apesar de não estar bem dentro dos detalhes, implica matar um cão à fome no decorrer da exposição. O animal fica ali a definhar de dia para dia aos olhos de todos e chamam a isso arte! Eu chamo a isso estupidez desumana ao mais alto nível! e mais estúpidos são os que ainda dão credito a esse tipo de criações!
ResponderEliminarMas pronto, gostos são gostos e há gente para tudo!
Monica, nao sei onde isso aconteceu, nem quem assinou esse "trabalho", nunca ouvi falar disso, no entanto acredita que ha mais gente entre os artistas a defenderem os direitos dos animais do que na maioria das classes profissionais, incluindo aquela 'a qual pertenco.
ResponderEliminarO que conheco e' uma performance de teatro apresentada na Gulbenkian durante os anos 90 que tinha gatinhos a serem magoados e que resultou no espancamento in loco dos artistas intervenientes por parte do publico ofendido e no fim dessa performance para sempre. O autor dessa obra nunca mais foi financiado, executando agora trabalho de producao artistica, sem estar envolvido no acto criativo.
Loucos patologicos, sadicos e agressivos existem em todas as classes profissionais e a meu ver sao sempre a excepcao e nao a regra. Aqui estao a ser feitas generalizacoes que, a meu ver, sao injustas para a classe artistica profissional dos dias de hoje.
Alexandre,
ResponderEliminarÉ óbvio que existem bons profissionais, com mérito e com talento em todas as classes artísticas. Mencionei o tal "trabalho" por o achar de uma barbaridade sem fim e quase equiparável ao que a Luna aqui refere.
Quanto ao meu gosto artístico, não se coaduna com quase nada do que é feito nos dias de hoje mas, como diria uma conhecida minha que é músico contemporâneo "o teu problema é que não tens capacidade para apreciar uma obra desta qualidade". Resumindo, devo de ser limitada ou então, sou muito "antiga"!
Alexandre: a Mónica está certa. Aconteceu sim, e não passaram assim tantos anos quanto isso. Foi pela mão do "artista" (?!) Guillermo Habacuc Vargas. Veja aqui: http://www.youtube.com/watch?v=uw4ujhvnNzc.
ResponderEliminarLuna, tens toda a razão. Há "arte" e há Arte.
Monica,
ResponderEliminarNao te conheco, mas duvido muito que te falte alguma capacidade para apreciar arte. Na generalidade das pessoas que nao apreciam arte, falta-lhes o mesmo que me falta a mim para perceber Mandarim.
Sara: eu nunca disse que a Monica estava errada, so disse que isso nao e' a regra na arte que se faz nos dias de hoje, e' a excepcao e logo nao se pode caracterizar o todo pela excepcao
ResponderEliminarSara, o que aqui disponibilizaste não é, definitivamente, arte. É um acto bárbaro que só merece reprovação.
ResponderEliminarE claro que e preciso chamar bois aos bois sem o medo de ser apelidado de ‘nekulturny’.
ResponderEliminarO argumento bacoco de nomear exemplos de arte enxovalhados no seu tempo e que hoje sao reconhecidos da a entender que isto e regra geral, o que nao e o caso.....ha muita trampa que nao resiste ao teste do tempo e ‘morre’ na memoria humana.
O mundo da arte parece ser regido por principios (axiomas, mesmo) que nao sao contestados abertamente. Entre os quais......o ‘vale tudo’.....o ‘se ultrapassar as fronteiras do aceitavel, entao e bom e original’......o ‘se for controverso e causar choque nas pessoas, entao definitivamente e muito bom’......
O debate tambem parece nao ser muito bem aceite. Os proprios criticos (muitos deles artistas falhados) nao se sentem em posicao de dizer mal de certas obras, especialmente se forem criadas por autores (nao digo artistas) de nome.
Nao resisto a trazer um caso que aconteceu pelas minhas bandas:
Um fotografo consagrado (a nivel mundial, penso) decidiu abrir uma exposicao duma parte do seu trabalho numa das galerias de arte da cidade. O tema........criancas (meninos e meninas) nuas em poses muitas vezes sugestivas de eroticismo e sexualidade. A opiniao publica reagiu negativamente (como seria de esperar) e conseguiu que exposicao fosse encerrada. A classe ‘artistica’ amofinou-se e protestou a bom som.....’que era inadmissivel fazerem isso a um artista consagrado’....’que era uma forma de censura’......’que um artista tem o direito de se expressar numa sociedade moderna e desenvolvida’......’que as obras expostas tinham muita qualidade artistica’......’ que as criancas (e os pais) tinham consciencia do valor artistico da obra’.......
