17 de setembro de 2009

Ensino superior na Europa


Education level of the population aged 25-64 years, 2007
(clicar para ver melhor)

Olha que bom, menos licenciados que nós, só mesmo em Malta. Assim sim, assim é que estamos bem. Mas pelo menos, com o ensino básico ou menos, quase que íamos à frente, se não fosse outra vez o raio dos malteses. E nem 30% da população activa tem o secundário, que maravilha. Um verdadeiro motivo de orgulho. Mas tacanhez e provincianismo é querer mais gente a estudar, que parvoíce. Isto sim é indicador de progresso.

19 comentários:

  1. Pronto Luna. Ainda bem que estás na Holanda, já que não curtes Portugal e que aqui somos todos provincianos e burgessos e outras coisas que tais.

    ResponderEliminar
  2. Eu quero ser cabeleireira, mas antes quero tirar um curso superior, só para aumentar o nivel de desenvolvimento do meu país. Engenharia micro nano molecular, parece-te bem?

    ResponderEliminar
  3. O que é extremamente importante para fazer boas mises e permanentes.

    ResponderEliminar
  4. Já agora eu tive uma cabeleireira que era licenciada em Arqueologia. Ora se ela não exerce...em que é que isso contribui para o país? COntribui sim a actividade dela enquanto cabeleireira, porque abriu uma empresa e contribuiu para a riqueza do país!

    ResponderEliminar
  5. Bem, contra isto, batatas. Desisto. Quem não quer perceber, não percebe, e não há nada a fazer.

    ResponderEliminar
  6. Lena: eu já repeti um tomate de vezes a mesma coisa, estou cansada.

    Obviamente, se queres ser cabeleireira, não faz sentido nenhum ires tirar um curso de literaturas germânicas, mas no entanto, acho que deves acabar o secundário e tirar um curso profissional, especializares-te, para que possas ser boa naquilo que fazes.

    No entanto, em muitos casos, a formação superior seria muito desejável, e útil para muita gente. E não acredito que em Portugal haja menos necessidade que noutros países.

    Talvez não saibas, mas há um défice conhecido de quadros superiores técnicos no nosso país, especialmente em engenharias. E isso acontece porque, tchanan!, há poucos licenciados. E por isso vai-se buscar gente fora para obras de engenharia, etc. porque não há cá.

    ResponderEliminar
  7. Estes resultados são um bocado estranhos, porque na Finlândia é difícil entrar na universidade e há uma percentagem bastante pequena da população que o consegue. Só há universidades públicas e as vagas são todas contadinhas, pelo menos foi o que me venderam por lá.
    Talvez os estrangeiros a fazer doutoramento engrossem as estatísticas? Não sei... Mas claro, se é a UE que diz é pq está certo, mas acho estranho.

    ResponderEliminar
  8. Margarida: a Finlândia tem 5 milhões de habitantes, pelo que mesmo com poucas vagas, em termos de percentagem é capaz de dar. Para além de que acredito que, apesar de por lá acharem que são poucas vagas (entrando apenas cerca de 40%), sejam mais do que cá.

    ResponderEliminar
  9. Honestamente olho para o gráfico e dá-me raiva. Ultimamente andamos numa de facilitismo para colocar a malta na faculdade e atribuir diplomas das novas oportunidades. Se fico chateada com isto?Muito! Atribuição de diplomas ou canudos por facilitismo em nada eleva a nossa sociedade. Preocupam-se com as estatísticas, com estes gráficos, com o passar à frente em vez de com a qualidade de ensino. De que vale andar a dar diplomas se as pessoas não estão a ser devidamente preparadas. Antes de Bolonha estudava-se muito mais. Muito mesmo! E percebo o porquê de nas empresas perguntarem se é pré ou pós-Bolonha...a realidade é que com o facilitismo vieram denegrir a imagem do pós-Bolonha e a culpa é da qualidade do ensino e do pouco esforço dos estudantes. Claro que há excepções mas são poucas.

