Tenho vontade de espancar violentamente a Sónia Tavares com uma guitarra portuguesa de cada vez que oiço a sua versão da Gaivota. E olhem que eu nem sou uma pessoa dada à violência.
O engraçado é que acho exactamente o contrário. Que a voz dela (que é brutalissima) dá uma emoção completamente diferente ao fado de Amália.
Atrevo-me até a dizer melhor. Para mim. E eu adoro Amália. Mas sinceramente a ouvir as duas Gaivotas, realmente prefiro a da Sónia apesar de gostar evidentemente da versão da Amália.
Não perguntem porquê.... vêm de dentro e não se explica =), não tivesse eu "um coração independente" =)
p.s. E para ver versões bem estragadas, pensa antes em Mariza, que estraga todos os fados da Amália em que toca... a Mariza interpreta muito bem as músicas, mas não faz ideia do que seja emoção a cantar. Cante os originais dela que faz melhor serviço.
Não concordo, mil vezes a Mariza, de quem gosto bastante, embora concorde que ainda tem de comer muita sopa para chegar ao nível da amália. Mas ao menos canta fado. A Sónia Tavares conseguiu despir a canção de qualquer vestígio de fado e tornou-a numa versão pop desenxabida - da qual, eventualmente, até seria capaz de gostar caso não fosse uma versão, e não me lembrasse constantemente do sacrilégio que é relativamente ao original. Para além de achar que é um projecto que não faz sentido tendo em conta que a sónia tavares:
- confessa não gostar de fado
- confessa que apenas conhecia os maiores hits da amália
- confessa que conhecia muito pouco da amália antes de pesquisar para o projecto
Posto isto, qual a motivação? Homenagem a alguém que não se conhece e que canta algo de que não se gosta? Ou o potencial comercial da coisa?
Mas são gostos e sensibilidades, e também algum sentimento de posse relativamente ao que se gosta muito.
Mas Luna Maria aquilo não é fado, é uma canção pop baseada num fado.
O mais engraçado é que acho que a própria Amália ia adorar esse projecto. Ela parecia-me uma mulher com uma visão muito moderna do Mundo. Não é exactamente a mesma coisa, mas ao que consta ela adorava o António Variações.
E agora uma fofoca... A Sónia Tavares e o Fernando Ribeiro andam-se a "comer". Finalmente percebe-se a motivação do líder dos Moonspell para ter participado no projecto.
Pelo contrário, acho que a Amália odiaria o projecto. Tal como é mais ou menos sabido que não gostava por aí além de que outros cantassem os seus fados.
Bom, eu sou um bocadinho suspeita porque nunca gostei muito dos The Gift. De qualquer forma, bem ou mal cantado, é sempre interessante que se reinvente a Amália. Acho isso mais importante do que as horas e horas de conversa sobre a vida da Amália, que ouvi hoje na tv, às vezes caindo em pormenores ridículos, ou indo buscar pessoas que se cruzaram com ela 5 minutos e conseguem estar 5 horas a falar nisso.
A Mariza até pode cantar fado, mas na minha óptica não é fadista. Falta-lhe emoção a cantar.
Em relação ao projecto Amália hoje, obviamente que muito do interesse foi puramente comercial, mas assumo que me agrada darem novas cores a mas não me choca que ela tenha assumido que não ouve muito, nem conhece muito. E como foi dito a música não é suposto ser fado, mas sim uma versão pop, bem conseguida.
Bem, mas o que importa é haver para todos os gostos. Cada pessoa sente como sente.
E aqui não é o mérito (senão seria outra conversa muito distinta) mas o gosto que importa =)
a meu ver, o objectivo foi atrair a camada jovem para, pelo menos, começar a ouvir fado, tradição portuguesa completamente ignorada pela mesma. pôr uma personagem cheia de tatuagens e lacinhos no cabelo e outra meio hardcore vinda da obscuridade do metal e do gótico a dar nova roupagem aos temas cria um certo interesse pelo que está por detrás disso. Uma certa vontade em descobir a "amália de ontem", a verdadeira. em mim resultou.
Olha Ana, concordo plenamente contigo. Acho um "aborto da natureza", perdoem-me IMENSO E A SÉRIO a expressão, aquilo que fizeram aos temas de Amália. Pior que isso é que as pessoas gostam e o público jovem então, nem se fala. Pá, sou franca: se isto é uma forma dos miúdos se aproximarem do fado, daquilo que determinada pessoa deixou como seu legado e como legado de um país, afinal, até acho bem que se tenham estas ideias, mas com a voz da Sónia é que se torna tudo muito mais complexo. Mas esta é APENAS a minha opinião, antes que me caia o Carmo e a Trindade em cima...
