Há livros que andamos para ler há séculos, que comprámos há anos, que levamos connosco para todo o lado porque a sua vez será para breve, sem falta, mas vamos adiando a leitura, metendo outros pelo meio, por uma razão ou por outra, porque se calhar até já vimos o filme e conhecemos a história, ou temos outras vontades, até ao dia em que finalmente pegamos nele, agora é que é, lemos os primeiros parágrafos, e pensamos: foda-se, andei eu a perder tempo a ler outras merdas, mas do que é que eu estava à espera, caraças? Foi o que pensei ontem quando comecei a ler “Lolita, luz da minha vida, fogo da minha virilidade. Meu pecado, minha alma. Lo-li-ta: a ponta da língua faz uma viagem de três passos pelo céu-da-boca abaixo e, no terceiro, bate nos dentes. Lo. Li. Ta. Pela manhã, um metro e trinta e dois a espichar dos soquetes; era Lo, apenas Lo. De calças práticas, era Lola. Na escola, era Dolly. Era Dolores na linha pontilhada onde assinava o nome. Mas nos meus braços era sempre Lolita.”. Que monga.
Esse livro é absolutamente fantástico. E se achas que o filme é bom (o do Kubrick porque o de 97 é mais fraquinho)... quando acabares o livro mudas de opinião. Bjs
ResponderEliminarPois, vê lá que o tenho há anos (colecção mil folhas), mas fui sempre pondo outros à frente, e mesmo ontem peguei nele para intercalar com outro, tipo "a ver se é desta". Desde o início é fabuloso.
ResponderEliminarQuanto aos filmes, vi ambos, e concordo, o último é fracote, apesar de jeremy Irons.
Confirmo: tenho-o lá há que séculos, e ainda não lhe peguei.
ResponderEliminarÓ melher, tu vai a correr buscá-lo, a sério! Já me viste este início, já?
ResponderEliminarJá pensaste que se o tivesses lido antes, poderias não olhar para ele da mesma maneira? Tudo tem o seu tempo, mais cedo ou mais tarde...
ResponderEliminarÉ um dos meus livros preferidos. Tenho a certeza que não te vais arrepender de ter pegado nele ;)
ResponderEliminarÓptimo excerto!
ResponderEliminarCuriosamente também é daqueles livros que tenho há anos para ler e há sempre livros que passam à frente...
ResponderEliminarJá. Até o sei de cor: Lolita, light of my life, fire of my loins. My sin, my soul.
ResponderEliminarEra dado como exemplo de um dos melhores inícios - ever - no meu curso do proficiency. True.
É igualado, em mi modesta opinião, pela abertura do Orgulho e Preconceito: (esta fui buscar à net, não sei de cor) "It is a truth universally acknowledged, that a single man in possession of a good fortune must be in want of a wife."
E segue: However little known the feelings or views of such a man may be on his first entering a neighbourhood, this truth is so well fixed in the minds of the surrounding families, that he is considered as the rightful property of some one or other of their daughters.
Lo-ve-ly.
Ou "Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o Coronel Aureliano Buendía havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo.".
ResponderEliminarA minha listinha de 10 livros é infalível.
ResponderEliminarPronto, vou já ler todos! :)
ResponderEliminar(alguns também têm sido adiados over and over, shame on me)
Foi um dos melhores livros que li. Se bem que um pouco chocante, mas isso deve ter sido da idade.
ResponderEliminarMas a escrita de Nabokov, sublime e arrebatadora, tão suave e tão forte (faz sentido sim), é algo de único.
Lolita foi o primeiro que li dele. Agora leio "Convite para uma Decapitação" e quando entrar de férias leio, se tiver tempo, "Desespero". Sim porque as minhas férias estão guardadas para o Anna Karénina, muahaha.
Li o Lolita para aí com uns 18 anos e não foi das melhores coisas que li. Talvez valha a pena pegar-lhe de novo.
ResponderEliminarPois é! Também passo tanto tempo namorando as capas de livros que comprei e ainda não li. Acho que o problema é que esperamos tanto que nossas expectativas ficam muito altas!!! Mas esse livro é ótimo, vale a pena!
ResponderEliminarÉ muito bom o livro, não te vais arrepender. Aliás, a palavra pedofilia quase não te vem á cabeça quando o lês.
ResponderEliminarJá o vi à venda e sempre que passo por ele penso 'eu vou levar-te para casa!', mas esse dia ainda não chegou e agora que li apenas este bocadinho fiquei cheia de vontade.
ResponderEliminarPois eu acho o livro nojento. Assim , como acho nojento todos os livros e todos os assuntos que abordem velhos doentes que não respeitem as crianças. Da mesma forma, que acho repugnante as pessoas acharem este livro muito bom, em que não é possível esquecer que esta é a história de muitas crianças e adolescentes do mundo. Não é possível andar de mãos dadas com livros deste género e com os direitos das crianças.