    ResponderEliminar
  10. Tens toda a razão e para Malta com uma população de menos de meio milhão de habitantes, porventura a baixa percentagem de licenciados não será problemática, quaisquer "universidade e meia dúzia de empresas" os absorvem e são capazes de sustentar uma economia, já por cá a conversa é outra, muita da nossa incapacidade vem da falta de técnicos, de licenciados e de investigadores. O caso finlandês tem mais a ver com pragmatismo, quem entra para a universidade é de grosso modo para seguir a vida académica, a maior parte estuda nos polítécnicos, começa a trabalhar e ao longo da vida laboral vai "completando" os estudos.

    Num parágrafo é o que dá para explicar.

    ResponderEliminar
  11. Chiça que esta gente ainda não percebeu? Desculpa lá, Luna, mas estão a fazer esta confusão toda para te chatear porque até à minha avozinha que, lá está, nem ler sabe, percebia esta história toda na primeira explicação.

    ResponderEliminar
  12. Percebo e concordo com o teu ponto de vista!
    Contudo, tenho um curso superior e estou longe disso me ter servido para alguma coisa! Quando terminei o curso diziam-me que não me davam emprego porque não tinha experiência, agora que tenho experiência simplesmente oferecem-me o salário que ofereceriam a alguem que tem o 9º ano ou pura e simplesmente me dizem que tenho habilitações a mais!

    Mas entendo o que dizes e concordo, acho que temos um nivel muito baixo em termos de educação. Mas acho que os jovens não se deviam dedicar apenas ao estudo até acabar a universidade! Se eu soubesse o que sei hoje, o que faria (primeiro era escolher outra área) era trabalhar e tirar o curso supeior ao mesmo tempo! :)

    ResponderEliminar
  13. Sinceramente não sabia que estávamos assim tão mal.

    ResponderEliminar
  14. Luna, sinceramente gabo-te a paciência para explicares vezes e vezes sem conta o teu ponto de vista,sem perderes a compostura, se fosse eu juro que já tinha os tinha mandado dar uma curva.
    Deixa-me dizer que concordo em absoluto contigo, é essencial o acesso ao BOM ensino e formação, não só para o país, como também a nível pessoal. É preciso investir na educação, no ensino na formação contínua, é necessário que as pessoas desenvolvam a capacidade de pensar por elas próprias, é necessário desenvolver massa crítica para fazer o país andar para a frente, para evoluir.E não concordo nada com o programa novas oportunidades, em que não se aprende nada e só serve para camuflar as estatísticas. é preciso que as pessoas saiam da escola a saber ler e escrever sem dar erros, é preciso que tenham noções básicas de literatura, história, geografia, química, etc.. É preciso orientar os jovens à saída do ensino básico de acordo com a sua vocação, seja para aprender uma profissão, seja para prosseguir com os estudos. É preciso explicar às pessoas que um canudo ou um diploma não são sinónimo de sucesso e que ainda assim é necessário investir na formação ao longo da vida. Os países desenvolvidos constroem-se assim, investindo na educação e no ensino, é por aí que se começa e de pouco nos servem os TGV se a maioria das pessoas nem sabe usar uma maquina automática para tirar um bilhete. Ou será que as grandes potências mundiais têm mais de 80% da população com o ensino básico..não creio. E é preciso explicar aos empresários a importância de contratar pessoas com boa formação, em vez de se concentrarem única e exclusivamente nos lucros. E é preciso dar formação a esses empresários que mtos deles do alto da sua 4ª classe se acham o supra sumo da barbatana. Só para dar um exemplo a minha mãe na escola primária, aprendeu a resolver aqueles problemas de tanques a encher e a esvaziar de que já toda a gente ouviu falar. Eu aprendi a resolver o mesmo problema apenas quando entrei para a faculdade. A diferença é que eu aprendi o porquê de se resolver de determinada maneira e a minha mãe aprendeu a receita. E no entanto ambas sabemos resolver o problema. Percebem a diferença?

