17 de novembro de 2011

Assim por exemplo

Eu gostava de saber se o senhor jornalista que acha que miúdos de 18 anos têm de saber quem foi o Padrinho, sabe por exemplo, sei lá, quem descobriu a primeira vacina e contra o que era. Tipo, é só uma das descobertas de maior impacto em toda a história da medicina, e, como tal, da humanidade, devia ser cultura geral, não?

E já agora, while we're at it, de onde vem a palavra vacina.

Ah, mas não deve ser bem a área dele...

47 comentários:

  1. O blog devia ter a opção "Gosto", do FB.

    ResponderEliminar
  2. Não digas isso que o homem é um génio. Descobriu que a água tem símbolo químico. É o quadradinho da tabela periódica que diz Au. Vem de auguinha.

    ResponderEliminar
  3. ahahah auguinha é muito bom.

    ResponderEliminar
  4. Por acaso estive a manhã toda a pensar nisso. Meia dúzia de estudantes universitários podiam fazer o mesmo e ir entrevistar jornalistas, com um grupo de 20 perguntas de cultura geral.

    E depois era só editar para incluir os parvos.

    ResponderEliminar
  5. não saber quem foi o Padrinho é crime eheh... um dos melhores filmes de sempre

    ResponderEliminar
  6. O primeiro padrinho é de 1972, ou seja, vai fazer 40 anos, enquanto estes jovens têm 18. Quantos de nós víamos imensos filmes antigos aos 18 anos?
    E qual dos padrinhos? É que o Brando só entrou no primeiro.

    ResponderEliminar
  7. Luna, deixe-me contar-lhe uma coisa. Provavelmente já terá ouvido esta história apesar da sua juventude. Mesmo que a conheça repito-a porque haverá alguns dos seus leitores que não estarão a par. Eu também ouvi contar, uma vez que o senhor faleceu no ano em que eu nasci. Sir Alexander Flemming tinha "acabado" de descobrir a penicilina. Um dos seus périplos passava por Portugal e Sir A. Flemming chegava, aparentemente, triunfal a Santa Apolónia. Uma enorme multidão enchia o cais e uma banda de música, tchim pum, tchim pum, tocava a plenos pulmões e força de toque de caixa. O próprio cientista estava abismado com o exagero da receção. Quando o comboio parou todos se precipitaram numa corrida infernal. Passaram por Sir Alexander como cão passa em vinha vindimada. Nem sabiam quem era. Ao mesmo tempo a Seleção Nacional de Hoquei em Patins (ockey no tempo em que se deu a ocorrência)chegava, após mais uma retumbante vitória sobre a vizinha e rival Espanha, ganhando mais um título mundial. Os nossos jornalistas da Emissora Nacional, já se vê e dos jornais da época, und de microfone em punho outros de bloco e caneta, entrevistavam o selecionador, os jogadores e principalmente os dirigentes, gente fina afeta ao regime. Também muitos deles não sabiam sequer o que era a penicilina.
    (Desculpe já vai longe o comentário e nem sequer é de uma vacina que se trata, mas se calhar vou usar isto também num post meu e quem sabe o seu reparo).

    ResponderEliminar
  8. Percebo o teu ponto de vista, mas se "eles" (os entrevistados, porque felizmente nem toda a gente é tão inculta) nem sabem quem pintou a capela Sistina, nem mesmo a Mona Lisa..achas que iam saber quem descobriu a primeira vacina?
    Acho que ao falharem resposta que à partida são do conhecimento geral mostram uma falta de interesse por tudo o que os rodeia, ou não?!

    ResponderEliminar
  9. @Vítor Fernandes Haha, excelente, de antologia!

    ResponderEliminar
  10. O que é a cultura geral?

    Eu não sei se o meu colega génio sabe quem pintou a capela sistina, se calhar nao sabe, mas sabe construir fluorímetros que medem sem ser no escuro just for fun, já tem cenas patenteadas em modificaçoes de superfície e desenvolveu umas microneedles tao finas que permitem injectar no cérebro sem o danificar.

    ResponderEliminar
  11. Acho que o vídeo está de um mau gosto atrás e é jornalismo baratucho.. mas convenhamos, essa pergunta nós não damos na escola. :) As que ele fez, damos.