Soube-se mais tarde que o dito artista (fotografo) tinha conseguido convencer a reitora duma escola publica primaria a lhe dar permissao de observar o recreio com vista a identificar potenciais elementos para a sua ‘criacao’. A reitora nao lhe negou o pedido dado que o tipo ‘tinha peso’. Isto diz muito do medo da populacao em geral de ser vista como burra e sem cultura.
Pessoal, a história do cãozinho é antiga, mas mal contada. A verdadeira versão está explicada aqui:
ResponderEliminarhttp://bitaites.org/cromos/o-caozinho-nao-morreu-esta-bem
Ia comentar o que a Filipa disse no seu primeiro comentário.
ResponderEliminarEspasmos epiléticos em palco não são arte.
Quanto muito são subsídios muito mal aproveitados (Sim, porque este tipo de espectáculos só mesmo com subsídios já que em termos comerciais são naturalmente - e bem - prejuízo.).
Luna,
ResponderEliminarMesmo que o cão não tenha morrido na exposição, para mim, não é normal que se chame arte a deixar, nem que seja por 3 dias, um cão esfomeado para exposição.
Não é arte nem nunca será, não me venham com tretas.
Luna,
ResponderEliminarMesmo que o cão não tenha morrido na exposição, para mim, não é normal que se chame arte a deixar, nem que seja por 3 dias, um cão esfomeado para exposição.
Não é arte nem nunca será, não me venham com tretas.
Era uma chamada de atenção para os milhares de cães abandonados e mal tratados que são todos os dias ignorados e invísiveis aos nossos olhos, nas nossas ruas.
ResponderEliminarOh funnelweb,
ResponderEliminarVoce nao percebeu a razao pela qual eu citei exemplos na Historia da Arte que hoje ou no seu tempo nao eram considerados como tal. Nao percebeu ou leu o que escrevi na diagonal, ou eu exprimi-me mesmo mal.
Assim como o comportamento humano, a Arte nao e' simples de se amar ou desamar, nem se pode arrumar em atribuicoes dicotomicas de bom e mau, assim como tambem nao pode ser caracterizada com generalizacoes.
Eu ainda nao teci nenhum comentario sobre o que acho da arte contemporanea, nem vou, precisava de muito tempo para isso. Quanto aos exemplos citados, nao os conheco, nao posso ter opiniao sem conhecer, simplesmente baseado no relato do publico ultrajado.
O senhor funnelweb e muita gente que aqui escreve tem o seu exemplo de ma experiencia com algo que e' heterodenominado de arte. Eu tambem tenho, muitos mesmo, mas sei terem sido excepcoes. Eu nao vou generalizar a partir de um exemplo, e' tecnicamente errado em termos de logica.
Ja agora funnelweb,
ResponderEliminarQuando uma celebridade Britanica (adivinhe qual?), que e' idolo e exemplo para muitos jovens, diz "why should I care about books?", acha mesmo que o mundo hoje tende para o que o senhor descreve nas ultimas frases do seu comentario?
Medo?
Ha coisas reais que causam medo na nossa sociedade e a cultura e a arte nao sao uma delas, como em geral libertam ou alertam a sociedade contra os maleficios do medo...
Tudo depende da circunstância. Um homem a ordenhar a jiboia nas suas próprias fezes na rua é um doente mental. Na sua própria casa, é um tarado ou um fetichista. Num museu, é um "artista".
ResponderEliminarLOL
ResponderEliminarEstive eu já a trocar e-mails gigantes com o nosso amigo Alex, para dizeres o que eu penso tão bem e em tão menos palavras.
Tudo depende da circunstancia. Um homem a torturar uma ratazana na rua é um doente mental. Na sua própria casa, é um seguidor de um culto religioso marado, Num laboratorio, vestido com bata branca e os devidos apetrechos de seguranca, é um Investigador em Ciencias Médicas.
ResponderEliminarAmbos sabemos que esta afirmacao tem muita piada num espectaculo do Seinfeld, mas nao tem qualquer sentido na realidade real. Mesmo conhecendo investigadores que sao uns verdadeiros sadicos e relativamente aos quais me questiono como conseguem dormir 'a noite, eu sei que nao foi 'a toa que no's andamos uma catraifada de anos a estudar na Universidade, nem e' 'a toa que os investigadores sao financiados.