    E se me permites o atrevimento, deixa-me dizer que percebo perfeitamente a tua opção, se calhar porque estou numa área muito semelhante à tua, e como estou no fim do meu mestrado,deparo-me exactamente com as mesmas questões e dúvidas que tu certamente tiveste e não sei o que escolher..Mundo empresarial? Carreira académica? Investigação pura e dura? Portugal ou estrangeiro? Sinceramente custa-me mto sair de Portugal, mas também me custa fica e ser mal reconhecida, com bolsas de investigação cientifica mal pagas e sem garantias de futuro. Sim, porque em Portugal pouco ou nada se investe em investigação e são as faculdades e os institutos que andam a esticar o orçamento para o projecto durar mais 6 meses e não ficar a meio e ir para o lixo. E ainda ter de aturar as pessoas que acham que por sermos licenciados/mestrados ou doutorados somos uns snobs com o complexo do sôtor.

    E para primeiro comentário já me estiquei, mas sou leitora assídua e gosto deste blog:) espero não ter abusado.

    Cumprimentos,
    Inês

    ResponderEliminar
  15. Mas o que está a dar é motivar os alunos a irem para cursos profissionais no ensino secundário (onde ainda por cima ganham dinheiro, ou seja, estudam pouco e ainda recebem) que não é para prosseguimento de estudos, por isso, com o ensino obrigatório até ao 12º ano a entrar em viagor para o ano que vem, a percentagem dos licenciados vai ser ainda menor porque o pessoal que se quer por a andar da escolinha vai para os tais cursos remunerados... este país...

    ResponderEliminar
  16. Por acaso sou da opinião que faz todo o sentido uma cabeleireira tirar Arqueologia. O que importa é que isso a faça crescer como individuo.

    No meu caso, segui Direito, é isso que exerço e que pretendo continuar a fazer mas quero mais tarde tirar outro curso. Não necessariamente para exercer mas para me cultivar e aprender outras perspectivas que, indirectamente, até podem ajudar-me profissionalmente, mais que não seja por aprender a desenvolver novos tipos de raciocínios (mais matemático, por exemplo).

    Os cursos superiores não dotam as pessoas apenas de ferramentas para o mercado de trabalho. Nisso, os politécnicos e cursos profissionais aproximam-se mais.

    Até compreendo a dificuldade de quem não seguiu o ensino superior em compreender isso.

    Agora, a faculdade prepara-nos a muitos níveis. Pessoais, profissionais, culturais, relacionais. Tudo isso é importante e fundamental para a construção e desenvolvimento do individuo.

    É como viajar. O que se aprende é insubstituível, mais que não seja para aprender a valorizar o que temos e a compreender melhor a sociedade, o modo de relacionamento, ganhar independência e por aí fora.

    Crescemos como indivíduos, como seres humanos, como cidadãos e, por conseguinte, como profissionais.

    E que estupidez! Obviamente que quantas mais oportunidades de nos desenvolvermos, de explorar e descobrir as nossas capacidades, melhor seremos.

    ResponderEliminar
  17. Concordo completamente com a Alexandra. Estudar não deve ser só um meio mas um fim em si mesmo. E isso muito poucas pessoas valorizam. não há nada que me irrite mais do que os comentários estúpidos do género "mas para que preciso de matemática se depois no mercado de trabalho não a uso?"... para pensar, para raciocinar, para criar uma rotina de lógica de pensamento... tudo isto não cabe nos objectivos da maioria dos estudantes. E aí é que falha o nosso sistema de ensino.

    Fica o desabafo..

    muitos parabéns pelo blog

    ResponderEliminar
  18. A cabeleireira não precisa de tirar um curso de arqueologia mas precisa ter formação... nota-se bem a diferença entre a cabeleireira de bairro com a 4º classe e a cabeleireira que tirou o respectivo curso profissional e desempenha com conhecimento de causa... claro que há sempre aqueles que defendem que para lavar cabeças e cortar cabelo não é preciso estudar!!

    ResponderEliminar