PS- Por acaso estive para fazer um post sobre este "agrupamento" e sendo que o meu blog é pouco lido, até podia dizer mal à vontade que ng se iria incomodar muito.
Completamente de acordo contigo, os Amália Hoje de fado sé têm as letras, porque a emoção característica do fado ficou perdida. Nem tem comparação possível com a Mariza, essa é fadista! kiss
“Amália Rodrigues” Fado, Fado e Fado, + dez anos após a eterna despedida de um ícone de cultura nacional! Não sou apreciador Amália nem de fado! Tão pouco de Sónia Tavares e do seu tipo de canção! No entanto respeito todo o artista, independentemente do seu género ou tipo. Por outro lado recordo este tipo de musica (Fado) e quando bem interpretado como Amália o fez e pelas mesmas razões que Luna. Apesar da diferença de idade e da região onde vivo não ser sensível ao género, convivo bem com as excelentes execuções de Fado! Pelas mesmas razões de afinidade entre mãe e filho aquando da minha infância. Sublinho no entanto que ao ouvir a Sónia Tavares a interpretar a dita canção, o que me apetece é afogá-la!
Oh Luna, qual é a parte do "experimenta ouvir o resto do CD e ESQUECER as músicas em que a Tavares canta" é que não percebeste?
As músicas do Ribeiro e do outro não estão nada más, tendo em conta que são covers. Eu cá não desgosto e também gosto imenso de fado (e, já agora, para mim, há melhores fadistas que a Amália - e não, não me estou a referir à Mariza).
Por acaso ouvi uma, Grito, e tive exactamente a mesma vontade. Não acho muito lógico ir comprar um cd cujo single odeio para "experimentar ouvir o resto das músicas em que a cantora principal não canta". O problema para mim não é a sónia tavares enquanto cantora, de quem até gosto no registo The Gift, mas do que fizeram aos fados da Amália no geral, pelo que não me parece que vá gostar de nenhum.
Umas guitarradas portuguesas na cabeça da Luna tb não eram de desdenhar. Podia ser que se abrisse uma janela para que a intolerancia e a idiotice chapada se libertassem, e dessem lugar a uma ideologia mais próxima do "Não gosta, não come!" Também me custa engolir versões comerciais embrulhadas em sentimentos nobres e revivalistas, mas há limites. Passar para o insulto barato sem ter conhecimento minimo do que se tá a falar chama-se facciosismo.
A Sónia Tavares não é a cantora principal do projecto Amália Hoje, embora, infelizmente, seja essa a ideia de muita gente. E já me aconteceu muitas vezes não gostar de um single, ouvir as restantes músicas e acabar por comprar o cd. Por uma, não se julgam todas. Acho eu.
Mas lá está, "we agree to disagree".
(e quando é que se acaba todo este culto nacional à Amália? É sempre Amália, Eusébio, Cristiano Ronaldo e Mariza. Chiça, tudo o que é de mais enjoa)
Oh Leonardo, desculpa lá... mas a Luna, tal como eu e tal como outros bloggers não passou para, citando-te "o insulto barato". Pelo contrário. Dissémos que dentro do registo The Gift ela está muito bem, e nós gostamos e tal, mas a cantar versões/arranjos da Amália (e a meu ver de outro qualquer canto-autor português) é que nem pensar. A mim parece que abre demasiado a goela e, portanto, não foi ao acaso que os Contemporaneos fizeram um apanhado do novo agrupamento. Não insultámos ninguém, apenas expressámos a nossa opinião que sim, vai contra quase 99% da população portuguesa que, neste caso, os ouve e gosta. Tal como dizes "Quem não gosta, não come!" e assim sendo não comemos, mas temos o direito de expressar que não também não gostamos. E se calhar também não leste a parte em que a Luna escreve e muitíssimo bem que a Sónia pura e simplesmente não gosta de Fado, não conhecia o repertório de Amália entre outras excelentes declarações da própria. Bom, numa simples frase que isto já está muito comprido: toma um calmante e vê se entendes que isto é um local onde todas as opiniões são bem vindas. É que se alguém aqui insultou alguém, foste tu...