    Choca-me que não saibam quem é o presidente dos EUA, quem escreveu os Maias, quem é o presidente da Comissão Europeia. Agora quem descobriu a vacina... ora bem, eu penso que foi Edward Jenner (se escrevi mal, mil perdões) e que foi a vacina da varíola. Mas não é coisa que se ouça assim muitas vezes, é um facto. :)

    ResponderEliminar
  12. Eu tenho dificuldades em encontrar, jovem ou não, alguém que saiba o que faz a Comissão Europeia, quem a escolhe e em quê que os seus poderes diferem dos do Parlamento ou dos do Conselho. Não sabendo isto, de que serve saber quem é o Presidente?

    ResponderEliminar
  13. Rita maria: on the mouche. e qual dos inúmeros "presidentes da UE" é que importa saber? essa também eu gostava que me respondessem.
    Luna, exacto. escrevi essencialmente o mesmo há pouco. Juro que dá vontade de ir mesmo à redacção da Sábado e fazer uma quantidade de perguntas "gerais" sobre outra coisa que não "humanidades" escolhidas a dedo para ver o que saía de lá.

    a questão essencial é mesmo a do teu comentário: o que é a cultura geral?

    ResponderEliminar
  14. S*, diz-me lá qual é a tua escola, na minha nunca passaram O Padrinho (mas levei com o Great Gatsby, um secão, e foi uma maneira da s'tora dar menos uma aula).

    E quanto a Os Maias e Eça de Queiroz, tive uma excelente s'tora de português, e ainda assim quase aposto que alguns dos meus colegas, um ano depois, já não saberiam dizer que escreveu (decoraram sebentas, fizeram cábulas, mas não leram).

    ResponderEliminar
  15. De que serve saber?? Tecnicamente de nada. Mas de que serve saber é das perguntas mais redutoras que já ouvi. TUDO serve, saber serve para algo, nem que seja para sabermos que isso que sabemos de nada serve. De que serve saber o nome dos 5 maiores rios de Portugal? Ou de 25 capitais da Europa? Ou que existem 5 continentes? Ou a falha de Mariana?

    Não serve de nada. Mas serve para tudo.

    Desculpa se fui agressiva, não é minha intenção.

    ResponderEliminar
  16. Eu por acaso não dei os Maias na escola. dei a Aparição (outra seca mas pelo menos passava-se em évora, foi a parte interessante). Por interesse e por que o tinha ali na estante a olhar para mim, li os maias um verão ou dois depois disso. mas aposto que 95% dos meus colegas de turma não o leram. Assim sendo será que eles são ignorantes por não saberem quem foi o autor de uma peça que nunca lhes passou pela frente?

    e se fizermos a pergunta contrária a todos os que só deram os Maias na escola: "quem escreveu a Aparição?".
    Se não souberem isso quer dizer que isso é uma questão de cultura geral ou que não é de cultura geral?

    ResponderEliminar
  17. @Luna: isso (o do teu colega sério) é conhecimento específico de uma determinada área, neste caso da farmácia, por exemplo, se calhar não sabes o que é um compasso composto de divisão ternária, isto é da área da música, não se dá na escola dita "normal"... mas toda a gente (diga-se a geração entrevistada) tem as disciplinas gerais até ao 9º ano, deveriam saber quem inventou a vacina (não me lembro do nome do homenzinho mas sei que foi para combater a varíola e foi através de qualquer coisa das vacas) deram os Maias no 11º ou 12º (agr não me recordo), o Durão Barroso aparece 500 vezes na tv, logo acho que deveriam saber o mínimo. Obviamente o vídeo foi editado de uma forma tendenciosa, não apoio quem escolheu as personagens a dedo, mas o que é certo é que muitos jovens da nossa geração não querem saber de nada que os rodeia, só da área em que estão a especializar...
    Uma vez tive uma conversa com uma amiga e ela comentou que algumas das nossas colegas da faculdade tinham conversas muito vazias, não dava para falar nada de interessante com elas... Eu concordei, falavas de política "ah, não percebo nada disso, só sei que estão sempre a mamar do nosso dinheiro" (isto porque elas nem trabalham sequer...), falavas das notícias "não ando a par disso, não vejo as notícias", acho que assim não dá para ter grande conversa, não... No entanto, elas tinham melhores notas que eu na faculdade...
    Para mim o interesse de uma pessoa não está só na inteligência que possui, mas também no conhecimento geral, que serve para discutires e argumentares com as pessoas normais, sem ter a ver necessariamente com a área de estudo/trabalho...

