14 de março de 2012

A honestidade e outras considerações

De todas as características fundamentais para fazer um bom cientista, há uma que, sendo simultaneamente das mais subestimadas, me parece sobressair, devendo idealmente sobrepor-se ao orgulho, e que é a honestidade. Um bom cientista deverá ser capaz de reconhecer um fracasso, que se enganou, e por mais tempo que tenha investido, ser capaz de admitir que aquele caminho que escolheu não leva a lado nenhum, paciência, de volta à casa da partida.
Infelizmente, numa época em que se valoriza a competitividade, e com a pressão das publicações, reconhecer que se falhou não é assim tão simples, surgindo muitas vezes a tentação de aldrabar, publicando na mesma os bons resultados, omitindo os maus. Com sorte, e se se trabalhar numa área relativamente nova, os reviewers não perguntarão pelos detalhes omitidos, e o artigo é aceite, apesar de parcialmente falso.
Quando se trabalha em ciência, o nosso valor como cientista é maioritariamente medido pelo número de publicações, e a falta delas é geralmente vista como incompetência, sendo muito difícil provar que a falta de bons resultados não corresponde a preguiça ou falta de trabalho árduo, mas apenas à impossibilidade de atingir o objectivo proposto pelo caminho que se escolheu e no qual se investiu, por mais que se tente.
Após três anos de insucesso atrás de insucesso, de um first draft escrito há dois anos e que teimou permanecer em draft por falta dos resultados ambicionados, com uma auto-estima pelas ruas da amargura por nos ser dito a cada reunião semanal que não somos bons cientistas por não termos ainda publicado e que nunca conseguiremos acabar o doutoramento, a certa altura vemo-nos confrontados com a pressão para tentar publicar os resultados obtidos na mesma, omitindo as provas de que são apenas aparentemente bons, embora sabendo que não o são. 
E perante o impasse, cabe-nos tomar uma decisão. Optar por tentar salvar a pele, ou permanecer fiel aos nossos princípios e recusarmo-nos a publicar aldrabices, mesmo em prejuízo próprio, arriscando-nos a não nos conseguirmos doutorar. É nessa altura que temos de pensar no que nos levou a escolher esta vida, se o proveito próprio ou o acreditar no que se faz, no contributo à ciência, e se mais do que reconhecimento, preferimos a preservar a nossa integridade. Eu escolhi a segunda opção, ciente dos riscos.
Por pura teimosia, com um plano B na mesa, mais fácil e praticamente garantido, resolvi não desistir, ir contra tudo o que foi dito na literatura, ignorar os conselhos do orientador, e à sua revelia seguir outro caminho, out of the box, sem grande esperança, já num descargo de consciência, numa derradeira tentativa.
E finalmente obtive muito bons resultados. Muito bons resultados mesmo, com o caminho que o meu orientador me disse expressamente para não seguir. E de repente começo a reler os artigos publicados por grupos rivais muito conceituados e a perceber que aquilo é tudo bullshit. Que, de certeza, tal como eu, observaram os mesmos problemas, mas que a pressão de publicar falou mais alto e os ocultaram, tratando os resultados obtidos de forma bonitinha mas falsa, e que ninguém reparou. Que, neste momento, sou a única pessoa do mundo que sabe mesmo como fazer isto. E que o grande desafio reside na capacidade de se conseguir ou não escrever, com todas as letras, uma simples frase: que se conseguiu atingir total e eficazmente o objectivo. 
E agora, após três anos de falhanços sucessivos, sei finalmente que serei capaz de a escrever sem que se me revolva completamente o estômago. 

66 comentários:

  1. Clap, clap, clap (e de pé!). Tenho-me pautado pelos mesmos princípios e ainda que as nossas áreas sejam bastante diferentes, há muito onde se tocam e acredito cada vez mais que temos de ser fiéis aos nossos princípios e àquilo em que acreditamos como cientistas.
    (e o facto de termos chegado a uma conclusão que seja - isto não esclarece nada, é também um avanço científico; é menos uma hipótese a tratar dessa forma).

