30 de novembro de 2014

Beijinho ao Reviewer #1


Reviewer #1: The manuscript discusses the DC uptake and induction of CD8 response induced by nano- or micron-sized PLGA. The data was well presented and discussed. Overall the manuscript is written clearly.

Minor suggestion for further improvement:
Please expand the discussion of Figure 3 into Figure 3a and b Figure 4 caption: Please state the statistical analysis "*" or "**" was in comparison to which group


NÃO VAMOS FALAR DO REVIEWER #2

20 comentários:

  1. Tive alguns R#1 a quem adorava ter pago um jantar!
    Já R#2's e R#3's $"!$#"$$"!!!!!!! Sobretudo os R#2 .... não sei se é por acaso. Mas se algum dos R's é um calhau com olhos, é sempre o R2.

    Não sei se é o objectivo deles, mas a verdade é que agora sempre que algum editor me pede para rever um paper para um journal qualquer... penso muito nos R#2s que apanhei e ninguém merece. (embora alguns dos artigos que me chegaram, talvez merecessem alguns dos R#2 que me apareceram na vida)

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    1. É mesmo, pena não saber quem são. :)

      Eu percebo que se façam críticas e sugestões, ou perguntem por informação adicional, afinal é para isso que lá estão. Mas este por exemplo pede coisas que nos obrigariam a repetir as experiências principais do paper, mas com mais variantes. Quem é que escreve "However, the authors should highlight their novelty and reconstruct experimental design. So I suggest the authors re-visit the work and re-submit a substantially improved manuscript."? Isto é basicamente dizer que o trabalho de anos deve ser sujeito a mais anos de trabalho para ser submetido (e entretanto o grupo dele que tem algo parecido na calha consegue submeter antes de nós).

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    2. Já agora, a grande concorrência ao nosso trabalho (que publicaram trabalho muito parecido uns meses antes de submetermos) têm erros crassos que eu critico na discussão. Mas se tivesse sido reviewer no trabalho deles, apontaria essas falhas e diria que as deveriam discussão, não que deveriam ir repetir tudo e depois re-submeter. Não acho normal.

      (uma vez tive um reviewer que percebia tanto daquilo que pedia que fizéssemos experiências in vitro que qualquer pessoa familiarizada com o tema saberia serem impossíveis porque matam as células)

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    3. A vantagem é que, muito destas merdices que os #R por vezes pedem, o juri de PhD já não pega. Quando defendi, o painel de 3, começou todo por dizer que nem sabia muito bem o que dizer, uma vez que os 4 artigos estavam já publicados em revistas indexadas de grande impacto... pelo que tinham sido sujeitos já a provavelmente todos os reparos possíveis. ... Pelo que já não se esticam tanto... Que ele há muito arguente armado em R#2

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    4. Da concorrência já me aconteceu. Rejeitarem um, quase directo, sobre o pretexto que não tinha grande "novelity"... e, semanas, 2/3 meses depois, sai nesse journal com um dos editores em co-autor um paper do mesmo tema, mas mais curto em amostra, variáveis e resultados..

      é de ficar: #$"!$"!#$!"#$! !!!!!
      Felizmente, não demoramos muito a publicar o mesmo, logo na revista seguinte a que submetemos. Mas dá que pensar.Mas pronto, já é mais que sabido que o peer-review está completamente inquinado.

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    5. Shadow, o meu PhD foi feito em parceria com outra pessoa, pelo que somos co-autores de praticamente todos os artigos. O meu colega já defendeu a tese, e um dos capítulos era este artigo (é possível ter capítulos "manuscript in preparation"), e uma das perguntas que lhe fizeram na defesa é uma das perguntas que o R#2 faz, curiosamente. Também acredito que o facto de ter mais artigos publicados em vez de "submitted" ou "in preparation" nos dá mais defesa no fim.

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    6. Isso da concorrência é mesmo muito mau, especialmente tendo em conta o tempo que demora todo o processo de submissão e re-submissão de artigos. Mesmo correndo tudo muuuuito bem, entre submeter e publicar vão entre 4 a 6 meses. (o meu artigo anterior foi aceite uma semana após termos recebido as reviews e re-submetido, e mesmo assim foram 4 meses)

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    7. A minha defesa de PhD durou 3h10, eram 3 arguentes de fora. Perguntaram-me de tudo, perguntas que me foram feitas previamente pelos #R total de: 2.