Exactamente o que sinto quendo oiço esta abertura de goelas.. Gostos são gostos. Mas factos também são factos e esta versão da Gaivota é uma tentiva falhada de fazer algo diferente. Nada tem a ver com purismos até porque odeio purismos e tenho o maior respeito por atrevimentos musicais. Agora, posso compreender quem gosta dessa "tentativa falhada". A mim acontece-me gostar de maus livros e músicas medíocres.Ele há gente que se leva muito a sério:)
Exactamente o que sinto quendo oiço esta abertura de goelas.. Gostos são gostos. Mas factos também são factos e esta versão da Gaivota é uma tentiva falhada de fazer algo diferente. Nada tem a ver com purismos até porque odeio purismos e tenho o maior respeito por atrevimentos musicais. Agora, posso compreender quem gosta dessa "tentativa falhada". A mim acontece-me gostar de maus livros e músicas medíocres.Ele há gente que se leva muito a sério:)
Nao sou cantor-artista-whatever nem nada que se pareça mas acho insultuoso condenar-se um projeto inteiro com base na voz de um dos interpretes. Se me disseres que é asfixiante o facto da musica passar em tudo o que é radio, tv, discoteca, elevador...concordo! Mas eu desconfiei de tudo isto; da qualidade das vozes, do facto de meterem ao barulho um vocalista de metal...(não morro de amores nem por The Gift nem Moonspell) mas gosto de me expressar em consciencia. Comprei o cd, ouvi mais que uma musica, fui ao concerto no Coliseu e aí senti-me legitimado para opinar. É muito facil abrir um post e, ao abrigo da liberdade de expressao, debitar uma serie de alarvidades sem fundamento. Chama-se a isso desonestidade intelectual e, minha amiga, argumentar com base em "apanhados dos Contemporaneos"..vou ali já venho! :P Sinceros cumprimentos.
Passei por cá, vi as respostas, tentei (juro que sim) passar à frente, mas tive que cá voltar, não fosse alguém acusar-me de me ter calado e enfiado o rabo entre as pernas qual cão que se acagaça todo. Não, de todo Leonardo, que a partir de uma "rábula" dos Contemporâneos se faça qualquer tipo de argumento sobre qualquer tipo de assunto. Dei apenas como exemplo. Se a Luna não ouviu o CD todo, eu ouvi, portanto posso dizer que o que em princípio me atraiu, depressa se desfez (mais satisfeito?) Como tal, mais uma vez digo que não é insulto nenhum dizer-se que não se gosta de determinada coisa, como não será desonestidade intelectual. É como escrever mal dos livros do Lobo Antunes: não percebes um cu do que é a história, mas ainda assim, dizes que gostas e compras o livro só porque é o autor que é e porque está na "moda" se calhar. Insisto: conheço e não gosto. Estou a insultar? Porra.. parece-me bem que não, mas se insistes talvez comece a insultar realmente alguém. (Luna, desculpa, mas não me consegui controlar...)
Eu nem ia responder, ando a tentar entrar numa onda mais zen na vida, e por isso tento ignorar insultos gratuitos, mais ainda infundados, mas vai ter de ser.
Ponto número um: Digo, num post abaixo, que a Gaivota era o fado preferido da minha mãe, e o meu também, e que não há uma vez que o ouça que não me venham lágrimas aos olhos, pelo que creio que se possa depreender que estou a falar da minha relação PESSOAL e MEUS SENTIMENTOS com este fado em particular.
Ponto número dois: Posto isto (vide ponto anterior) escrevi sobre a minha opinião PESSOAL e as EMOÇÕES que ouvir esta versão da Gaivota cantada pela Sónia Tavares me despertam. Não digo que é bom, que é mau, digo apenas que EU NÃO GOSTO. E a isso tenho direito, não? Ou não se gostar de uma canção demonstra "intolerancia e a idiotice chapada"?
Ponto número três: No decurso do debate gerado pelos comentários que foram surgindo, revelei que tinha ouvido mais uma outra versão e que também não tinha gostado, e, sinceramente, não me parece que tenha de comprar o cd, ouvir as músicas todas e ir ao concerto para ter legitimidade de opinar sobre a MINHA OPINIÃO e GOSTOS PESSOAIS. Creio que não preciso de ouvir os discos inteiros do Saul Ricardo ou da Rute Marlene para saber que não gosto do género, não? Além de que não fiz uma crítica musical ao disco, dei a minha opinião, o que, e se não sabe passa a saber, são coisas bastantes diferentes.
