1 de dezembro de 2009

E o casamento gay?

Será que já anda a ser discutido nos países árabes?

22 comentários:

  1. Ó Luna, esse é fácil! Basta meter um dos gajos debaixo da burca!

    P.S. - perdoa o humor idiota mas isto de não haver ninguém ligado à net lá em Portugal porque hoje é feriado está a transtornar-me o espírito.

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  2. Ana, escrevo isto por respeito.
    Nao me sinto ofendido, nem indignado, ha muito que deixei de ser uma virgem pura e admito ter os meus proprios preconceitos e defeitos de que nao me orgulho.
    No entanto, diz qualquer coisa se algum dia quiseres discutir seriamente isto.

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  3. Sabes o que quero dizer. E sim, terei o maior prazer em discutir contigo estas coisas pessoalmente se tivermos oportunidade um dia destes. E está descansado, que eu sei que não és uma virgem pura, mas a verdade é que já quando falei na miúda que foi agredida aqui em leiden, houve logo gente a desculpar e a relativizar a coisa, e não há mesmo pachorra.
    Aliás, há uns tempos uma portuguesa foi mandada para o hospital depois de ter sido agredida brutalmente em amsterdão: estava na rua à noite foi confundida com turca, e só depois de a espancarem perceberam que afinal era engano. Ups...

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  4. (Não que se fosse turca tivesse sido melhor, mas quando é um dos nossos sente-se mais)

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  5. Olá Luna,
    Não sou árabe nem sigo nenhum tipo de religião mas este ano recomecei a estudar e estou a tirar a licenciatura em historia querendo especializar-me em religiões e culturas.
    Tenho um absoluto fascinio pela cultura arabe: pelo que foi, por ter sedo o berço da escrita, pelo desenvolvimento que atingiu quando na "velha europa" ainda nos debatíamos com o neolítico.
    Tenho particular interesse pela persia, e queria que a minha tese de mestrado (eu sei, ainda faltam muitos anos...) fosse sobre o aparecimento da democracia na Suméria e na Persia antes de na Grécia.
    Claro que como tu não sou a favor de se retirar liberdade pelo género, no entanto, sinto necessidade de perceber como e porque é que uma cultura que encanta virou tão drásticamente ao desrespeito ás mais básicas liberdades individuais. Julgo que se o conseguirmos explicar, conseguiriamos modificar este mundo mantendo o melhor que ele tem:a diferença.
    Quanto ao passado, não devemos de facto fazer um "mea culpa" pelo que aconteceu há 500 anos pelas mãos dos cristãos, mas devemos reconhecer que o resultado do mundo de hoje se prende com acções (boas e menos boas) dos nossos antepassados. E aqui, quando falo em antepassados,não falo dos nossos avós europeus, falo dos nossos antepassados ao nivel da humanidade. Toda ela.
    Creio Luna que hoje temos a possibilidade de aprender, estudar ,compreender e é essa a nossa maior responsabilidade e não a de nos auto-culpabilizar por algo que aconteceu. Creio que a mudança e a compreenção está nas nossas mãos.E a compreenção não significa desculpar, significa aprender e contrapor com argumentação válida para finalmente evoluir.
    Se quiseres, à medida que for ganhando conhecimento sobre este assunto, posso to passar :) (perdoa-me a presunção...)

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  6. Lia
    acho que o estudo da história é essencial para a compreensão do mundo em que vivemos, e só conhecendo o passado se pode evoluir. Aliás, o meu avô costumava dizer que a causa da maioria das guerras era os políticos não saberem geografia - e com isto falava também de história, e da relação entre diferentes povos e áreas geográficas.
    Acho que deve haver espaço à tolerância e diálogo entre o mundo ocidental e o árabe, mas há crimes que não poderei nunca aceitar, e enquanto certas práticas não forem eliminadas, não poderei respeitar os regimes que as permitem.

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  7. se nao esta, devia... chegaremos lá! ;)

    jinhos

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  8. Qual quê! Nos países árabes não há disso ;-)

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  9. Achas, Luna? Como dizia o Mahmud Ahmadinejad no Irão (por exemplo) não há disso. :-)

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  10. "Aliás, há uns tempos uma portuguesa foi mandada para o hospital depois de ter sido agredida brutalmente em amsterdão: estava na rua à noite foi confundida com turca, e só depois de a espancarem perceberam que afinal era engano. Ups..."