ResponderEliminarSe gostam deste tipo de escrita escolham livros onde a sedução/sexo é entre gente adulta. E há tantos livros bons por aí.
Esse livro é ficção? Não, não é. Infelizmente.
Tanta adoração mostrada por um livro que conta a história de um velho por uma criança é triste. Simplesmente triste. Mais: repugnante.
Cara Chu
ResponderEliminaros livros, tal como os filmes, existem para retratar a natureza humana, no seu bom, no seu mau, mesmo no seu monstruoso, e nos pôr a reflectir. Daí que um bom e belíssimo livro não tenha que ser moralmente aplaudível, mas apreciado enquanto obra de arte, e retrato de uma vertente humana.
Por essa ordem de ideias, nenhuma das tragédias gregas seria aceitável, nenhum filme de terror, enfim, nenhuma ficção em que o mundo não fosse cor de rosa e as pessoas todas boazinhas. E essa linha de pensamento, embora não chegando ao repugnante de que nos acusa, é altamente imbecil.
P.S. Já agora, leu o livro?
ResponderEliminarChu:
ResponderEliminarApoio a 100%. Vergonhoso!
Oh pelámor da santa, mas voltámos ao tempo da inquisição ou quê?
ResponderEliminarEntão tudo o que é obras baseadas em crimes, não se deveriam ler? Tudo queimado na fogueira como nos bons velhos tempos? Que mentalidade tão tacanha.
Literatura é literatura, bolas! Lá por um livro descrever a mente de um pedófilo, não quer dizer que não seja uma obra prima da literatura. E não é por o reconhecermos que passamos a desculpar um comportamento condenável.
(aposto que não vêem o Dexter)
E presumo então que também nao leram "O Perfume" (curiosamente, o tal livro preferido de meio-mundo).
ResponderEliminarPois. Nem o Crime e Castigo.
ResponderEliminarA minha alma está parva, juro! Já vi muita coisa nesta vida, mas por esta não estava à espera.
E dos livros às séries e filmes é um salto!
ResponderEliminarE aquele parvalhão do Dexter, a cortar as pessoas aos bocadinhos?
E aqueles depravados do Californication?
E aquele execrável "House" a gozar com as pessoas doentes?
E "A Escolha de Sofia" ou "A lista de Schindler" com aqueles horrorosos judeus a matar crianças?
REPUGNANTE!!!
Nem sei como há gente que se atreve a escrever e a filmar sobre isso!!!!!
Maria (outra, thank god).
Errata: judeus, não; alemães. Credo!
ResponderEliminarFiquei tão indignada com estas maldades que até já estou a alterar a verdade dos factos!
Sorry.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarTambém acho tudo para a fogueira!
ResponderEliminarVamos é esconder todos os crimes das pessoas e só escrever livros e filmes sobre florzinhas e criancinhas inocentes aos saltos, porque como se sabe a realidade é apenas essa. Crime só na TV.
E aquela pouca vergonha do «As Benevolentes» do Jonathan Littell (já leste Luna? Altamente recomendado, um verdadeiro murro no estômago, tive pena foi do final, mas sei que não poderia acabar de outra forma para tudo fazer sentido) onde explicam como as câmaras de gás funcionam e explicam tintim por tintim como obrigavam os judeus a escavar as suas próprias sepulturas e depois obrigavam-nos a deitar lado a lado para darem menos trabalho a matar? Vergonhoso e nojento. Fogueira com ele (e com o autor também! mas depois não escrevam sobre isso porque isso é vergonhoso!)!
(tudo isto foi só mesmo para sugerir «As Benevolentes»).
Não li, mas acho que me aparece nas recomendações da amazon. Fica na lista.
ResponderEliminarGostaria de poder mandar o meu filete de pescada e dizer à D. Chu que o livro *É* ficção, não há ponta de relação entre a história e o autor (a não ser ter sido escrita por ele...), e que, independentemente do quão doentia que possa ser a pedofilia, não é isso que está a ser aplaudido mas sim a obra em si, o esplendor da escrita, a paixão não da história em si mas sim da forma como é narrada. Não das acções da personagem, mas como é descrita a forma de como tudo acontece e se passa, independentemente do que esse "tudo" possa ser, seja a história dum homem apaixonado por uma criança, ou por uma mulher. Nabokov até poderia escrever um livro sobre um gato que ia roubar queijo flamengo à prateleira da cozinha, que se escrevesse da mesma forma como escreveu o Lolita, não deixaria de ser tão sublime a nível descritivo e da escrita como Lolita é.
ResponderEliminarObviamente é um exemplo algo exagerado pois a história também é importante mas acho que neste caso, tendo em conta a forma arrebatadora como ele escreve, é o menos. Obviamente é apenas a minha humilde opinião.
