9 de fevereiro de 2012

Queixinhas


Bruno Vieira Amaral, no Douta Ignorância

23 comentários:

  1. Sua marota neo-liberal, a dar razão ao PPC.
    Ainda a hei-de ver a votar no PPD.

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  2. ou apenas a linkar um bom texto, se se derem ao trabalho de o ler na totalidade.

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  3. Ehehehe os espanhóis são iguais. Até os velhinhos se queixam do mesmo que os nossos velhinhos :)

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  4. O nosso Primeiro não pode ser português... a mandar-nos acabar com a pieguice ancestral... assim, sem mais.

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  5. Depois emigramos e vemos que os outros são exactamente iguais a nós.

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  6. ora aí está, margarida.
    Daqui a pouco, dizem que foi Portugal quem inventou a queixa!..

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  7. Só falta acrescentar: "queixamos-nos dos que não se queixam!"...

    Beijoca

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  8. Bom fui ler o texto todo, e, apesar de estar muito bem escrito, não concordo. Acho que o problema não é insistirmos persistir neste hábito nacional da lamúria, o problema é que ninguém reconhece ao PPC legitimidade para o tom paternalista do "não te queixes!" Nem vou ter o trabalho de explicar porquê, toda a gente sabe. De facto, ele tem muito pouco do que se queixar e nenhumas razões para ser piegas. Agora por-se com atitudes destas, como se fosse demasiado bom para aturar este esterco que o elegeu, bom, por mim pode enfiar a sua prosápia lá, onde também todos sabemos. E, se não gosta, emigre. Eu dou-lhe o chute, para ganhar balanço.

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  9. Deixo aqui um excerto de uma crónica do melhor cronista Português da actualidade, Ferreira Fernandes (DN):
    "E, aos tais 22 minutos, ele disse: "Devemos persistir, ser exigentes, não sermos piegas." Pois eu também acho que devemos persistir, ser exigentes, não sermos piegas. Quem se escandalizou com Passos Coelho deu-lhe razão às palavras: há demasiada gente a caçar gambozinos. E isso custa caro a todos: a mim, obrigaram a ouvir o discurso"

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  10. Izzie, concordo contigo, mas se fizeres como eu e te abstraires das ideias partidárias subjacentes a este texto e te focares só neste excerto, verás tanta verdade...

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  11. Pedro, a sério, eu persisto, sou e sou exigente. Por isso é que não votei num indivíduo que nunca concorreu a qualquer emprego, que pode andar a roçar o traseiro nos bancos da faculdade até aos trinta e tal anos, para exibir no cv o título de "gestor". Um gajo que andou de favor em favor, que nunca trabalhou a sério, e sim, estou a falar do PPC ou do Socas, basta mudar gestor para engenheiro. Ambos da mula ruça. Sou piegas porque tudo isto é triste, e me dá vontade de chorar.

    Me, no geral é verdade, sim senhora, e dou a mão à palmatória: dia em que não me queixe não é dia. Mate acha que eu me queixo de formas muito engraçadas, mas lá está, ele atura-me porque quer.

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  12. Somos queixinhas, sim. Talvez no resto da Europa não se passe 5 horas (num dia bom) à espera de ser atendido numa urgência de hospital público, enquanto o médico, que pode trabalhar igualmente no privado onde ganha bem, está no bar a beber um café de duas horas (isto aconteceu mesmo). Com uma grande camada da população a viver com pensões de 100 e 200 euros é suposto terem a capacidade de ver o lindo país que temos em vez de se se queixarem do preço do pão, das taxas moderadores, dos transportes?

    Uma polícia que muitas vezes nem aparece, ou que espanca miúdos de 5 anos escondida atrás de umas cortinas de armazém, por este ter roubado um iogurte (verídico) e que fecha os olhos a outras queixas, também me parece ser motivo de queixa.

    Políticos que usam a política como trampolim para outros sectores e que, como a Izzie disse e bem, chegam lá não por força do mérito, mas por força de padrinhos e poleiros e que vão legislar sobre impostos, horário de trabalho e outras coisas que tais sem nunca terem verdadeiramente trabalhado na vida, também me parece um bom motivo de queixa.

