Hoje tive de deixar o meu trabalho a meio (tal como dezenas de outras pessoas) quando o edifício foi evacuado. E foi evacuado porquê? Porque as linhas telefónicas estavam em baixo. Começou com um aviso sonoro, a explicar o problema e pedindo que abandonássemos o edifício o mas rapidamente possível. Não ligámos muito: todos temos telemóvel, no caso de emergência haveria forma de dar o alerta, mas não, passados 5 minutos pessoas de coletes laranja apareceram em todos os laboratórios e escritórios a pôr-nos fora imediatamente. E aí uma pessoa vê que está mesmo num país nórdico, onde regras são regras, e não há margem de manobra, mesmo que aparentemente as medidas pareçam exageradas.
Sim, em Portugal era: linhas telefónicas em baixo continuasse a trabalhar.
ResponderEliminarYa. Já me aconteceram coisas parecidas. Uma lâmpada dum microscópico fundiu, deu um cheirinho a fumo, pumba! tudo para a rua. Com direito a carros de bombeiro e tudo
ResponderEliminarNo sítio onde trabalho, quando os alarmes disparam, ficamos aborrecidos com o barulho infernal que fazem. No dia em que houver um incêndio a sério, há ali uma crise grandota.
ResponderEliminarsim, há uns tempos foi a mesma coisa quando abriram uma autoclave e houve muito vapor no ar: alarme de incêndio, tudo na rua. :)
ResponderEliminarDepois de ler há pouco uma notícia como a do link abaixo, acho que todas as medidas de segurança nunca são demais. Para nós portugueses, que continuamos a trabalhar no lab mesmo quando cortam a água, as atitudes dos outros países parecem exageradas. Infelizmente nós é que estão mal habituados...
ResponderEliminarhttp://www.nature.com/news/2011/110418/full/472270a.html?WT.ec_id=NEWS-20110419
beijinhos
pois, claro que eles é que estão certos, mas quando tens amostras para pôr a correr no hplc, e tens de as meter no frigorífico e ir embora sem meter a correr, é chato. e houve gente com cenas no facs, ou células por passar, etc, podem ser dias de trabalho estragados. mas aqui não arriscam mesmo.
ResponderEliminarSim, é muito chato! Nunca me aconteceu comprometer nenhum trabalho, mas uma vez na Alemanha uma colega estava à beira das lágrimas por ter estragado um trabalho por causa de uma simulação de incêndio. Levavam completamente a sério qualquer simulação.
ResponderEliminarIsto fez-me lembrar, pela negativa, aquela vez em que na faculdade entrei no anfiteoatro para largar os livros e caderno no lugar, e andava lá um polícia com um pastor alemão a snifar os cantos. Tinha havido uma ameaça de bomba mas, como nos disseram, era só mais uns minutos e já tinham o assunto tratado.
ResponderEliminar(já trabalhei num sítio, edifício público, onde andaram a bater às portas, a perguntar-nos se tínhamos visto algum volume estranho. Tinha havido uma ameaça de bomba, mas as minas e armadilhas não podiam lá ir já já, pelo que foram tratando do assunto. juro.)
A piada neste caso é que não havia nenhum perigo, não havia alarmes de fogo a tocar, nem ameaças, eram só mesmo as linhas telefónicas em baixo, e para eles, isso é suficiente para ser uma emergência, porque punha em causa a segurança no caso de um problema e as pessoas nao poderem telefonar.
ResponderEliminarEm Portugal, iam todos ignorar, qd chegassem os homens do colete iam protestar enquanto evacuavam o edf. e depois uma vez na rua ia tudo pó tasco beber uma jola :)
ResponderEliminarNo hotel, há umas semanas, em Amesterdão, o alarme de incêndio tocou. Adivinhe-se a nacionalidade das pessoas que não se levantaram da cama sequer.
ResponderEliminarMas também nunca na vida fiz uma simulação do que quer que fosse...é cultural não sabermos o que fazer em casos de evacuações e emergências!
ResponderEliminarNão é preciso ir mais longe. Ontem as linhas de telefone estavam em baixo onde eu trabalho (um instituto público em Lisboa). Assim estiveram todo o dia e ninguém parou de trabalhar por causa disso. Eu só acho estranho é que em caso de emergência há alarmes, há muitas outras coisas. Se fosse pela impossibilidade de comunicar, então sempre que houvesse um mudo sozinho numa sala, também se devia evacuar o edificio.
ResponderEliminarJá li aqui alguns comentários a dizer "ai se fosse em PT, não acontecia nada bla bla bla", pois eu digo: depende!
ResponderEliminarConheço pelo menos 2 sitios (empresas), onde, tb aparecem o tais "senhores" do colete, e encaminham as pessoas, calma e ordeiramente, para as saídas. E isto já aconteceu em situações de simulacro (feitas de 2 em 2 meses) e em situação real. E posso garantir que ninguem reclamou, toda a gente obedeceu e correu tudo bem.
Que bom estares de volta! Já tinha saudades!
ResponderEliminarRealmente em Portugal ainda temos um longo caminho a percorrer. Mas o pior de tudo são coisas como a tolerãncia de ponto de amanhã no estado actual das nossas finanças. E este comentário não é pura inveja (tão típica por aqui. Eu vou usufruir da dita dispensa, que me vai dar muito jeito para trabalhra na minha dissertação. Mas não seria melhor todos trabalharmos para melhorar as coisas. Estou muito envergonhada com as nossa políticas!
Boa Páscoa.
Epá, eu em simulações de incêndio se estiver a trabalhar aviso "pronto, assumamos que eu estou a descer as escadas".
ResponderEliminarMas já tive também de deixar um animal sob anestesia enfiado dentro do microscópio.
Não me venham com tangas que em pt é que é mau. Extremistmos é ridículo em qualquer lado. Quer no relaxamento quer na obsessão!
Ska:
ResponderEliminarexacto. Por acaso a maior parte do meu trabalho, como não é com animais ou células, geralmente não é dramático se tiver de parar a meio - embora possa ter de deitar "para o lixo" uma experiência com compostos que custam centenas de euros. Mas no geral, não é o trabalho de duas semanas desperdiçado,como pode acontecer com "in vitros" e especialmente "in vivos", onde qualquer merdinha que aconteça com os animais invalida imediatamente o estudo. E isso é muito chato se for por causa de linhas telefónicas em baixo.
acabei de vir de férias da holanda, gostei tanto. tanto. ainda estou com o "gostinho" da viagem. Bjs
ResponderEliminarLonge vão os tempos dos baldes de areia nas bombas de gasolina. Lembro-me perfeitamente das beatas espetadas na areia.
ResponderEliminar