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    1. Pedro: neste momento sei de uma forma de conseguir o objectivo, e centenas como absolutamente nao conseguir. Infelizmente raramente se consegue ser publicado com "como não fazer algo".

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    2. Já agora, é impressionante como de repente passei de besta a bestial, com orientador novamente interessado, a mandar montes de mails a saber de novos resultados e assim. Bolas, eu precisava de incentivo era quando tudo corria mal, e nessa altura só me mandavam para baixo.
      E não fosse eu teimosa que nem uma mula, ou teria desistido e ido pelo caminho mais fácil.

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    3. Acredito, acredito. E é difícil conseguir "criar" sem apoio externo. Agora só te basta uma forma correcta e de acordo com os teus princípios. É focar-te nela e cagar lá do alto para a velha questão de quem tem a pila maior. Temos é de ser melhores que ontem e não relativamente ao vizinho do lado. Se vamos passar a vida a lamentarmo-nos que temos menos artigos que ele, aí é que não avançamos mesmo. Força com isso!

      (e não se consegue ser publicado dessa forma muito devido a centenas de papers fraudulentos quanto ao resultado, o que torna a coisa ainda mais grave ;) )

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    4. Pedro, eu fui muito prejudicada e atrasada por acreditar em papers fraudulentos, que me levavam a crer que aquele era o caminho a seguir. Mas lá está, só a experiência prática nos permite distinguir o que é verdadeiro ou nao, e isso leva muito tempo.

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  2. Vai em frente, Luna, estou contigo e subscrevo, na íntegra, todo o teu post. "At the end of the day" é excelente, fenomenal, mesmo, estarmos bem connosco, no matter what.
    Não deve ter sido fácil, acredito que não, mas MUITOS PARABÉNS!

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  3. Muitos parabéns pelo sucesso!!!!!
    Apesar de não ter seguido investigação, a minha licenciatura é num ramo das ciências e falando com colegas meus que enveredaram por esse caminho, reparo que enfrentam muitas vezes o mesmo problema que tu. Fico feliz porque acredito que escolheste o caminho certo e isso além de te deixar de consciência tranquila, abrir-te-á portas por ter descoberto algo que tantos outros escreveram mas...mal.
    Mais uma vez parabéns e continuação de muito sucesso!

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  4. Eu fui mesmo mesmo pressionada a tentar publicar resultados que eu sabia não serem bons por testes posteriores. Bastava ocultá-los, e passava. Mas eu sabia que eram falsos bons, e não conseguia. Eu não conseguia dizer que tinha optimizado uma coisa que eu sabia que era tudo menos óptima.
    E agora que tenho a óptima, ainda bem que não cedi.

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  5. Nos aqui no laboratório temos um lema irónico de: "if nothing goes right go left". Que nada tem a ver com o procurar o caminho mais fácil - para publicação (como o laboratório da porta ao lado e tantos, tantos outros). Na busca da excelência (ou da publicação, mesmo) primamos pela competência e honestidade... mesmo em prejuízo próprio (foram precisos ANOS, mas acho que as minhas orientadoras estão a suavizar o "ser mais papista que o papa" que tanto as caracteriza). O nosso left é o nunca desistir. O nosso left, é mudar o estudo, o objectivo, a amostra mas nunca os princípios.
    E é por isto que sempre que vêm convites de fora do lab. para orientar uma tese de mestrado começo com suores e calores assim que começam a descrever a metodologia.

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    1. e claro, PARABÉNS, FDX! (que são as duas palavrinhas certinhas quando aqui algum de nós publica um artigo ou descobre onde estava a namorada do Wally (a EUREKA!) ;-)

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    2. O problema aqui na holanda é que, infelizmente, para nos doutorarmos, precisamos no mínimo de 4 artigos - pelo menos 3 como primeiro autor e 1 como segundo -, que faz muita pressão para publicar no matter what.