    ResponderEliminar
  18. "Assim sendo será que eles são ignorantes por não saberem quem foi o autor de uma peça que nunca lhes passou pela frente? "

    quando se lê peça entenda-se obra, não no sentido de peça de teatro

    ResponderEliminar
  19. Ana, muito bom! Só tu para me fazeres rir...boa sorte com o trabalho! :)

    ResponderEliminar
  20. Vamos cá ver: eu nao acho bem que alunos com a escolaridade completa revelem ignorância, mas qual a representatividade do que foi visto?

    Se me der na cabeça que quero provar que os alunos universitários sao racistas e xenófobos, basta entrevistar suficientes para que me apareçam alguns energúmenos pela frente que me cheguem para fazer um vídeo, mesmo que correspondam apenas a 0.1%.

    Quanto à vacina, estou espantada que tanta gente saiba sem ir à wiki, ainda há pouco tempo uma médica falhou a questão no quem quer ser milionário respondendo pasteur, que é o que a maioria das pessoas responde.

    ResponderEliminar
  21. Luna, quando eu tinah 10 anos o meu pai ofereceu-me um livro (guardado até ao fim da minha vida será) chamado "Queres saber?". Falava do Jenner e lembro-me que fiquei muito assustada porque vinha uma gravura dele a inocular o próprio filho :)

    ResponderEliminar
  22. Olha, eu nunca tinha ouvido falar de semelhante fulano. E estive em ciências, no secundário.

    Se tivesse que arriscar, seria no Pasteur. Ou no Vasco da Gama!

    ResponderEliminar
  23. Mas não andas por aí a rir e dizer "não sei nem quero saber", pois não?

    ResponderEliminar
  24. Izzie, obviamente que não dei o Padrinho na escola. Aliás, nem sequer me referi a essa pergunta. Mas as outras perguntas, a maioria, dei. E o que não dei (porque o Barack Obama não é presidente desde assim há tanto tempo...)vejo na televisão diariamente. D-i-a-r-i-a-m-e-n-t-e vemos o Durão Barroso e o Obama, pelo que me parece muito mau mesmo que não saibam o papel que eles cumprem.

    ResponderEliminar
  25. Mas o meu ponto era esse: não são todas questões sobre matérias dadas na escola. E quanto ao Padrinho, bom, há várias respostas possíveis: Marlon Brando e Robert de Niro (Don Vito Corleone) ou Al Pacino (Mike Corleone). Já para não falar em outros padrinhos que são personagens secundárias.

    E por mim falo, tento não ver o Durão Barroso diariamente na televisão. Juro que tento.

    ResponderEliminar
  26. Acho que a questão do "não querer saber" passa mais pelo não querer ser humilhado, porque assim como estes "jornalistas" há pessoas que se sentem no direito de discriminar por saberem alguns factos. Isto não incita ninguém a querer saber mais e melhor. É uma abordagem claramente mal intencionada, e ter boa memória não é sinónimo de ser inteligente.
    E outra coisa maravilhosa é a edição altamente tendenciosa (e também já li o artigo): O facto de terem aparecido no vídeo não significa que tenham errado todas as perguntas, mas a sucessão de pessoas diferentes (mesmo que eventualmente só tenham respondido mal a 1 ou 2)dá ideia que que os que lá apareceram são ignorantes em todos os campos. E quanto à pergunta do Obama, segundo o artigo em 100 pessoas apenas uma respondeu errado, mas claro, que ele é colocado no final das respostas certas para as pessoas se esquecerem dos anteriores. Houve dois estudantes que não erraram nenhum pergunta. Onde estão eles no vídeo?

    ResponderEliminar
  27. Sem falar da pressao do teste. Já me aconteceu querer lembrar-me de nomes que conheço bem e de repente dar-me uma branca e não me sair (tanto em termos de cultura geral, ou autores de livros que li ou filmes que vi, como de pessoas que conheço, e que de repente, nao me conseguir lembrar do nome).
    Na pergunta do padrinho, por exemplo, os primeiros nomes que me vieram à cabeça foram Robert de Niro e Al Pacino, não me lembrei logo de Marlon Brando.

