Amy Winehouse - Will You Still Love Me Tomorrow
Custa-me ver fazer-se troça, gozar, ridicularizar, rebaixar e escarnecer de pessoas que, claramente, se encontram em profundo sofrimento e em escalada de decadência e auto-destruição. Não, não acredito que só se drogam porque querem, embora queiram, ou porque gostam, embora gostem, há demasiado peso numa mão que não chega para contar as mortes de pessoas com quem me cruzei e que se perderam na heroína. Há, no meio de tudo, muita dor, e o escárnio ofende-me. E depois oiço Amy Winehouse, e sei que podem fazer troça, gozar, ridicularizar, rebaixar e escarnecer, que nunca lhe poderão tirar isto. Nem depois de morta.
Lá isso é bem verdade...
ResponderEliminarUma das melhores vozes que já ouvi.
ResponderEliminare o sofrimento é bastante evidente.
Um colega meu, a propósito da figura da Amy no Rock in Rio, dizia que se ela nao tivesse aquele ar de drogadita, perdia a piada toda, que lhe dava um ar rock and roll. Nem sei o que é suposto ser isso, mas gostar de ver uma pessoa em passos largos para o precipício é tão bonito quanto ir ver uma tourada(quem gostar de touradas que pense noutra coisa, sei lá).
ResponderEliminarA Amy Winehouse tem uma voz extraordinária e escreve letras geniais, acho que é a melhor artista que surgiu nos últimos anos, muitos anos! Lamento imenso aquilo por que ela passou e está a passar, e espero que se consiga endireitar para podermos usufruir ainda mais de todo o talento que ela tem!
ResponderEliminarFui vê-la ao rock in rio porque admirava imenso esse talento dela, saí de lá com a imagem de uma pessoa que estava verdadeiramente fragilizada, tanto fisicamente como emocionalmente. Não consigo "gozar" com isso, sinto pena, mas continuo com a esperança que ela se recupere :)
Ah, e adoro essa interpretação dela!
kiss
Dizem que não há génio artístico que não tenha tido muita droga a passar-lhe nas veias...
ResponderEliminarAcho que a Winehouse tem uma voz poderosa. E gosto desta versão mas tens que ouvir a original desta música pelas "The Shirelles". Captura uma essência de uma época.
ResponderEliminarNão conhecia. Amei!!!!!!!!!!
ResponderEliminarVou também espreitar as The Shirelles... Obrigada ;)
Beijinhos
Gosto mesmo do teu blog!
ResponderEliminarPercebo perfeitamente o que dizes... e lembra-me um pouco o caso de outra jovem cantora, que embora não tenha o talento da Amy e os problemas fossem outros que não as drogas, mas que esteve em decadência total, e quando todos procuravam saber qual seria a sua próxima "asneira", eu só via uma menina em total sofrimento e desespero: britney spears. Mesmo não apreciando como aprecio a música e a voz da Amy, torci mesmo para que desse a volta por cima. Talvez a Amy também consiga.
ResponderEliminarFuschia, também cheguei a ouvir algo semelhante e em rádio nacional! E fiquei a pensar o mesmo, o que é que isto é suposto signficar? Achar piada a alguém a ruir na nossa frente (e não estou a falar de tropeçar e cair, fisicamente)
E pronto, à custa deste post, estou a ouvir todas as versões da música que encontro no youtube! :)))))))
ResponderEliminarRui
ResponderEliminareu conheço a outra versão, aliás, só conhecia a outra versão até ouvir esta, razão pela qual a postei - não só porque é um portento, mas porque foge completamente ao original.
Até há uns anos atrás era considerado normal no mundo da música que os artistas gerissem a sua imagem de uma forma pouco ortodoxa, e mesmo que resolvessem interromper as suas carreiras por motivos mais ou menos excêntricos. Basta lembrar-nos de Brian Jones, Janis Joplin, Jimi Hendrix, Jim Morrissn, até o Elvis Presley, ou mesmo o John Lennon ou mais recentemente o Kurt Cobain, só para citar os mais flagrantes.
ResponderEliminarA coisa era aceite de uma forma natural e influenciava muito a forma como nós construíamos a nossa iconografia.
Hoje não deixa de ser divertido ver como este nosso admirável mundo novo lida com o fenómeno Amy Winehouse (que em questões de música está, imho, muito acima da média do que hoje se faz por aí).
Parabéns Luna. Percebo e gostei muito deste post.
ResponderEliminarE gosto especialmente desta versão.
Sim, ninguém lhe vai tirar a marca que deixou (a voz e as músicas).
ResponderEliminarI cheated myself,
Like I knew I would,
I told you I was trouble,
You know that I'm no good
Pode-se admirar o génio.
ResponderEliminarPode-se admirar a música.
E eu até gosto muito de Brian Jones, Janis Joplin, Jimi Hendrix, Jim Morrisson, , o Kurt Cobain (adoro adoro) como foi referido num post acima.
Mas não consigo endeusar, nem achar magnífico quem se deixa enredar nestas teias. Porque sim, tem que querer, e sim tem que gostar.. E não consigo vê-los como "ah, tadinha, ah, o sofrimento," portanto não tenho lá grande pena.
Especialmente com as oportunidades que essa menina tem e com o talento que tem. É um desperdicio.
E entre o talento e a força de vontade e a determinação, oh como adoro pessoas determinadas e em relação às pessoas talentosas.
Tenho um certo problema com as pessoas que têm facilidades na vida (seja talento, seja outra coisa qualquer) e jogam isso no lixo.
tens toda a razão. e esta versão é maravilhosa. só espero que ela se ponha boa para poder cantar assim outra vez. e para nós ouvirmos..
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