Ponto número quatro: Afirmei ainda que me parecia estranho que alguém que não gosta de fado nem especialmente de amália se dedicasse a fazer-lhe uma homenagem. Disse-o fundamentada pela entrevista que visionei da Sónia Tavares sobre o projecto. Não disse que era infame, que não deviam fazê-lo, não disse que eram uns biltres. Disse que a mim, PESSOALMENTE, me faz um bocadinho confusão.
Ponto número cinco: Não falei em lado nenhum da voz da Sónia Tavares, nem da voz dos restantes participantes no projecto, ou da sua qualidade enquanto artistas, revelando até que gosto da Sónia Tavares enquanto vocalista dos The Gift.
Posto isto, estou a tentar perceber onde é que a minha atitude perante uma obra, da qual se pode gostar ou não, como em tudo na vida, demonstra "intolerancia e a idiotice chapada" em vez de "Não gosta, não come!", que aliás até defendi ao longo dos comentários, afirmando que de facto não tencionava comer. Mas não disse que outros devessem seguir-me o exemplo, ou insultei quem por aqui passou dizendo que gostava, logo não vejo onde está a intolerância.
Também não percebo onde é que está "o insulto barato" - não chamei nada à moça, e convenhamos, espancar é forma de expressão, eu não estou mesmo a pensar bater-lhe se a vir na rua, falava só do sentimento que a canção PESSOALMENTE me desperta. E muito menos faz sentido dizer que o faço "sem ter conhecimento minimo do que se tá a falar", visto que estava a falar de UMA CANÇÃO que OUVI e NÃO GOSTEI. O que é que era preciso saber mais? Filologias germânicas?
E quanto ao achar "insultuoso condenar-se um projeto inteiro com base na voz de um dos interpretes", sem querer repetir-me muito, volto a dizer que não condenei um projecto mas falei de uma canção de que não gosto - posso? - e que nem sequer falei da voz da intérprete, que que até gosto.
E não preciso de ouvir o CD inteiro para me "expressar em consciencia" antes de dizer que não gosto de uma determinada música que ouvi e da qual estava a falar, não me parecendo que isso seja "debitar uma serie de alarvidades sem fundamento", visto que o único fundamento necessário é o meu gosto pessoal, que é a única coisa que aqui se trata.
E finalmente, parece-me que não tem bem noção do que consiste uma desonestidade intelectual, e que é afirmar algo tendo consciência da sua falsidade. Ora, o que eu fiz foi dar a minha opinião emotiva sobre uma obra musical da qual honestamente não gostei. Não procurei fazer uma crítica objectiva e imparcial, não procurei influenciar ninguém num meio de comunicação social ou magazine dedicado à crítica da especialidade, de modo que o termo não é, de todo, aplicável.
Correndo o sério risco de vires daí a pedalar com uma guitarra portuguesa às costas (se conseguires chegar até às 19h30, ofereço-te jantar!), deixa-me dizer-te que adoooro a versão cantada pela moça dos The Gift. E a orquestra filarmónica da República Checa vai lindamente. :P
só para que conste, tive esta mm discussão com o meu namorado desde a primeira vez que ouvimos a senhora a cantar esta versão de gaivota. Eu defendia que se devia fazer qualquer coisa antes que mais alguém se lembre de repetir a gracinha (sem graça) de estragar fados da Amália. Depois arranjamos o cd completo, ouvimos... e eu acho que sou muito moderna, mas continuo a não gostar de ouvir aquela pseudo tentativa de vender cd's às custas da Amália e uma grande familiaridade dos portugueses com as letras.
A Tavares é boa todos os dias....pena o excesso de tatuagens, mas enfim....
ResponderEliminarAté podia ser a miss universo. Conseguiu desprover de qualquer pingo de emoção um dos fados mais bonitos de todos os tempos.
ResponderEliminarO engraçado é que acho exactamente o contrário. Que a voz dela (que é brutalissima) dá uma emoção completamente diferente ao fado de Amália.
ResponderEliminarAtrevo-me até a dizer melhor. Para mim. E eu adoro Amália. Mas sinceramente a ouvir as duas Gaivotas, realmente prefiro a da Sónia apesar de gostar evidentemente da versão da Amália.
Não perguntem porquê.... vêm de dentro e não se explica =), não tivesse eu "um coração independente" =)
p.s. E para ver versões bem estragadas, pensa antes em Mariza, que estraga todos os fados da Amália em que toca... a Mariza interpreta muito bem as músicas, mas não faz ideia do que seja emoção a cantar. Cante os originais dela que faz melhor serviço.