    ResponderEliminar
  28. Concordo que o vídeo é bastante tendencioso, como quase sempre que se fazem estes "estudos" para mostrar o quão estúpidos são os jovens hoje em dia. Claro que o conceito de cultura geral é discutível, mas pelo menos a mim chocou-me o facto de não saberem quem escreveu Os Maias (que são uma obra incluída no programa que eles tiveram na escola), quem é a chanceler alemã (a senhora passa a vida na ribalta, juntamente com a Troika, a dívida externa e a crise), ou que o Durão Barroso é o presidente da Comissão Europeia, por exemplo. Estes dois últimos factos, então, é uma questão de ler um jornal ou ver as notícias, mesmo que seja, sei lá, uma vez por mês.
    Mas o mais grave para mim, não são as respostas às perguntas, é mais o desinteresse que mostram pelo mundo, um "não sei nem quero saber e isso não serve para nada".

    ResponderEliminar
  29. Sim, mas quantas pessoas não souberam responder? 3, 4, 5? É realmente demonstrativo da nossa realidade?

    Há uns anos fizeram uma peça do género com questões matemáticas à porta do técnico e respostas do género, tendo obviamente mostrado apenas as erradas.

    Houve respostas "não faço a mínima ideia" a contas de subtracção, por exemplo, o que me chocou, visto que embora ninguém tenha de saber as respostas de cor, pode sempre parar uns segundos e fazer a conta. Se me perguntarem quanto é 244 menos 135 eu terei de parar e fazer a conta, mas não direi que não faço ideia. Já se me perguntarem qual é a raiz quadrada de 452866294, a coisa muda de figura.
    Mas a verdade é que neste tipo de questionários, a pessoa questionada espera que queiram resposta imediata, e fica nervosa, quando tem alguém a olhar à espera de uma resposta, para a qual precisa de tempo a calcular.

    ResponderEliminar
  30. Ah, e se me perguntassem quem descobriu os antibióticos seria bem possível sair-me Ian Fleming (criador do James Bond) em vez de Alexander Fleming.

    ResponderEliminar
  31. juanna, vinde a meus braços (desc o atrevimento, é só uma expressão).

    posso? (já é o 3º que comento, pq foi o 3º que dedicou ao assunto. tenho é vindo de baixo pra cima. :)

    a mim parece-me bizarro fincar a argumentação em 'aquela amostra não é representativa', pois

    1. é mau jornalismo? sim.
    2. tendencioso? também.
    3. manipulador? evidentemente.
    4. desonesto? já nao há duvidas, a partir do link que a izzie cedeu num outro blog (o da rita)

    mas
    foi a jornalista que pôs alguns daqueles a alarvemente justificarem a sua ignorância com uma atitude de nao sei nem quero saber? nao.

    foi a jornalista que os obrigou a não acertarem nas perguntas? nao.

    foi a jornalista que os meteu na universidade? nao.

    o ponto, que nos deve fazer reflectir, é (para mim) :

    como é possível ter jovens universitários sem vergonha de serem ignorantes face, seja a conteúdos leccionados na escola (os gerais, que, tal como o nome indica, deverão ser interiorizados pelos proprios como cultura geral), seja a assuntos correntes do mundo, vide, quem manda em nós?

    refiro-me, pois, aos que prali andaram a achar-se bué de engraçados por não saberem a resposta a certas perguntas.

    e isso, luna, não é questao de ser ou nao representativo - é o facto de alunos assim terem chegado à universidade.

    nao sei se me fiz entender.

    abraço.

    ResponderEliminar
  32. gente ignorante sempre existiu e continuará a existir. se acho vergonhosas certas respostas, sem dúvida. mas fazer disto um retrato da populaçao de alunos universitários é desonesto, e um exemplo de mau jornalismo.

    ResponderEliminar
  33. Este teu último comentário disse tudo e estou totalmente de acordo. Eu não quis dizer que os jovens estão representados neste "estudo" nem que todos eles são uns incultos e uns desinteressados, o que me indigna é mesmo a indiferença dos que foram escolhidos para esta reportagem, as desculpas para não saber, etc. Sim, a pressão desculpa muito (eu também me atrapalharia com toda a gente à espera de uma resposta), mas tal como numa pergunta de cálculo também aqui acho que dava para pensar um bocado e responder com calma, não sei, só estando na situação mesmo.
    Se as respostas que aqui apareceram são sequer representativas dos jovens que entrevistaram, também não me parece. Cheira-me a um jornalismo tendencioso que não aprovo, de todo, até porque mostrarem os resultados "reais" seria bem mais interessante em vez de andar à caça do erro.
    No entanto, sejam muitos ou poucos, seja ou não representativo, custa-me que haja quem saia da escola e entre numa universidade e mostre que não sabe ou não quer saber do mundo em que vive, é só mesmo isso que me indigna no vídeo.

