Sobre este post e os comentários moralistas que se seguiram.
Cada um tem direito de ir onde se sente bem. Quer seja pelo tipo de música, pelo espaço, ou pelo tipo de ambiente. Porque conta, e muito, quer se goste quer não. Snobismo? Talvez, mas porque não? Cada um tem o seu, mesmo que nunca o admita. E não há nada mais chato que o falso moralismo e a gente boazinha que gosta muito do “povo” e de gente “simples”, num politicamente correcto enjoativo para o qual não há a mínima pachorra.
Eu sou intrinsecamente snob em certos aspectos. Apesar de ter sido educada para tratar igualmente toda a gente, de todos os estratos sociais e níveis de escolaridade. O que não impede que não me relacione com todos da mesma forma, porque a educação e cultura, ou a falta dela, nos aproxima ou afasta, criando empatias e pontos em comum, ou a total ausência dos mesmos. E se sou perfeitamente capaz de ir beber um copo à Sociedade Recreativa de qualquer aldeola, reconheço que não é o meu ambiente e possivelmente terei muito pouco que conversar com quem a frequenta, entre a sueca e dois bagaços. Snobismo? Não. Realismo.
Quem sai para beber um copo, dançar, ou simplesmente ver gente, procura o seu ambiente e os seus pares. Locais onde não se sinta um peixe fora de água e totalmente inadaptado. E assim, quem quer ver o povão, vai às festas estivais da aldeia, pelos santos populares, acompanhadas de sardinha assada e Rutes Marlenes. Quem quer emigrantes, vai aos concertos do Toni Carreira. Quem procura roqueiros e metaleiros vai ao 2001 – sim, ainda existe, continua igualzinho há 20 anos, a cerveja ainda é de garrafa e as mesas continuam pregadas ao chão. Quem gosta de sapatinho de vela vai à Kapital. O pessoal do Trance vai ao Alcantara Club. Bimbos novos ricos, com camisas abertas, em busca de engates platinados, às Ladies Nights de Docks, Indochinas e afins. Gays, ao Trumps ou Finalmente. Góticos, ao Juke Box. Alternativos, ao Incógnito. Pseudo vips e assíduos das revistas cor de rosa, ao Buddah. Putas, ao Elefante Branco. Malta do boné, às festas de Hip Hop. Beautiful people, ao Lux. Tudo misturado, ao Bairro Alto. Pronto, é simples.
Daí que, se ao se procurar certo ambiente, se encontra um totalmente diferente, provavelmente não se irá gostar. Gostava de ver os bonzinhos indignados que nem conhecem os locais em questão se o seu bar preferido se tornasse um bar de alterne. Qual o problema? O mau ambiente? Não gostam? Não deixa de ser uma manifestação popular genuína. Ainda por cima fomenta o intercâmbio cultural com países de leste e latino-americanos. Acham que as putas vêm de onde? Da alta sociedade, não?
Por isso, a todos os hipócritas que gostam é da gente “simples” e abraçam o “povo” todos os dias, aconselho trocarem as horas de lazer em bares e esplanadas, por viagems intermináveis de metropolitano às horas de ponta. Sentir-se-ão certamente em casa!
Cada um tem direito de ir onde se sente bem. Quer seja pelo tipo de música, pelo espaço, ou pelo tipo de ambiente. Porque conta, e muito, quer se goste quer não. Snobismo? Talvez, mas porque não? Cada um tem o seu, mesmo que nunca o admita. E não há nada mais chato que o falso moralismo e a gente boazinha que gosta muito do “povo” e de gente “simples”, num politicamente correcto enjoativo para o qual não há a mínima pachorra.
Eu sou intrinsecamente snob em certos aspectos. Apesar de ter sido educada para tratar igualmente toda a gente, de todos os estratos sociais e níveis de escolaridade. O que não impede que não me relacione com todos da mesma forma, porque a educação e cultura, ou a falta dela, nos aproxima ou afasta, criando empatias e pontos em comum, ou a total ausência dos mesmos. E se sou perfeitamente capaz de ir beber um copo à Sociedade Recreativa de qualquer aldeola, reconheço que não é o meu ambiente e possivelmente terei muito pouco que conversar com quem a frequenta, entre a sueca e dois bagaços. Snobismo? Não. Realismo.
Quem sai para beber um copo, dançar, ou simplesmente ver gente, procura o seu ambiente e os seus pares. Locais onde não se sinta um peixe fora de água e totalmente inadaptado. E assim, quem quer ver o povão, vai às festas estivais da aldeia, pelos santos populares, acompanhadas de sardinha assada e Rutes Marlenes. Quem quer emigrantes, vai aos concertos do Toni Carreira. Quem procura roqueiros e metaleiros vai ao 2001 – sim, ainda existe, continua igualzinho há 20 anos, a cerveja ainda é de garrafa e as mesas continuam pregadas ao chão. Quem gosta de sapatinho de vela vai à Kapital. O pessoal do Trance vai ao Alcantara Club. Bimbos novos ricos, com camisas abertas, em busca de engates platinados, às Ladies Nights de Docks, Indochinas e afins. Gays, ao Trumps ou Finalmente. Góticos, ao Juke Box. Alternativos, ao Incógnito. Pseudo vips e assíduos das revistas cor de rosa, ao Buddah. Putas, ao Elefante Branco. Malta do boné, às festas de Hip Hop. Beautiful people, ao Lux. Tudo misturado, ao Bairro Alto. Pronto, é simples.
Daí que, se ao se procurar certo ambiente, se encontra um totalmente diferente, provavelmente não se irá gostar. Gostava de ver os bonzinhos indignados que nem conhecem os locais em questão se o seu bar preferido se tornasse um bar de alterne. Qual o problema? O mau ambiente? Não gostam? Não deixa de ser uma manifestação popular genuína. Ainda por cima fomenta o intercâmbio cultural com países de leste e latino-americanos. Acham que as putas vêm de onde? Da alta sociedade, não?
Por isso, a todos os hipócritas que gostam é da gente “simples” e abraçam o “povo” todos os dias, aconselho trocarem as horas de lazer em bares e esplanadas, por viagems intermináveis de metropolitano às horas de ponta. Sentir-se-ão certamente em casa!