Não concordo, mil vezes a Mariza, de quem gosto bastante, embora concorde que ainda tem de comer muita sopa para chegar ao nível da amália. Mas ao menos canta fado.
ResponderEliminarA Sónia Tavares conseguiu despir a canção de qualquer vestígio de fado e tornou-a numa versão pop desenxabida - da qual, eventualmente, até seria capaz de gostar caso não fosse uma versão, e não me lembrasse constantemente do sacrilégio que é relativamente ao original. Para além de achar que é um projecto que não faz sentido tendo em conta que a sónia tavares:
- confessa não gostar de fado
- confessa que apenas conhecia os maiores hits da amália
- confessa que conhecia muito pouco da amália antes de pesquisar para o projecto
Posto isto, qual a motivação? Homenagem a alguém que não se conhece e que canta algo de que não se gosta? Ou o potencial comercial da coisa?
Mas são gostos e sensibilidades, e também algum sentimento de posse relativamente ao que se gosta muito.
Mas Luna Maria aquilo não é fado, é uma canção pop baseada num fado.
ResponderEliminarO mais engraçado é que acho que a própria Amália ia adorar esse projecto. Ela parecia-me uma mulher com uma visão muito moderna do Mundo.
Não é exactamente a mesma coisa, mas ao que consta ela adorava o António Variações.
E agora uma fofoca...
ResponderEliminarA Sónia Tavares e o Fernando Ribeiro andam-se a "comer".
Finalmente percebe-se a motivação do líder dos Moonspell para ter participado no projecto.
:-)
Pelo contrário, acho que a Amália odiaria o projecto. Tal como é mais ou menos sabido que não gostava por aí além de que outros cantassem os seus fados.
ResponderEliminarVamos convocar uma sessão espírita para tirar as teimas!
ResponderEliminarBom, eu sou um bocadinho suspeita porque nunca gostei muito dos The Gift. De qualquer forma, bem ou mal cantado, é sempre interessante que se reinvente a Amália. Acho isso mais importante do que as horas e horas de conversa sobre a vida da Amália, que ouvi hoje na tv, às vezes caindo em pormenores ridículos, ou indo buscar pessoas que se cruzaram com ela 5 minutos e conseguem estar 5 horas a falar nisso.
ResponderEliminarA Mariza até pode cantar fado, mas na minha óptica não é fadista. Falta-lhe emoção a cantar.
ResponderEliminarEm relação ao projecto Amália hoje, obviamente que muito do interesse foi puramente comercial, mas assumo que me agrada darem novas cores a mas não me choca que ela tenha assumido que não ouve muito, nem conhece muito. E como foi dito a música não é suposto ser fado, mas sim uma versão pop, bem conseguida.
Bem, mas o que importa é haver para todos os gostos. Cada pessoa sente como sente.
E aqui não é o mérito (senão seria outra conversa muito distinta) mas o gosto que importa =)
Nunca estive tanto em sintonia contigo. Ainda ontem escrevi exactamente o mesmo no facebook...
ResponderEliminarMas experimenta ouvir o resto do CD e esquecer as músicas em que a Tavares canta. Eu cá fiquei agradavelmente surpreendida.
ResponderEliminarOh Sara, qual a parte do dá-me vontade de a espancar violentamente com uma guitarra portuguesa de cada vez que oiço é que não percebeste?
ResponderEliminarA cantar The gift, sim senhora. Fado, não obrigada.
Concordo contigo mas daí a partir uma guitarra portuguesa, não havia necessidade... Dá-lhe com um instrumento de música pop!
ResponderEliminara meu ver, o objectivo foi atrair a camada jovem para, pelo menos, começar a ouvir fado, tradição portuguesa completamente ignorada pela mesma. pôr uma personagem cheia de tatuagens e lacinhos no cabelo e outra meio hardcore vinda da obscuridade do metal e do gótico a dar nova roupagem aos temas cria um certo interesse pelo que está por detrás disso. Uma certa vontade em descobir a "amália de ontem", a verdadeira. em mim resultou.
ResponderEliminartens toda a razão, eu não fazia ideia que a original fosse tão bonita, hoje até a minha filha (que detesta fado) disse o mesmo.