    Esta agora não percebi. Qual a ligação que este caso tem com o teu ponto de vista sobre o Islão? Foram crentes que atacaram a rapariga, por ser Turca? Ou foram antes Holandeses por xenofobia? Provavelmente não se sabe, nem se espera que se saiba (claro que se adivinha). O que me parece é que se começa a misturar aqui uma série de assuntos, sem ressalvar as devidas diferenças. E ainda sobre a questão do casamento gay, e isto anda a ser discutido em Portugal? Sim anda, mas não anda. (é como aquele sketch dos Gato Fedorento sobre o Marcelo Rebelo de Sousa e o aborto). Enquanto em muitos outros países da Europa já é algo perfeitamente asusmido, andamos nós a discutir isto, ou a fingir que o fazemos.

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  11. analis14:

    a rapariga foi brutalmente espancada por turcos, por pensarem que era turca - enfim, este nosso ar marroquino engana - e como tal não tinha nada de andar na rua à noite, a grande desavergonhada, de modo que vai de dar uma sovazinha para aprender a não desobedecer a Alá. Este foi um caso. Outro passou-se com uma amiga de um amigo, aqui em Leiden. É turca, e foi insultada, cuspida e quase agredida - não fosse terem chamado a polícia - por um grupo de turcos, pelas mesmas razões: estava sozinha na rua à noite.
    Ou seja, a ligação entre ambos os casos e a minha antipatia relativamente ao islão prende-se com aquilo que já enunciei trezentas vezes: o desrespeito e violência contra a mulher, mesmo em países onde a sua liberdade e direito à autodeterminação são respeitados e valorizados.
    E quanto ao casamento gay, pelo menos anda a ser discutido, algo impensável em sociedades muito islamizadas, onde a existência de homossexuais nem sequer é assumida e muitas vezes negada.
    Mais esclarecida?

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  12. ahah! talvez não fosse para ser piada, mas adorei esta :p

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  13. Certamente que sim, grata pela tua enorme disponibilidade e inquestionável conhecimento... Credo...menos.

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  14. Não falam disso, mas olha que no Egipto é considerado normal (repito, normal) dois amigos ou familiares do sexo masculino andarem de mão dada. Já um casal hetero, que nem pense nisso, que é indecente.
    Uma gaja anda quinze dias a ver homens de vestido pelos pés e de mãos dadas com outros homens, e vem de lá a pensar "deves gostar pouco, deves". São os piores, menina; quanto mais homofóbico quanto mais pensa nisso.

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  15. Analis: Menos? Menos? Eu digo menos a gajas histéricas que se passam porque se critica o Twilight. Não relativamente à indignação contra estes casos, que infelizmente é de menos. Quanto ao tom da respota, veio na linha do da tua pergunta. Não ia dar um exemplo que não tinha nada a ver, não?

    I.: Quando o meu pai esteve nos EUA numa comissão (marinha) teve acesso a uns livrinhos de conduta para oficiais em comissões internacionais, com regras de etiqueta etc. de cada país para não haverem incidentes diplomáticos. Já não me lembro exactamente para que país muçulmano era, mas uma das regras era qualquer coisa como: com os homens pode abraçar, tocar, beijar, tudo e mais alguma coisa, às mulheres nem dizer bom dia.

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  16. Cara Luna, obviamente que ninguém está a dizer menos à violência, venha ela de onde vier, contra as mulheres, o ser humano, os animais. Toda a violência, por menor que possa parecer, essa sim é sempre demais. Então a lógica é a de que usas o mesmo tom com que usam em relação a ti? Supondo que de facto foi esse o tom que usei (ainda bem que me esclareceste também em relação ao tom que usei), a frase 'An eye for an eye and the world is blind'...
    Boa sorte

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  17. "Qual a ligação que este caso tem com o teu ponto de vista sobre o Islão? [...] O que me parece é que se começa a misturar aqui uma série de assuntos, sem ressalvar as devidas diferenças."

    Acho que há uma certa condescendência e atestado de estupidez subjacente a este comentário. Mas se consegues não responder às pessoas no tom que se te dirigem a ti, parabéns, és um ser mais avançado e superior a mim. Eu não consigo.

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  18. "Acho que há uma certa condescendência e atestado de estupidez subjacente a este comentário."

    'Acho' é um verbo opinativo realmente.
    Diverte-te e um bom dia para ti

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  19. Tendo em conta que o tom não tem melhorado, talvez não estivesse enganada. Um bom dia para ti também.

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  20. Por falar em discriminacao (com cedilha):

    http://acapa.virgula.uol.com.br/site/noticia.asp?codigo=9846

    Cardeal diz que gays jamais entrarão no reino dos céus

    http://noticias.r7.com/internacional/noticias/cardeal-diz-que-gays-jamais-entrarao-no-reino-dos-ceus-20091202.html



    (suspiro)

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