Falo dos investigadores porque e' o que eu faco, mas consigo arranjar frases semelhantes para Engenheiro, Politico, Economista, Policia, Militar, etc...
Mas ainda lhes pedes desculpas? Eles é que deviam pedir. A Turner, Manet ou a Van Gogh!
ResponderEliminarMas ainda lhes pedes desculpas? Eles é que deviam pedir. A Turner, Manet ou a Van Gogh!
ResponderEliminare pergunto, alguem se lembrou de alimentar o cao?
ResponderEliminaro que nao quer dizer que esteja de acordo com aquilo que o artista fez e que planeia fazer novamente. continuo a achar que ele pretende cativar a atenção da populaçao em geral e a verdade é qe consegue. sera que o publicao irá ter a memsoa reacção que teve? é claro que nao.
estou de acordo com o (?) alexandre.
a exposiçao que a luna viu engaloba na minha opinião, os dois grandes tabus . alguem gosta de ver as grandes figuras publicas, as pessoas de quem temos uma boa imoressao a cagar" e a masturbar-se?
pergunta idiota.
a obra de arte está no processo racional a que foi submetido. todo o desenvolvimento mental a que foi sujeito. ninguem se lembraria de fazer tal cisa pois nao?
ora ai se vêm os grandes génios.
a reacção (que apesar de tudo é normal) que estão a ter é semelhante à que a população nos anos 20 teve com o dadaismo e que hoje em dia é fonte de inspiração de milhoes de artistas.
a arte é o reflexo da sociedade.
peos vistos a petiçao é mentira.
ResponderEliminarque seja, mesmo que nao fosse mantenho opinião.
*impressao
ResponderEliminarO Dadaismo!!
ResponderEliminarGrande referencia!!
De facto, foi o percursor do Surrealismo, do Humor, dos movimentos anti-Guerra e de tantos outros aspectos da sociedade de hoje que sao considerados populares e globalmente aceites, mas que nos anos 20 eram o anti-Cristo.
E se forem instalações assim?
ResponderEliminarhttp://www.steinerlenzlinger.ch/eye_giardino/01.jpg
http://www.steinerlenzlinger.ch/eye_giardino/03.jpg
http://www.steinerlenzlinger.ch/eye_giardino/05.jpg
http://www.steinerlenzlinger.ch/eye_brainforest/06.jpg
http://www.steinerlenzlinger.ch/eye_fuente/06.jpg
Já serve?! Com florzinhas e cores bonitas?!
Haverá coisa mai linda e mai poética? É a bela da Arte Contemporânea, em pleno século XXI!
Como já foi dito criticar a Arte de hoje servindo-se do exemplo de um ou dois artistas, ou achar que a Arte termina em Miró (sobre ele também há quem ache que qualquer criancinha faria melhor) só revela uma profunda ignorância e falta de respeito por tudo o que a Arte é e representa, pelos artistas, pelo processo criativo, pelas intenções, pelo que pode vir a mudar e por aquilo que já mudou no mundo. Sim, porque mais do que ser o reflexo da sociedade, os verdadeiros génios estão sempre um passo à frente.
Onde estaríamos nós se por uma má experiência com um médico parvo, passassemos a desrespeitar toda a classe médica!
Daisy
ResponderEliminaro seu comentário revela falta de sentido de humor, e pior, de inteligência. Qualquer pessoa que me leia e conheça minimamente, consegue entender o que disse sem tomar como ofensa a toda a classe artística.
O facto de eu admitir que tenho dificuldades em entender certas formas de arte, em nada diminui os artistas em si, quanto muito diminui-me a mim. Mas, mesmo assim, eu tenho direito a ter preferências estéticas, a ser ou não sensível a certas peças e a criticar o que não gosto. E há coisas de que não gosto.
Quanto a instalações, era mais uma piada que outra coisa. Vá lá, não se levem tão a sério.
Claro, o sentido de humor serve sempre de desculpa para tudo. É isso e as piadas. Eu compreendo e rio-me da piada.
ResponderEliminarO meu comentário não serve para criticar apenas o post, mas também (e, se calhar, principalmente) muitos dos posteriores comentários.
Qualquer pessoa que me conheça minimamente, consegue entender que não tomei o post como ofensa a toda a classe artística. Aliás, dei um exemplo de como a Arte pode ser muito apelativa e satisfazer os sentidos estéticos exigentes.
