25 de janeiro de 2010

Ó filha, e dizes tu que não escreves

Numa perambulação pelos meus pensamentos, motivada por coisas escritas blogosfera fora, encontrei um facto sobre o qual me larguei a pensar (não é esse tipo de soltura seus folgazões). O assunto que me intriga é simples. Entre as pessoas que conheço e nalgumas páginas que leio, parece-me haver uma idolatria disparatada a raparigas/mulheres bonitas que se atrevem a ser espertas. Esse elogio parte das próprias e muitas vezes de quem as acompanha. Frases do género “sou uma pessoa mesmo espectacular porque além de ter conseguido acabar um curso ainda tem dois palmos de cara”. A minha pergunta prende-se com a suposta anormalidade disto. Se pertencemos à mesma espécie, se nos deram de comer enquanto crianças, se nos deixaram ir à escola, se temos acesso à informação, então, o mínimo será que tenhamos um QI superior a dois dígitos usando a inteligência que tão uniformemente nos foi oferecida. Desenganem-se. As mulheres bonitas não são geneticamente limitadas no intelecto. Da mesma forma não é nada de especial que uma mulher bonita seja esperta. Não me parece ser razão particular de orgulho. Não me parece fantástico ter um cérebro e fazer uso dele.

pela Muxy-Muxy, que, curiosamente, além de bonita, também tem um cérebro

4 comentários:

  1. escreve e muito bem mesmo! Gosto muito de a ler... e a ti também :)

    bjs

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  2. Uuuuuuu, isso não é para todas! ;)

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  3. Permite-me a achega, ter um curo superior não é sinónimo de inteligência. Conheço tanta gente tão tapadinha e que os tem....
    Também conheço pessoas sem curso superior e sao bem inteligentes.

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  4. Sei lá... Sei lá, viu?! Nesses tempos que tempos vemos todo tipo de atrofiamento dos neurônios, de gente que teve a cabeça engolida por meios de comunicação, pessoas sem coração e/ou espírito crítico que fica fácil encantar-se ao ver alguém usar o cérebro! E isso independe do quão bonito se é... Até porque o conceito de beleza é tão maleável!

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