3 de junho de 2010

Tirem as próprias conclusões

10 comentários:

  1. Já conhecia ambas as fotos. De facto a diferença do brilho do olhar é abismal.

    Bjx

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  2. Nota-se uma tristeza e uma saudade enormes no olhar da direita...

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  3. a mim parece-me que a mulher "da direita" sente imensa falta da "da esquerda".
    a garra, o brilho do olhar desvaneceu-se....
    é revoltante pensar que a estas mulheres lhes roubam tudo, até a esperança...

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  4. No caso da beleza, a questão social faz mais o meu ponto de vista. E este post até ajuda mais ao argumento de que as oportunidades ajudam, do que ao contrário.

    Por outro lado, existe um livro interessante chamado guns germs, and steel escrito por um gajo chamado Jared Diamond em que o gajo teoriza que, na verdade, em sociedades de caçadores-colectores, o QI deve ser maior que na sociedade ocidental precisamente pelas pressões selectivas sofridas. O meu ponto sendo o de que não podes pegar em comportamento social (como o caso do pai que acha bonito o filho fumar aos 2 anos ou o que é que a comunidade piscatória faz) para sugerir inteligência ou a falta dela.

    De qualquer maneira (concordando comigo ou nao) o livro é interessante. Devias dar uma olhadela.

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  5. As oportunidades ajudam, mas não são tudo. Vês a criança, e vês uma criança bonita.
    Vês a mulher, e vês que é uma mulher cuja vida não foi fácil, estragada, gasta, que possivelmente nunca tratou da aperância física, mas consegues ver os traços, e imaginar que de banhinho tomado, sobrancelhas arranjadas, pele tratada e bem arranjada, seria uma mulher bonita - bem mais bonita que a Rossi de Palma.

    O que quero dizer é que há um equilíbrio entre ambas.

    Quanto ao pai achar que o filho de dois anos deve fumar, é burrice e ignorância sim. Não o seria se toda a comunidade estivesse convencida de que um bebé de dois anos fumar é uma coisa boa. Ora, o facto de ser notícia e a preocupação da mãe do petiz, levam-nos a crer que não é assim tão comum, e que a informação de que fumar não faz bem à saúde não lhes é completamente alheia. E a inteligência também se manifesta através do uso que se faz da informação de que se dispõe, independentemente do meio social.

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  6. onde se lê aperância, leia-se aparência

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  7. Muitas pessoas vêem as duas fotos, mas não reparam no espaço temporal que as separa. Isso sim, é que é chocante.

    Na foto da esquerda leio curiosidade, olhos atentos, sonhos, um espírito indomável.

    Na foto da esquerda vejo medo, sofrimento, derrota.

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  8. eu encontro nas duas fotos a falta do brilho dos sonhos...

    Abraços imperfeitos

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  9. Não queria ter que referir o óbvio, mas lá terá que ser, suponho e espero que tenham percebido que a saturação e contraste de ambas as fotografias é propositadamente distinta. Não tenho dúvidas de que sem esses pequenos arranjos as diferenças seriam ainda notáveis, no entanto, estão enaltecidas precisamente para "chocar" quem as compara. Posto isto, vejo em ambas uma certa hostilidade(embora com contornos diferentes) e imensa força que, infelizmente, está/teve que estar contida durante todos esses anos. Vejo uma beleza jovem de um lado e do outro uma beleza de mulher madura, provavelmente mãe. O peso de anos de sofrimento é evidente, mas atrevo-me a dizer que isso não a destruiu. Aquela mulher ainda não foi quebrada, abusada provavelmente, mas não quebrada.

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  10. A vida para as mulheres é muito boa no Afganistão. Deve ser por os talibãs levarem a sério a religião da paz.

    (Espero que entendam o sarcasmo).

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