Mas como aqui ninguém me conhece minimamente, é natural que não se perceba.
Um monte de lixo no meio de uma sala vazia continua a ser um monte de lixo para mim, até perceber porque é que aquilo está ali. Aí sim, posso decidir se continua a ser um monte de lixo ou não. A Arte não é só o resultado final.
Eu tenho preferências estéticas, sou sensível a certas peças e critico o que não gosto. E há coisas de que não gosto.
Qualquer pessoa que me conheça minimamente sabe que não gosto da falta de sentido de humor e de pessoas que se levam demasiado a sério.
Mas como aqui ninguém me conhece minimamente, é natural que não se perceba.
É que para se admirar a Arte Contemporânea é preciso uma grande dose de sentido de humor e inteligência. E eu admiro.
Minha cara, não se abespinhe tanto, nem tente fazer esse tipo de exercício, que não vale a pena, até porque não lhe sai bem. Mas adiante.
ResponderEliminarAté lhe deixo um exemplo de que gostei especialmente, e que, lá está, tem a ver com o sentido. Acho esta venus of the rags fenomenal.
http://www.tate.org.uk/modern/explore/work.do?id=88060&action=1
O que eu, pessoalmente (não me canso de repetir isto, a ver se desta entendem), e pessoalmente quer dizer que é sobre mim que falo, e não dos outros, é que preciso que haja um sentido, algo que me conte uma história, e certas peças não contam. Para mim, pessoalmente. Mas se contam à Daisy, fantástico. Fico muito contente por si. Eu também gostava de ser mais open minded, mas não consigo. E também já não me forço a fingir que gosto.
O que eu, pessoalmente, quis dizer(não me canso de repetir isto, a ver se desta entendem), o meu comentário não serviu para criticar apenas o post, mas também (e, se calhar, principalmente) muitos dos posteriores comentários.
ResponderEliminarO seu comentário revela falta de sentido de humor, e pior, de inteligência.
Ao afirmar que a Arte não é só o resultado final, refiro-me precisamente ao sentido e à história que, para mim, também têm de estar presentes nas peças, e que certas peças não têm nem contam. Pelo menos para mim. My point exactly.
A ver se desta entendem.
Lá está o que eu dizia no meu post e que serve de bandeira para muitos intelectuais (e principalmente pseudo-intelectuais que fingem que gostam só para parecerem "inteligente e cultos"; e Daisy não estou a dizer que é esse o seu caso) para justificar os outros não gostarem do mesmo que eles:
ResponderEliminar"É que para se admirar a Arte Contemporânea é preciso uma grande dose de sentido de humor e inteligência"
Caríssimos, primeiro que tudo há várias tipos de inteligências que levam a que o intelecto se manifeste de forma diferente de pessoa para pessoa. Felizmente, ao longo da minha vida, tenho-me cruzado com algumas pessoas extremamente inteligentes e que admiro profundamente.
Escolhendo duas das pessoas que mais adoro no mundo só para mostrar o que é realmente ser inteligente e ter sentido de humor, exemplifico. O J. adora música clássica e erudita e considera estas e apenas estas, músicas com qualidade suficiente para serem ouvidas, e detesta música moderna, contemporânea e similares. O R. está sempre na vanguarda, adora música daquela que passam de discoteca (ele lá diz os nomes dos vários tipos e sub-tipos mas nem me dou ao trabalho de fixar), vai a tudo o que é raves e adora dança contemporânea. E sabem que mais... são ambos muito amigos um do outro e têm das discussões mais fantásticas a esgrimirem argumentos para se convencerem um ao outro de que têm razão e o outro está errado. No fim, continuam amigos, riem-se um do outro e, principalmente um com o outro, e se acusam simultaneamente de pouco inteligentes ou sem sentido de humor.
Falta de sentido de humor e inteligência é a intransigência com que queremos sempre mostrar que os outros estão errados porque não vêm o que vemos; que lá porque "percebemos e apreciamos" algo que os outros não gostam, "os outros" é que estão errados e só podem ser burros.
Concluindo: Se todos gostássemos do azul o mundo seria bem chatinho não concordam?
Queria dizer:
ResponderEliminar"(...) não se acusam (...)"
E já agora, Daisy, para quem defende tanto a originalidade artística, bem que podia usar palavras próprias para argumentar. É que além de ser um exercício infeliz, e que não resulta, torna-se particularmente irritante. E chato. Assim mesmo muito chato.
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