    Esta lista pode ser continuada, e ser feita uma generalização como fez o Bruno Viera do Amaral.
    Mas a verdade é que os portugueses também são aqueles que «se aguentam à bronca» e acho muito bem que se queixem, do que lhes apetecer, porque ficar calado não faz de nós queixinhas, mas burros.

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  13. Serei a única a encontrar um tom irónico neste texto?

    Especialmente tendo em conta as últimas frases dele?

    Glup...

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  14. Também devo ser a única que leu esta frase:

    "O primeiro-ministro pode tirar-nos o carnaval e os feriados, as férias e os subsídios, mas não pode querer que deixemos de nos queixar. Em primeiro lugar, porque temos motivos para isso."

    ou esta

    "Acredito que possa ser desesperante ouvir todos os dias queixas de empresários, de trabalhadores, de professores, de artistas, de alunos e de sindicalistas. Olhe, sr. primeiro-ministro, faça como nós, queixe-se!"

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  15. Luna,

    não. Até porque o excerto que transcreveste não denota a suposta ironia do texto (não considero irónico, parece-me gozão).

    Ah, e se temos um Presidente da República que se pode queixar das suas reformas de 8000 euros, parece-me justo que todos se possam queixar.

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  16. Creio que não lemos o mesmo texto, ou então o interpretamos de forma diametralmente oposta.

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  17. "A queixa não agrava, alivia. É auto-medicação espiritual. Uma mezinha caseira para alívio das dores da alma."

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  18. I stand corrected, posso ter o detector de ironia desligado, mas a ideia que retirei foi de que nos queixamos em demasia.
    Mas mais vale um queixume que um cockyail molotov, e nisso o PPC bem podia estar grato: se estas palavras não acenderam o pavio, não vai ter problemas de maior. Porque além de quixinhas, somos papalvos o suficiente para pensar que não vamos chegar ao nível a que chegaram os gregos.

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  19. Eu e mais umas quantas pessoas (basta ler alguns comentários que lá foram deixados).

    De qualquer das formas, ironia ou não, a brincar ou a sério, acendeu aqui um debate a este propósito, podemos descolar-nos do texto. :)

    E o Pedro Passos Coelho que andou a falar de pieguice, também ele se queixou ontem «os políticos portugueses ganham mal»...

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  20. Bem, eu que o costumo ler talvez tenha aprendido a perceber-lhe o humor.

    Mas vamos lá por pontos:

    O texto começa por nos dizer qua a queixa faz parte de nós, como povo, e que pertence à nossa cultura. (O que não deixa de ser verdade.)

    De seguida diz que nos comprazemos na queixa, que nos alivia, que é uma mezinha para as dores de alma. (Também me parece que não é nenhuma mentira.)

    Depois continua dizendo que depois de nos tirar tudo, não nos pode também o direito à queixa, até porque temos motivos para isso. (Mais uma vez, também me parece que temos bastantes motivos para nos queixarmos, e o autor tambem)

    E por fim recomenda ao sr primeiro ministro (sendo aqui onde me parece residir a ironia) que, se se sente tão agastado com as nossas queixas, que tem bom remédio e faça como nós: queixe-se.

    Mas pronto, pode ser que eu não tenha percebido mesmo nada.

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  21. Antes de comentar o excerto que publicaste, fui ler à origem e consegui perfeitamente descolar-me de ideias políticas pré-concebidas e entender a essência da tua ideia... mas isso sou eu que sou uma ingénua (mesmo, not being ironic).

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  22. No fundo,bem lá no fundo todas nós temos as nossas queixas,todas nós temos os nossos medos..... eu,por exemplo,tenho-me queixado ultimamente de todo este frio que se faz sentir na minha zona durante a noite. adoro adoro adoro o verão. tenho medo de cobras e de ladrões,queixo-me de estar sempre em casa sem nada para fazer,pois sou desempregada. mas apesar disso o ponto de cruz distrai-me a cabeça e nós temos sempre que nos entreter com qualquer coisa não é verdade??!! Enfim cada um com suas duvidas e com suas queixas mas lá bem no fundo acho que até nos sabemos divertir. beijinhos fofinhos!!

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