      Isto passa por 1), acabares por responder no manuscrito às alterações que pretendem para concluir a publicação. 2) serem de facto da área e não fazerem perguntas absurdas, 3) como é algo publicado não querem questionar o trabalho dos peers e editors;

      Mas vá, força a responder a esse R#2, que na verdade não é a ele que respondemos, mas ao editor. Que lê as queries e o rebuttal... às vezes o #R nem chega a ver as alterações.

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  2. Não imagina como fico feliz por si! Espero que esse burro desse R2 venha a publicar só em revistas com fator de impacto -2 para baixo!

    (um) beijo de mulata

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    1. Ahahah obrigada! :)

      Confesso que nunca tinha apanhado ainda um Reviewer #1, com tão poucas críticas; já o Reviewer #2 fez algumas críticas e sugestões que nem percebi bem, mas estamos a trabalhar na "rebuttal", a ver se conseguimos ter isto aceite rapidamente, para conseguir acabar a tese (convém ter pelo menos 2 artigos de primeira autoria já publicados).

      Beijinho

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  3. Boara prá frente e deixa-os lá.

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  4. No penúltimo artigo que submeti ambos os Reviewers foram do mais amoroso e simpático que há :) Um deles até dizia "altamente recomendado para publicação!". No último...bem, digamos que a pessoa em questão pensou que era para arguir uma tese e sugeriu coisas que nem faziam sentido, parecia que queria impor o seu próprio estilo de escrita no artigo....

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    1. No meu penúltimo artigo tive um reviwer parvo (exemplo que dei acima), outro que simplesmente sugeria que encurtássemos a discussão da literatura e o número de referências bibliográficas (wtf?), e tive um muito bom, que fez sugestões que efectivamente melhoraram o artigo: tínhamo-nos esquecido de acrescentar nos gráficos as barras de significância estatística dos dados, coisa fácil de acrescentar e que deu ênfase aos nossos resultados.

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  5. Verdade que os R#2 são sempre os piores!
    No último artigo que recebi com os comentários o R#2 foi tão picuinhas que até referiu que mudasse "et al." para "and colleagues".

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    1. A sério? Essa para mim é inédita.

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    2. esse R#2 pode muito bem ser a minha ex-orientadora de PhD!

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    3. Eu fico muito contente por o meu orientador não poder ser reviewer nos meus artigos (ele próprio goza e diz lucky you), porque é a pessoa mais picuinhas ever. Quando me faz correcções vai ao ponto de ir corrigir nomes na bibliografia e colocar acentos (especialmente tremas) nos nomes que o endnote insere automaticamente sem acentuação. Não estou a gozar. Já tive de corrigir Slutter para Slütter várias vezes.

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    4. A minha idem. A verdade, é que como ela e a co-orientadora (que era realmente co-orientadora e não 2nd adviser)... eram muito assim.
      O documento nunca vinha tão vermelho de lado nenhum como delas, em especial da orientadora. Incluindo as cenas do endnote, que depois é possível corrigir na edição do modelo, ou do ficheiro... com um clique. Enfim.

      Ela é aquela pessoa que detecta que na tabela 1 de 432643246 colunas e linhas, na linha n746374 - coluna 834 há uma "," e não ".".

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    5. A sério, Luna.
      Mas a pior crítica (do mesmo R#2) foi ter posto em causa o nosso conhecimento sobre a técnica utilizada no artigo (algo que o meu orientador de tese trabalha há quase 30 anos), afirmando mesmo que nós não percebíamos nada daquilo. Eu fiquei boquiaberta ao ler tal comentário e o meu orientador disse que seria alguém a trabalhar no mesmo tema que nós e que não quereria concorrência. Acredito que seja mas apesar de tudo penso que deveria haver mais contenção em alguns comentários que enviam às pessoas, às vezes arrasam-nos completamente.

      Shadow: se a sua ex-orientadora de PhD for reviewer na área das Neurociências Cognitivas :)

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  6. Vá não é para ser do contra, mas tenho tido mais problemas com os R#1 do que os R#2. Na última revisão que recebi o R#2 até era bem meiguinho (além de que notava-se que não percebia muito pouco da metodologia utilizada). Foi fácil, fácil responder-lhe... Já o R#1!!! Maldito seja! E depois é ler "ah e queremos perceber o que acrescenta de novo" e é ver na mesma revista, um artigo com o mesmo tema e quase nos mesmos moldes a ser publicado... bahhh

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