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    3. Luna, aqui com as minhas orientadoras preciso dos 4, como primeira autora. E no mínimo 2 de primeiro quartil... ;-)

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    4. O meu primeiro, faz sábado 17, um aninho! E vai ter direito a bolo!!! (e vai ter também direito a copos, já que o aspirante 3º está em ultimo draft no e-mail da orientadora desde sexta) e o 2º está a ganhar pó há 4 MESES em "under review" na revista onde foi submetido... )

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  6. O que eu quero saber é o seguinte: bolo. Há bolinho? :D

    A sério, muitos e muitos parabéns. E eu sou um bocado trenga, palerma, tola, mas achava que em ciência teria muita utilidade alguém publicar o what not to do, evitava que outros perdessem tempo por esse caminho, e quem viesse atrás avançava mais depressa. You go, girl, como já disse sou um bocado palhaça, parvinha, idiota, mas acho que a honestidade compensa, sempre. E é muito mais confortável e saudável, andar de costas direitas.

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    1. E deveria ser. Infelizmente, é muito difícil publicar what not to do.

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    2. P.S. bolinho só quando publicar.

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    3. Até te faço o bolinho e te obrigo a comê-lo e dizer que está uma maravilha, mas depois lá vai a honestidade pela janela ;)

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  7. Parabéns, Ana. Em Psicologia Social esta questão agoraéstá mesmo em alta. Depois do "Stapel affair" (não sei se ouviste falar, foi aqui na Holanda), a psicologia social ficou muito prejudicada e agora certos papers começam a ter muito impacto na disciplina falando de como devemos ser mais honestos nos nossos papers e reportar os resultados esquisitos, falhados, condições experimentais abandonadas, etc. No fim, é a ciência que ganha. Boa sorte para os papers que aí vêem.

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  8. Ou escolhemos fazer ciência, ou escolhemos ser aldrabões e a primeira opção é a que deve prevalecer.
    E também é preciso os orientadores por vezes baixarem a cabeça e perceber que se estamos a fazer um doutoramento, é porque temos ideias e boas ideias.
    Muito Parabéns e continuação de bom trabalho, que esse nunca acaba :)

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  9. Muitos parabéns. :) Tenho visto o stress de vários amigos que estão a entregar e a defender suas teses de Doutoramento, nada como chegar ao fim sem pesos na consciencia e dever cumprido.

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    1. obrigada. tenho muito trabalho pela frente, mas pelo menos agora sei que os bons resultados são mesmo bons.

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  11. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Pusinko

      deveria ser a regra, mesmo, mas a pressão para publicar, mesmo com resultados nao tao bons assim, é muito grande. Eu fico contente por ter resistido, porque os meus resultados actuais contrariam todos os anteriores, e teria de me desdizer, caso os tivesse publicado.

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    2. P.S. e os meus resultados actuais mostram 60 vezes mais eficácia in vitro que os anteriores.

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  12. Em alguns anos vais ter inúmeras citacoes :) Demora a pegar num paper radical, mas a certa altura nao se lhe pode fugir. Mesmo os grupos rivais famosos....
    A verdade é como o azeite. E resultados 60 vezes mais eficazes sao muito à frente seja em que tema/técnica for.

    cheers!

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  13. Sigo-te há anos, acho que nunca comentei, nem quando li a história de como conheceste a Andorinha, mas tenho de te dar os parabéns, dizer que fiquei muito contente por ti e com um sorriso duma orelha à outra ao ler este poste :-)

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  14. Sigo-te há anos, acho que nunca comentei, nem quando li a história de como conheceste a Andorinha, mas tenho de te dar os parabéns, dizer que fiquei muito contente por ti e com um sorriso duma orelha à outra ao ler este poste :-)

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  15. Pois é a vidinha... São milhões envolvidos na investigação e a pressão dos resultados é mais que muita. É muito mais fácil ir debitando insignificantes resultados para alimentar a ânsia e justificar o valor do teu trabalho. A maioria das vezes a ausência de resultados é tão frustrante que se opõe aos princípios da honestidade e humildade. Parabéns por não teres cedido

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  16. Como "cientista" não posso deixar de te dar um grande YYYAAAAYYY!!!
    Parabéns! Compreendo completamente esse dilema e só peço que em toda a minha carreira consiga ter o discernimento para optar pelo melhor caminho.
    Continuação de um óptimo trabalho!

