12 de janeiro de 2009

Bad, bad idea

Se há coisa de que sou dotada, para o bem e para o mal, é de uma extrema capacidade de reconhecer uma má ideia quando a vejo. Este meu apurado bom senso, que tantas vezes funciona como elemento castrador e me impede de arriscar e tomar decisões impulsivamente, sem pesar 500 vezes as suas implicações e consequências, tem-me também prevenido de me meter em grandes alhadas, principalmente sentimentais. Ora, a minha fama de pessoa ponderada, leva a que muitas amigas a mim recorram a pedir conselho e apoio, antes de fazerem borrada. O problema é que chocam com a minha sinceridade, tão apurada quanto o bom senso, e ouvem aquilo que não querem ouvir, isto é, que se está mesmo a ver que vai dar merda. É então que começam com as auto-justificações, com milhentos mas, como que a tentar convencer-me a corroborar a decisão que no fundo já tomaram, mas que precisa de ser validada por alguém exterior. Esperam um "...sim, sim, se é ele que se atira a ti então já acho muito boa ideia envolveres-te com o teu orientador de mestrado..." ou um "...vinte anos mais velho e casado? e a mulher é gorda e feia? ah, então acho óptimo, parece-me uma relação perfeita e com imenso futuro...". Só que para isso, and you should know me better, eu não sou de todo a pessoa certa. As péssimas ideias saltam-me à vista, e dificilmente o omitirei. De modo que se querem fazer asneira, façam à vontade, mas por favor não me peçam aprovação.

5 comentários:

  1. Pessoas como tu fazem taaaanta falta!... A verdade ate pode nem ser a que queremos ouvir mas pelo menos faz-nos pensar ;)

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  2. Eu sei que não tem nada a ver com o post mas achei que ias gostar... A Elsa Raposo afinal não acabou o seu namora mas foi pedida em casamento pelo Kleber e ......................................para mal dos nossos pecados, aceitou!
    Mais cenas futuras virão!

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  3. Sem palavras... Muito agradecida pela informação.

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  4. Consigo lembrar-me de várias alturas na minha vida em que me tinha feito falta uma opinião sincera, ainda que inconveniente ou chata de ouvir. Acho que é para isso que se pede conselhos: para ter a opinião de quem está mais imune que nós a toda a situação.
    Mas percebo que há quem não goste. Já me acusaram de ser bruta, à conta das minhas opiniões. Também já sabem ao que vêm, se não queriam saber não perguntavam (que quando não perguntam também não me imponho) ;)

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  5. Se as minhas amigas concordassem sempre comigo, seria extremamente aborrecido. Para ouvir a minha opinião basta falar para o espelho.

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