ResponderEliminarOlha Ana, concordo plenamente contigo. Acho um "aborto da natureza", perdoem-me IMENSO E A SÉRIO a expressão, aquilo que fizeram aos temas de Amália. Pior que isso é que as pessoas gostam e o público jovem então, nem se fala. Pá, sou franca: se isto é uma forma dos miúdos se aproximarem do fado, daquilo que determinada pessoa deixou como seu legado e como legado de um país, afinal, até acho bem que se tenham estas ideias, mas com a voz da Sónia é que se torna tudo muito mais complexo. Mas esta é APENAS a minha opinião, antes que me caia o Carmo e a Trindade em cima...
ResponderEliminarPS- Por acaso estive para fazer um post sobre este "agrupamento" e sendo que o meu blog é pouco lido, até podia dizer mal à vontade que ng se iria incomodar muito.
concordo plenamente, a única coisa que se aproveita nos amália hoje... são mesmo os arranjos musicais.
ResponderEliminarCompletamente de acordo contigo, os Amália Hoje de fado sé têm as letras, porque a emoção característica do fado ficou perdida. Nem tem comparação possível com a Mariza, essa é fadista!
ResponderEliminarkiss
A "gaivota" melhor é na voz do Carlos do Carmo:
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=RukhDLCFgzk
mainada!
“Amália Rodrigues”
ResponderEliminarFado, Fado e Fado, + dez anos após a eterna despedida de um ícone de cultura nacional!
Não sou apreciador Amália nem de fado! Tão pouco de Sónia Tavares e do seu tipo de canção!
No entanto respeito todo o artista, independentemente do seu género ou tipo.
Por outro lado recordo este tipo de musica (Fado) e quando bem interpretado como Amália o fez e pelas mesmas razões que Luna.
Apesar da diferença de idade e da região onde vivo não ser sensível ao género, convivo bem com as excelentes execuções de Fado! Pelas mesmas razões de afinidade entre mãe e filho aquando da minha infância.
Sublinho no entanto que ao ouvir a Sónia Tavares a interpretar a dita canção, o que me apetece é afogá-la!
Oh Luna, qual é a parte do "experimenta ouvir o resto do CD e ESQUECER as músicas em que a Tavares canta" é que não percebeste?
ResponderEliminarAs músicas do Ribeiro e do outro não estão nada más, tendo em conta que são covers.
Eu cá não desgosto e também gosto imenso de fado (e, já agora, para mim, há melhores fadistas que a Amália - e não, não me estou a referir à Mariza).
Por acaso ouvi uma, Grito, e tive exactamente a mesma vontade.
ResponderEliminarNão acho muito lógico ir comprar um cd cujo single odeio para "experimentar ouvir o resto das músicas em que a cantora principal não canta". O problema para mim não é a sónia tavares enquanto cantora, de quem até gosto no registo The Gift, mas do que fizeram aos fados da Amália no geral, pelo que não me parece que vá gostar de nenhum.
Umas guitarradas portuguesas na cabeça da Luna tb não eram de desdenhar. Podia ser que se abrisse uma janela para que a intolerancia e a idiotice chapada se libertassem, e dessem lugar a uma ideologia mais próxima do "Não gosta, não come!" Também me custa engolir versões comerciais embrulhadas em sentimentos nobres e revivalistas, mas há limites. Passar para o insulto barato sem ter conhecimento minimo do que se tá a falar chama-se facciosismo.
ResponderEliminarA Sónia Tavares não é a cantora principal do projecto Amália Hoje, embora, infelizmente, seja essa a ideia de muita gente. E já me aconteceu muitas vezes não gostar de um single, ouvir as restantes músicas e acabar por comprar o cd. Por uma, não se julgam todas. Acho eu.
ResponderEliminarMas lá está, "we agree to disagree".
(e quando é que se acaba todo este culto nacional à Amália? É sempre Amália, Eusébio, Cristiano Ronaldo e Mariza. Chiça, tudo o que é de mais enjoa)
Oh Leonardo, desculpa lá... mas a Luna, tal como eu e tal como outros bloggers não passou para, citando-te "o insulto barato". Pelo contrário. Dissémos que dentro do registo The Gift ela está muito bem, e nós gostamos e tal, mas a cantar versões/arranjos da Amália (e a meu ver de outro qualquer canto-autor português) é que nem pensar. A mim parece que abre demasiado a goela e, portanto, não foi ao acaso que os Contemporaneos fizeram um apanhado do novo agrupamento. Não insultámos ninguém, apenas expressámos a nossa opinião que sim, vai contra quase 99% da população portuguesa que, neste caso, os ouve e gosta. Tal como dizes "Quem não gosta, não come!" e assim sendo não comemos, mas temos o direito de expressar que não também não gostamos. E se calhar também não leste a parte em que a Luna escreve e muitíssimo bem que a Sónia pura e simplesmente não gosta de Fado, não conhecia o repertório de Amália entre outras excelentes declarações da própria. Bom, numa simples frase que isto já está muito comprido: toma um calmante e vê se entendes que isto é um local onde todas as opiniões são bem vindas. É que se alguém aqui insultou alguém, foste tu...