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    1. É engraçado como não nos conseguimos denominar cientistas sem aspas. É um defeito de profissão, que nos leva a não nos sentirmos dignos de nos chamarmos cientistas antes de muitas provas dadas, e que nos leva a não saber bem como nos definirmos. Aspirantes a cientistas, talvez?

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    2. Bem reparado! Estive um tempo a tentar definir, mas saiu "cientista"... Por um lado qualquer pessoa que se dedique à ciência é merecedor dessa nomeação, mas na realidade parece ter muito peso para ser usado de ânimo leve...
      Beijinhos cientista! =)

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  17. Gosto de ti assim. Confio em ti. Sempre confiei. Sempre achei que eras capaz. Sei que és teimosa que nem uma mula e que ias conseguir, nem que fossem precisos mais 3 anos. Gosto de pessoas que não atiram a toalha ao chão. Sabias que em 5 anos de faculdade nunca desisti de um exame? E hj em dia, por mto mau que esteja o cenário tb não desisto. E essa é talvez a característica que mais admiro no ser humano: a persistência. O acreditar EM SI MESMO. Tenho a certeza que aprendes imensas lições, mas do teu texto depreendo uma fundamental: aprender a acreditar mais em nós do que nos outros, às vezes ser-se arrogante e não se ter admiração por outros é bom. Faz-nos pensar mais out-of-the-box, pensar em como NÓS achamos que deve ser feito e não como o outro acha que nós o devíamos fazer. Digo-te mais, Phd acabado, e um bom report feito à péssima qualidade do teu orientador era uma excelente lição ao dito senhor cientista. Porque os nossos superiores tb têm q ser avaliados, e alguém que não te incentiva, que te leva a chegar a resultados pelo caminho fácil e pouco raciocinado merecia levar uma bela palmada no rabo.
    Parabéns Ana. És XXL!
    (PS: A Zana é minha amiga, esteve aqui há uns meses cá em casa e disse-me o mesmo, q te lê há anos e nunca tinha comentado. Partilhar os mesmos valores que tu faz dela uma excelente rapariga.)
    Beijos grandes!

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    1. Minha querida, obrigada. E todos os sucessos sabes que te serao comunicados em primeira mão. :)

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  18. Muitos parabéns Luna. Sempre admirei a tua persistência. E agora ela está a dar frutos ;)

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  19. Boa, Luna. Todos os parabéns. Acho de uma irresponsabilidade atroz os exemplos que deste. que o ego jamais se sobreponha ao objetivo final, jamais...
    e acho mesmo que essa é a diferença entre um bom académico e um gajo que está lá só pro prestígio. a nossa consciência é, mesmo e felizmente, o que nos mata.
    you go, girl.

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  20. Parabéns! Bem sei o que falas, oh se sei... Já tinha publicado uma revista inteira sobre o que nao é boa ideia fazer pois vai revelar se uma grande perda de tempo e conduzir a zero resultados. Infelizmente esses nao sao publicáveis por isso continuo a ver navios e a tentar e tentar. E o que mais me irrita é ler papers todos bonitinhos sobre o tema em que tudo parece correr bem mas que sao impossíveis de reproduzir. Um dos compostos com que trabalhei oxidava completamente em contacto com o ar e nenhum dos papers referia esse pequeno problema que impedia toda a experiência de prosseguir... As vezes penso que eles inventam mesmo resultados!