    ResponderEliminar
  34. Ah, só mais uma coisa. Queria dizer à Sofia P. que gostei muito do símbolo químico da água ser Au, de auguinha =) Não estivesse ele já "ocupado" e parece-me mesmo uma óptima sugestão, eheheheh. Muito bom!

    ResponderEliminar
  35. Na minha opinião, o que mais choca é mesmo as respostas que dizem: "não sei nem quero saber!" ou "Não ligo nada a isso.". Talvez isto mostre muito mais do que propriamente as respostas erradas!
    Eu estou no mundo académico, e o que é certo é que muitos alunos são capazes de saber todos os vídeos mais vistos no youtube, mas não se dão ao trabalho de ler um jornal, nem têm opinião formada sobre quase nada da actualidade. O problema é que as vezes não são só os jovens estudantes, há muito mais para além disso!
    No entanto concordo que o video é de alguma forma manipulador e passa uma imagem demasiado generalista.

    Parabéns pelo Blog :)

    ResponderEliminar
  36. A quem possa interessar, aquilo que estava a tentar dizer no comentário acima por um dos alunos entrevistados (tendo em conta que é mesmo ele)

    https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=294973387193648&id=100000429668770

    "Fui eu quem respondeu Miguel Arcanjo à questão "Quem pintou o tecto da Capela Sistina?" Agora que vos consegui cativar a atenção, tenho a dizer que o papel da Sábado foi puramente ignóbil, tendo dado instruções completamente opostas àquilo que se pode constatar tanto no vídeo, como também na revista publicada hoje. A verdade é que me fizeram 10 perguntas e só mostraram a que eu errei que, como pod...em comprovar os que se encontravam presentes, acabei por corrigir e responder, então, Miguel Ângelo. Em todo o caso, a minha resposta deveu-se ao simples facto de ter frequentado o Externato São Miguel Arcanjo e, ao mesmo tempo, com a pressão da própria entrevista, dei essa mesma gafe - corrigindo-a assim que apercebi -. De acrescentar que quando concluída a entrevista, fiquei à conversa com a jornalista Inês Pereirinha, perguntando-lhe se esta mesma entrevista ia ter semelhanças a uma que o programa 5 para a meia noite já teria feito, tendo obtido uma resposta negativa a este meu comentário. Todavia, para além de ter sido humilhado como nunca tinha sido até à data, ficou em causa o bom nome da instituição que eu frequento - ISPA - IU -, sendo considerada a melhor instituição de ensino na área da Psicologia. Acabei por ser vilipendiado em praça pública, sentindo-me completamente desolado. Acho-me uma pessoa culta que, durante o trajecto Casa-Escola, Escola-Casa, que tem uma duração aproximada de 2h30/3h diárias, lê os jornais gratuitos que consegue adquirir e, ao mesmo tempo, é assinante da revista Visão. Há tanto assunto que poderia ser discutido, como a abolição do desconto de 50% nos passes sociais que, assim, me vão obrigar a pagar cerca de 85€ mensais, ficando-me mais barato dirigir-me à faculdade de carro. Já tentei contactar a jornalista Inês Pereirinha por 2 vezes, acabando por nunca obter qualquer tipo de resposta. Deixo-vos com uma das mensagens que enviei para a jornalista e, aproveito para anunciar, que estou a reunir todos os elementos necessários para processar a jornalista em causa e, igualmente, a revista Sábado.
    ""A ignorância dos nossos universitários", se se sentir bem com o trabalho que realizou, digo-lhe, com tristeza, que você e os restantes colegas são ignóbeis. Vou ainda dirigir-me às autoridades competentes para apresentar uma queixa formal sobre o uso indevido da minha entrevista, sabendo você qual a razão dessa mesma denúncia/queixa. O que mais me impressiona é a generalização que vocês fazem e, mais gravoso, apresentarem ao público uma imagem dos universitários somente com as gafes dos mesmos, não tendo em conta qualquer tipo de pressão momentânea, nem referindo que foi elaborada e apresentada uma panóplia de perguntas a cada universitário."

    ResponderEliminar
  37. Sim, ja tinha visto. aliás mandei-lhe mensagem a pedir autorizaçao para reproduzir a resposta, e estou à espera.

    ResponderEliminar
  38. Ridículo é a única palavra que me ocorre sobre isto. Isto não é jornalismo, é saber trabalhar bem com programas de vídeos e cortar as cenas que não lhes interessaram.