ResponderEliminarExactamente o que sinto quendo oiço esta abertura de goelas..
ResponderEliminarGostos são gostos. Mas factos também são factos e esta versão da Gaivota é uma tentiva falhada de fazer algo diferente. Nada tem a ver com purismos até porque odeio purismos e tenho o maior respeito por atrevimentos musicais.
Agora, posso compreender quem gosta dessa "tentativa falhada". A mim acontece-me gostar de maus livros e músicas medíocres.Ele há gente que se leva muito a sério:)
Exactamente o que sinto quendo oiço esta abertura de goelas..
ResponderEliminarGostos são gostos. Mas factos também são factos e esta versão da Gaivota é uma tentiva falhada de fazer algo diferente. Nada tem a ver com purismos até porque odeio purismos e tenho o maior respeito por atrevimentos musicais.
Agora, posso compreender quem gosta dessa "tentativa falhada". A mim acontece-me gostar de maus livros e músicas medíocres.Ele há gente que se leva muito a sério:)
Nao sou cantor-artista-whatever nem nada que se pareça mas acho insultuoso condenar-se um projeto inteiro com base na voz de um dos interpretes. Se me disseres que é asfixiante o facto da musica passar em tudo o que é radio, tv, discoteca, elevador...concordo! Mas eu desconfiei de tudo isto; da qualidade das vozes, do facto de meterem ao barulho um vocalista de metal...(não morro de amores nem por The Gift nem Moonspell) mas gosto de me expressar em consciencia. Comprei o cd, ouvi mais que uma musica, fui ao concerto no Coliseu e aí senti-me legitimado para opinar. É muito facil abrir um post e, ao abrigo da liberdade de expressao, debitar uma serie de alarvidades sem fundamento. Chama-se a isso desonestidade intelectual e, minha amiga, argumentar com base em "apanhados dos Contemporaneos"..vou ali já venho! :P
ResponderEliminarSinceros cumprimentos.
Passei por cá, vi as respostas, tentei (juro que sim) passar à frente, mas tive que cá voltar, não fosse alguém acusar-me de me ter calado e enfiado o rabo entre as pernas qual cão que se acagaça todo. Não, de todo Leonardo, que a partir de uma "rábula" dos Contemporâneos se faça qualquer tipo de argumento sobre qualquer tipo de assunto. Dei apenas como exemplo. Se a Luna não ouviu o CD todo, eu ouvi, portanto posso dizer que o que em princípio me atraiu, depressa se desfez (mais satisfeito?) Como tal, mais uma vez digo que não é insulto nenhum dizer-se que não se gosta de determinada coisa, como não será desonestidade intelectual. É como escrever mal dos livros do Lobo Antunes: não percebes um cu do que é a história, mas ainda assim, dizes que gostas e compras o livro só porque é o autor que é e porque está na "moda" se calhar. Insisto: conheço e não gosto. Estou a insultar? Porra.. parece-me bem que não, mas se insistes talvez comece a insultar realmente alguém. (Luna, desculpa, mas não me consegui controlar...)
ResponderEliminarLeonardo
ResponderEliminarEu nem ia responder, ando a tentar entrar numa onda mais zen na vida, e por isso tento ignorar insultos gratuitos, mais ainda infundados, mas vai ter de ser.
Ponto número um: Digo, num post abaixo, que a Gaivota era o fado preferido da minha mãe, e o meu também, e que não há uma vez que o ouça que não me venham lágrimas aos olhos, pelo que creio que se possa depreender que estou a falar da minha relação PESSOAL e MEUS SENTIMENTOS com este fado em particular.
Ponto número dois: Posto isto (vide ponto anterior) escrevi sobre a minha opinião PESSOAL e as EMOÇÕES que ouvir esta versão da Gaivota cantada pela Sónia Tavares me despertam. Não digo que é bom, que é mau, digo apenas que EU NÃO GOSTO. E a isso tenho direito, não? Ou não se gostar de uma canção demonstra "intolerancia e a idiotice chapada"?
