23 de janeiro de 2013

E se for mulher, já é na boa?



Infelizmente, todos os dias vejo notícias sobre violações de mulheres em (quase) coma alcoólico. E talvez o humor possa fazer pensar. O que se pode chamar uma "good rape joke".

11 comentários:

  1. É na boa. Tal como um gajo que lave a loiça e ponha a mesa é um gajo que "ajuda em casa" e uma gaja que lave a loiça e ponha a mesa "não faz mais que a sua obrigação". Como se a casa fosse a responsabilidade dela e ele até desse uma mãozinha! Ainda há muitooooo que andar.

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  2. Pois. Para muitos, se ela se pôs naquele estado, é porque assumiu como possível tal resultado, logo, não se importa. E agora a sério, e a propósito da moda dos date rapes depois de se ter posto um royphnol na bebida dela e a deixar inconsciente: que tipo de gajo doente é que consegue fazer sexo com alguém inconsciente? Hein?

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  3. A julgar pelas notícias constantes no Jezebel, muitos, por vezes em grupo, e ainda filmam e tiram fotos com o iphone. :(

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  4. Neste vídeo funciona, o problema é que a maioria das "rape jokes" (que não devia sequer ser uma moda) é feita para ridicularizar as vítimas e desculpar e normalizar este comportamento. E não importa se essa é ou não a intenção de quem do 'cómico', o que conta é o resultado e a mensagem que transmite: em determinadas circusntâncias (bebedeiras, 'roupas provocantes', flirting...) os jovens crescem a pensar que têm direito sobre o corpo de outras pessoas sem o seu consentimento. Há dias li uma notícia, e estive perto de vomitar, de um grupo de gajos numa festa na América que foi absolvido depois de meia dúzia deles levarem uma rapariga quase em coma de carro, filmarem filmarem-se a violá-la inconsciente e ainda acharem por bem colocar isso na net
    http://rasputin.tumblr.com/post/39645951551
    Foram absolvidos por serem populares na terrinha e porque a rapariga não disse 'não'.

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  5. Já agora, slightly off topic, mas parece-me relevante http://raniakhalek.com/2013/01/02/us-media-portrays-rape-culture-as-a-foreign-problem-heres-why-theyre-wrong/

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  6. Silly little wabbit:

    ainda há pouco tempo li um artigo no Jezebel sobre rape jokes e sobre quendo são aceitáveis: quando o alvo da piada é o violador e não o violado (no artigo davam exemplo uma piada do Louis CK). E é por isso que este vídeo é muito bom, porque expõe uma situação e critica os violadores, nao as vítimas.

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  7. E aliás, ontem também me ia vomitando com esta notícia:

    http://www.publico.es/internacional/214674/afganistan-legaliza-la-violacion-dentro-del-matrimonio

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  8. Mas as "rape jokes" existem?

    Mas há mesmo anormais a violarem raparigas em coma?

    Bolas, quem me dera ter continua na ignorância. É que nem dá para acreditar...

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  9. O artigo é de 2010, mas mantém a relevância: http://www.guardian.co.uk/commentisfree/2010/sep/10/the-rise-of-rape-talk?INTCMP=SRCH

    Há poucos meses, apanhei na televisão a parte final do espectáculo do Rui Sinel de Cordes,em que a anedota que encerrava o mesmo espectáculo era (e cito quase verbatim): "noutro dia, violei uma gaja com paralisia cerebral e ela queixou-se à polícia. Como se a puta alguma vez conseguisse alguém melhor do que eu". Isto arrancou gargalhadas à sala inteira.
    O problema não é a anedota de violação propriamente dita, o problema é o significado da vulgarização destas anedotas, que em última instância vulgarizam, e acabam por minimizar, o próprio crime de violação. Nojentinho.

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  10. Exacto, e já li vários artigos sobre o assunto, um deles com a perspectiva que é quase dar palmadinhas nas costas de quem viola, fazendo-se sentir acompanhado, gozando da cumplicidade dos pares, e pensando que é aceitável e normal. Infelizmente já nao me lembro onde o li, pelo que já nao consigo encontrar.

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  11. Essa """anedota""" do sinel fez-me perder a fome para o almoço, e veio confirmar o que já sabia: além de um péssimo humorista, o gajo é um excremento.

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