    ResponderEliminar
  39. Ana, esquece lá o cerne de se isto é representativo ou não. O símbolo químico da água é... H2O. Qual era mesmo o volume do "produto" que deveria ter sido colocado no tubo de ensaio/pipeta pra que a máquina não explodisse?
    Entrevista manipulada: claramente!! Facilitismo actualmente nas escolas: claramente!! Se eu acho que é representativo dos estudantes universitários? Depende, vai ali pros lados da Universidade da Beira Interior ou da do Algarve e depois falamos.

    ResponderEliminar
  40. @Luna: Eu concordo ctg, a entrevista está muito mal feita, é falaciosa, só mostra os erros (e um deles, o que respondeu "Miguel Arcanjo" à do tecto da Capela Sistina corrigiu logo, mas ele ficou super indignado com a situação porque foi alvo de chacota na faculdade, ele respondeu direito às restantes questões mas só puseram a que ele se trocou no nome do pintor, troca essa devida à confusão com o nome da sua escola secundária...
    Essa reportagem está errada em muitos aspectos, mas continuo a achar que actualmente parece que não é muito importante estar actualizado em relação ao que se passa no mundo ou saber um bocadinho de tudo, só é importante queixar-se da crise... lol

    quanto à do filme o Padrinho, só me ocorreu o Al Pacino :P

    ResponderEliminar
  41. Em bom rigor 80% do jornalismo que se pratica em Portugal é assim. Tendencioso e manipulador e mto sensacionalista. Eles passam uma determinada notícia da forma q querem q a malta a veja e interprete, infelizmente.
    Claro q tb acho q a amostra não é significativa, meia dúzia de pessoas em 100...mas ainda assim, de facto, n deixa de ser triste assistir a algumas das resposta e ainda mais ao ar natural e divertido com q alguns ficam qd não sabem...

    ResponderEliminar
  42. Andorinha, como antiga aluna da Universidade da Beira Interior fiquei sem perceber se o comentário era favorável ou depreciativo (conheço o suficiente para aceitar as duas hipóteses).

    ResponderEliminar
  43. Não sabia a resposta a essa questão, agora já sei e esse é para mim o cerne da questão, ninguém sabe tudo!
    Quem já jogou Trivial sabe que por vezes há uma questão que ninguém sabe a resposta e nós ali a pensar "Mas que raio? isto é tão fácil, toda a gente sabe quem ganhou o campeonato do mundo de F1 em 1977".
    O que acho preocupante e faz-me confusão é a ultima parte do video, aquele "desculpismo" aquele não sei nem quero saber, onde está a curiosidade de saber, de aprender, de conhecer?? Depois de ler aqui a pergunta sobre a primeira vacina, para mim é impensável não ir procurar resposta, provavelmente vou-me esquecer do nome do senhor, mas não me esquecerei que a vacina foi contra a varíola.
    Todos os dias somos bombardeados com informação sobre a alemanha, não saber o nome da chanceler alemã leva-me a pensar, mas saberão o que se passa no nosso país? Na Europa?? No Mundo?? o que me recordou uma conversa que me chocou após o Tsunami que atingiu o Japão este ano, uns 3 ou 4 dias depois em plena crise nuclear, ouvi eu com estes meus dois ouvidinhos uma conversa de paragem de autocarro entre dois jovens em que inicialmente um não sabia o que se tinha passado e perante a insistência do outro no tsunami, ainda rematou com um: "não sei o que é isso".

    A mim entristece-me que se tenha a possibilidade de aprender e não se faça, nas minhas mãos apenas está o de criar curiosidade nas crianças e jovens que me rodeiam.

    ResponderEliminar
  44. Uma vez apareci numa reportagem da RTP sobre toxicodependência dos jovens, sob a frase "os jovens começam a consumir drogas cada vez mais cedo". Quando me filmaram, num local público, perguntei para que era e disseram-me, tão somente, que era uma reportagem sobre a juventude. Não assinei documento nenhum. Nada. Uns meses mais tarde, quando a reportagem passou, em horário nobre e em canal público, toda a gente a viu, incluindo o meu chefe (era o meu primeiro emprego). Tive direito a uma carta do sr. director de informação a pedir-me desculpa, mas muita gente ficou a pensar que eu era efectivamente consumidora de drogas. Coisa, que aliás, nunca fiz. Por isso, jornalistas nunca mais.

    ResponderEliminar
  45. Não existe símbolo químico da água, porque a água não é um elemento.

    ResponderEliminar