Ponto número três: No decurso do debate gerado pelos comentários que foram surgindo, revelei que tinha ouvido mais uma outra versão e que também não tinha gostado, e, sinceramente, não me parece que tenha de comprar o cd, ouvir as músicas todas e ir ao concerto para ter legitimidade de opinar sobre a MINHA OPINIÃO e GOSTOS PESSOAIS. Creio que não preciso de ouvir os discos inteiros do Saul Ricardo ou da Rute Marlene para saber que não gosto do género, não? Além de que não fiz uma crítica musical ao disco, dei a minha opinião, o que, e se não sabe passa a saber, são coisas bastantes diferentes.
Ponto número quatro: Afirmei ainda que me parecia estranho que alguém que não gosta de fado nem especialmente de amália se dedicasse a fazer-lhe uma homenagem. Disse-o fundamentada pela entrevista que visionei da Sónia Tavares sobre o projecto. Não disse que era infame, que não deviam fazê-lo, não disse que eram uns biltres. Disse que a mim, PESSOALMENTE, me faz um bocadinho confusão.
Ponto número cinco: Não falei em lado nenhum da voz da Sónia Tavares, nem da voz dos restantes participantes no projecto, ou da sua qualidade enquanto artistas, revelando até que gosto da Sónia Tavares enquanto vocalista dos The Gift.
Posto isto, estou a tentar perceber onde é que a minha atitude perante uma obra, da qual se pode gostar ou não, como em tudo na vida, demonstra "intolerancia e a idiotice chapada" em vez de "Não gosta, não come!", que aliás até defendi ao longo dos comentários, afirmando que de facto não tencionava comer. Mas não disse que outros devessem seguir-me o exemplo, ou insultei quem por aqui passou dizendo que gostava, logo não vejo onde está a intolerância.
Também não percebo onde é que está "o insulto barato" - não chamei nada à moça, e convenhamos, espancar é forma de expressão, eu não estou mesmo a pensar bater-lhe se a vir na rua, falava só do sentimento que a canção PESSOALMENTE me desperta. E muito menos faz sentido dizer que o faço "sem ter conhecimento minimo do que se tá a falar", visto que estava a falar de UMA CANÇÃO que OUVI e NÃO GOSTEI. O que é que era preciso saber mais? Filologias germânicas?
E quanto ao achar "insultuoso condenar-se um projeto inteiro com base na voz de um dos interpretes", sem querer repetir-me muito, volto a dizer que não condenei um projecto mas falei de uma canção de que não gosto - posso? - e que nem sequer falei da voz da intérprete, que que até gosto.
E não preciso de ouvir o CD inteiro para me "expressar em consciencia" antes de dizer que não gosto de uma determinada música que ouvi e da qual estava a falar, não me parecendo que isso seja "debitar uma serie de alarvidades sem fundamento", visto que o único fundamento necessário é o meu gosto pessoal, que é a única coisa que aqui se trata.
E finalmente, parece-me que não tem bem noção do que consiste uma desonestidade intelectual, e que é afirmar algo tendo consciência da sua falsidade. Ora, o que eu fiz foi dar a minha opinião emotiva sobre uma obra musical da qual honestamente não gostei. Não procurei fazer uma crítica objectiva e imparcial, não procurei influenciar ninguém num meio de comunicação social ou magazine dedicado à crítica da especialidade, de modo que o termo não é, de todo, aplicável.
Correndo o sério risco de vires daí a pedalar com uma guitarra portuguesa às costas (se conseguires chegar até às 19h30, ofereço-te jantar!), deixa-me dizer-te que adoooro a versão cantada pela moça dos The Gift. E a orquestra filarmónica da República Checa vai lindamente.
ResponderEliminar:P
só para que conste, tive esta mm discussão com o meu namorado desde a primeira vez que ouvimos a senhora a cantar esta versão de gaivota. Eu defendia que se devia fazer qualquer coisa antes que mais alguém se lembre de repetir a gracinha (sem graça) de estragar fados da Amália.
ResponderEliminarDepois arranjamos o cd completo, ouvimos... e eu acho que sou muito moderna, mas continuo a não gostar de ouvir aquela pseudo tentativa de vender cd's às custas da Amália e uma grande familiaridade dos portugueses com as letras.
Tambem detesto essa versão.E eu não costumo ser esquisita com as novidades, mas é que nem consigo ouvir mais do que 10''
ResponderEliminarSofia MM