(E mesmo que a escrita fosse horrorosa, o livro teria direito à vida mesmo tratando-se de uma história de pedofilia. Afinal também vai voltar aos mercados Mein Kampf de Hitler e na minha opinião é muito pior (sem qualquer comparação) a um romance ficcional como é o Lolita. E o Dan Brown também é um atentado mas é pela porcaria que escreve e no entanto também tem direito a ser publicado. E há quem goste. Por isso deixe lá a pedofilia e aprecie a obra da literatura que é o Lolita.)
Dona Chu, não leia as Benevolentes. Faça-se esse favor. E deixe o Dexter para quem aprecie, e vá cavando no seu quintal a fogueirinha onde vai queimar esta livralhada toda, mas avise do dia, que apareço lá com uma mangueira.
ResponderEliminarFor fucks sake, de onde sai esta gente?
E agora que penso, deixem-me acrescentar algo mais.
ResponderEliminarLolita não só é um livro fantástico sobre um tema algo complicado, mas se alguém o leu e não achou que o homem era doente, e se achou que o facto de ele gostar tão desesperadamente da criança não é degradante levante o dedo.
Digo isto porque seria sim um livro vergonhoso se fosse atraente, persuasivo o suficiente para as pessoas acharem que a pedofilia é algo bom e que gostariam de ser como aquela pessoa. Se o autor defendesse a pedofilia. Mas não é assim que o caso, pelo menos para mim, o caso do senhor é terminal.
Digo isto porque os livros podem criar em nós uma admiração pela personagem. Cá por mim ainda tenho o sonho de ser o Jonathan Strange, acordar de manhã e entrar pelo espelho da casa de banho.
E é hipócrita da parte das pessoas dizerem isso de um livro como o Lolita pois no momento a seguir são capazes de estar a ver a novela e a admirar secretamente personagem tal pelo acto mais corajosamente absurdo e estúpido que tantas outras pessoas têm e que não são de todo bons exemplos. Das poucas vezes que tive a infelicidade de me cruzar com uma tv a dar a novela só me apetece perguntar às pessoas se realmente acham certas coisas normais. Mas pronto. Pode ser na novela um homem a retratar algo mau, mas se for um livro é uma vergonha. Enfim.
Peço desculpa à dona do blog por tamanha tagarelice. Já agora, gosto do seu blog. Leio já há uns meses. Finalmente atrevi-me a comentar e dá nisto.
Ora porra, agora fiquei com vontade de ler «As Benevolentes» outra vez... já tenho lá em Portugal para trazer para aqui um calhamaço de 1000 páginas sobre a Segunda Guerra Mundial que comprei na feira do livro do Porto mas que não me coube na mala e agora ainda vou trazer mais «As Benevolentes» (outras 900 páginas) para ler sabe-se lá quando.
ResponderEliminarÉ melhor não me por a falar do Guerra e Paz senão lá vou ter que pagar excesso de bagagem... :)
Podem dizer o que quiserem que continuo na minha,esse livro é repugnante e o Nabokov era um nojento da pior espécie. E mais, se algum de vocês tivesse sido molestado em criança por um desses tarados, já não apreciavam ou elogiavam esse tipo de literatura.
ResponderEliminarMaria (a primeira)
"A ignorância tem alguma inconveniência. Quando se junta à estupidez, não há remédio." José Saramago
ResponderEliminarÓ Maria, mas desde quando é que o autor disse amén à pedofilia? E, já agora, segundo me contaram, o Humbert Humbert nunca consuma a relação. E se quisermos ser mesmo rigorosos, só se pode falar de pedofilia se a vítima for criança; após a puberdade já não se trata de pedofilia, é uma parafilia mas não a pedo. Boa?
ResponderEliminarE se acha nojento, é não ler. Mas como tem o direito de achar nojento, há quem tenha o direito de gostar.
(Lá em casa vivem o Mein Kampf e o manifesto do unabomber. São pessoas adoráveis, os seus autores? Não, mas existiram e a sua palavra fez mossa e marcou a história. Proibir a palavra alheia por ser perigosa é um dos actos de maior totalitarismo. Me no like. Me cresceu a ouvir mamãe contar histórias de comprar livros proibidos à sorrelfa, de copiar à mão o manifesto do partido comunista, e também o canto nono dos Lusíadas. Experimentem ir lá a casa buscar livros para queimar, para ver o que lhes acontece)
«There is no such thing as a moral or an immoral book. Books are well written, or badly written.»
ResponderEliminarOscar Wilde.
E sim, no primeiro julgamento tentaram atacá-lo por causa de O Retrato de Dorian Gray.
Li-o pela primeira vez aos 14 anos, depois disso já perdi a conta ao número de releituras.
