Ou mais ou menos o equivalente em utilidade àqueles emails informativos que andaram a circular sobre como perceber que se está a ter um ataque cardíaco e o que se fazer durante esse processo:
Como sobreviver se o gelo quebrar e se cair dentro de água ficando preso por baixo?
Ora, é uma regra muito simples. Quando o nosso corpo é subitamente mergulhado em águas geladas, e depois da confusão da queda se descobre que se está preso debaixo do gelo, enquanto se tenta suster a respiração para não nos afogarmos e se luta contra a hipotermia até encontrar a saída, ao mesmo tempo que se tenta evitar bater com a cabeça no gelo, que debaixo de água não se forma lisinho mas em forma de estalactites pontiagudas, devemos então começar por não entrar em pânico e tentar responder a uma pergunta: há ou não uma camada de neve por cima do gelo?
Dependendo da resposta, temos então duas hipóteses, nada facilmente confundíveis entre si:
1. não há neve: ao contrário do geralmente intuitivo, não se deve ir em direcção à luz, mas sim aonde está mais escuro, porque o gelo amplia a luz, pelo que a zona mais clara é onde é mais grosso.
2. há neve: nesse caso deve-se fazer exactamente o contrário, porque a neve bloqueia a luz, pelo que a zona mais luminosa será o buraco por onde se caiu.
Facílimo, não acham? De nada.
Abstive-me de perguntar qual a regra se a camada de neve for pequenina e bloquear só parcialmente a luz. Já o facto de todos os meus colegas holandeses parecerem estar perfeitamente familiarizados com estas regras leva-me a crer que a minha renitência em ir passear no canal gelado não só é altamente razoável como de grande bom senso.
Abstive-me de perguntar qual a regra se a camada de neve for pequenina e bloquear só parcialmente a luz. Já o facto de todos os meus colegas holandeses parecerem estar perfeitamente familiarizados com estas regras leva-me a crer que a minha renitência em ir passear no canal gelado não só é altamente razoável como de grande bom senso.
Depois de ler isto também começo a agradecer o meu bom senso, de facto... Aliás, porque duvido que tivesse o sangue frio suficiente para pensar nessas coisas todas :P
ResponderEliminarsim, até porque as regras sao exactamente opostas, troca-se e pronto, quina-se.
ResponderEliminarGrandesíssimo bom senso. Que raio de ideias ir passear para o gelo sabendo da possibilidade de tal coisa acontecer...
ResponderEliminarQue pânico.
ResponderEliminarIsto faz-me lembrar aquelas cenas do "como sobreviver a um ataque de tubarão". Ora, não preciso porque já sei: não se entra na auguinha onde houver tubarões. Simples.
ResponderEliminarIzzie: entendemo-nos tao bem que ate espanta! :)
ResponderEliminarTenho outra: como sobreviver a conversa de malucos/de chacha? Há doidos por todo o mundo, pois há.
ResponderEliminarSeria talvez aconselhável a andar com uma lanterninha à prova de água...
ResponderEliminarM-E-D-O!!! E os teus colegas falaram-te nas regras assim? Como se fosse a coisa mais natural do mundo? Gente estranha!
ResponderEliminardepois de descobrir o buraco, o problema é que o gelo fica fragil e vai-se partindo cada vez que tentamos subir, á medida que vamos ficando mais pesados pela agua. Quando conseguimos subir devemos afastarnos dessa zona de gatas ou rastejando. Para ajudar alguem a subir, devemos deitarnos no gelo para nao cair tambem e oferecer um pé ou uma mao. Sao momentos de muita tensao e adrenalina, e a agua gelada ajuda a aumentar o panico. Passei por uma situacao dessas aos 20 anos com um amigo, num lago congelado na serra da estrela, 1980 e tantos. Acho que corremos serio perigo, nessa vez
ResponderEliminarO meu instinto de sobrevivência aumentou depois de ler este post. Obrigado! xD
ResponderEliminarE eu que pensava que merdas dessas só aconteciam em Portugal ...
ResponderEliminarEm Portugal? Onde?
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