ResponderEliminarE recomendo-te os filmes, Luna. Os dois.
http://gotaderantanplan.blogspot.com/2009/07/resposta-madame-de-tourvel-marie.html
olà
ResponderEliminarfiz um blog novo e adoraria a sua presença por là
me siga por favor
www.amorimortall.blogspot.com
obrigado
beijos
Se não se importassem, estou realmente interessada em saber porque é que Nabokov era um homem repugnante. A sério, quero mesmo saber.
ResponderEliminarE já agora, saber se leu os livros. Acho que toda a gente acha a pedofilia repugnante, mas está-se é a falar do livro.
Porque escreveu aquelas coisas do demo, uma pouca vergonha, valha-os deus nosso senhor e todos os santinhos, cruz credo, vá de retro satanás!
ResponderEliminarEstes escritores, era tudo para a fogueira!
É desta que leio o livro. Eu tentei, mas depois desisti, meteram-se outros pelo meio. Os escritores russos são difíceis, mas uma pessoa em insistindo, vai lá.
ResponderEliminarA menina Luna experimente numa próxima vez, dizer que o livro é execrável desde a primeira página. Ah não, espere lá! Assim iriam dizer que é tola e completamente tacanha em misturar literatura com alguns comportamentos lamentáveis. Ora bolas, fica-se com pouco espaço de manobra.
ResponderEliminarLOL, estes comments são lindos. Eu li esse livro há muitos anos e não gostei, mas hei-de ler de novo porque a opinião muda com a idade. A primeira vez que li o Cem anos de solidão tb não lhe achei muita piada e hoje em dia deixa-me K.O. É o problema de ler bons livros na adolescência, somo tão estupidinhos...
ResponderEliminarSexy! Tenho de ler...
ResponderEliminarLuna, podias tentar ser mais educada. Lá porque não concordo contigo não quer dizer que seja ignorante ou estúpida. Ou só respeitas as pessoas que dizem amém às tuas opiniões?
ResponderEliminarErrata: não é amém, mas amén.
ResponderEliminarMaria (a primeira)
Não tem a ver com a minha opinião pessoal. Mas a partir do momento que se condena um livro que nao se leu, e um escritor que não se conhece, não percebendo as diferenças entre retratar um comportamento humano e aprová-lo, sim, parece-me muita ignorância. E teimosia em manter um ponto de vista que simplesmente não é válido.
ResponderEliminarNabokov é um escritor completo. Lolita, é um bom livro mas não é o que mais gosto deste escritor, não pela história em si, mas porque li o "Dom" e este sim, para mim é o seu melhor livro.
ResponderEliminarAconselho a Maria a ler "Opiniões Fortes" do Nabokov para poder entrar no universo deste grande esctitor!
Não li, mas tenho-o a espera.... boa semana.
ResponderEliminarTantas vezes que isso acontece. Livros que chegam a ficar meses perdidos por casa, e quando finalmente os lemos quase que nem paramos para dormir :)
ResponderEliminarabolamos toda a arte e está o caso resolvido, porque o artista nabokov na verdade não pode ser absolvido de o ter pensado, ao livro... o que nos habita por dentro, como seres cheios de contradições, é a matéria cujos artistas trabalham. e uns fazem-no bem, muito bem mesmo.
ResponderEliminarNão resisto a meter a colher:sobre estas questões de atirar livros para a fogueira, Fahrenheit 451 de Ray Bradury explica como Nabokov, Saramago e toda essa gente que se atreve a escrever, podem todos ir parar à fogueira.
ResponderEliminarA ficção é ficção, que é ficção, que é ficção...
E quem (leu e) achou a personagem do Humbert Humbert um elogio à pedofilia que atire um livro (para a fogueira, claro).
Temos também que amandar os livros do Gabriel, que também é um grandessíssimo porcalhão e escreveu o Memórias de Minhas Putas Tristes! Já agora mande-se também o Gabriel, que é para não se pôr a imaginar semelhantes coisas (que não existem, é esta gente que anda a colocar ideias na cabeça das pessoas. No princípio era o livro...)
ResponderEliminarJá li, gosto muito da história, apesar de ser obviamente perturbadora, e a escrita do Nabokov é muito interessante, ainda que, mais para o fim, me ter aborrecido um bocado (os escritores russos são difíceis!). Mas hei-de lê-lo de novo, até porque já passaram uns 4 ou 5 anos desde então. E nunca li mais nada dele, mas hei-de experimentar.
ResponderEliminarComo alguém já referiu aqui, acho bem pior, por exemplo, Dan Brown, não pelas histórias em si, mas face ao sucesso que uma escrita tão fraquinha consegue alcançar. E tem tanto direito a publicar as suas histórias como os outros! Quem não gosta, não lê.
Sim:
ResponderEliminarhttp://meninalimao.blogspot.com/2007/12/os-trs-comeos-de-livros-mais-geniais.html