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    1. eu cada vez me convenço mais que por vezes inventam mesmo. um dos papers que vi apresentava um release study em que no dia zero começava em zero e 24 horas depois passava a 90%. Ora, eu sei perfeitamente que logo no t=0 se tem aí 85%, mas eles simplesmente ocultaram essa medição para que parecessem resultados aceitáveis.

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  21. Parabens miuda :)! Tenho muito orgulho de ti e das tuas decisoes. Isto e so o comeco do sucesso que tu mereces (sabes bem que sempre acreditei em ti). Vou estar na Holanda fins de Maio (dou-te um beijinho de parabens nessa altura).
    Beijinhos

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    1. Sim claro :)! La vamos nos as duas comer sem parar. Mas para alem do sushi estou a pensar organizar um outro jantar com o pessoal amigo (algumas pessoas tu ja viste nos meus anos). Mais perto da data eu envio um email a toda a gente (ainda faltam mais do que dois meses!!!!)

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  22. Parabéns, muitos! E cheios de força. Porque não compreendo na pele aquilo por que passaste, mas concordo que, frequentemente, saber o que não fazer pode ser tão ou mais útil do que saber o que ou como fazer. É pena que ainda não estejamos nesse ponto e que o conhecimento se meça só pelos resultados positivos, ignorando a imensa riqueza do que nos ensinam os negativos.

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  23. Magnifico. Fico muito contente por teres conseguido obter o que procuravas de forma etica. Jamais duvidei do teu sucesso. Agora, e' continuar por muitos e muitos anos... :)

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  24. Muitos parabéns.
    Continua assim, sem desistir dos teus ideais

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  25. Parabéns! É por isso que gosto tanto de ti. Por isso que te leio há anos. Porque não só és inteligente, engraçada como és também honesta. Com honestidade chega-se sempre lá. Pode ser mais lentamente, mas chega-se.O que é certo é que pelo caminho aprendeste muito mais do que todos os outros que publicaram estudos fazendo batota.

    Sónia F.

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  26. Não há nada mais reconfortante que podermos deitar-nos à noite, tranquilos com a nossa consciência. You go girl!
    Agora venha o bolo e o champagne sff

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  27. Parabéns, não só pelos bons resultados mas também pela honestidade e pelos princípios. :)

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  28. Boa, Luna, nunca se deve desistir :)
    PS: pensava que era só nas ciências sociais que havia alguma... er... distorção de resultados ;) mas afinal também há nas ciências exactas?

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    1. Nas ciências exactas não é tanto distorção dos resultados, mas mais omissão. (aquilo que parece bom, pode mostrar-se não tão bom em experiências posteriores e isso ser omitido, e se ninguém as pedir, pode passar)

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    2. Por exemplo, no meu caso, eu tinha resultados aparentemente bons, que testes posteriores mostravam serem enganadores. Bastava não os incluir e ninguém se lembrar de os pedir (como fizeram outros autores), e passava por um sucesso.

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  29. Estás lá miúda :D
    Agora, mesmo que ninguém perceba do que andas a tratar, conta lá à malta o que é :P

    Parabéns

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    1. Não posso, mesmo. Pelo menos antes de estar publicado.
      (confidenciality agreements etc)

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  30. Boa! Parabéns pelo trabalho e pela integridade

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  31. :))))) Fico muito contente por ti, Luna. E orgulhosa. :))) Hj dps de um dia estafante, um sorriso nos labios. ;)

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  32. inspirador :) [para quem um dia quer poder sentir que é "a única pessoa do mundo que sabe mesmo como fazer isto."]
    parabéns pela tua garra *

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  33. Excelente texto, e excelente carácter o de quem o escreveu. parabéns, Luna, e felicidades.

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  34. Como isso te deve aquecer a alma:) Muitos parabéns!!!

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  35. Luna, este seu "post" está muito bem escrito, a Luna escreve como respira!
    Sou comentador frequente do seu blogue desde que o descobri porque aqui, nestas suas linhas, vê-se a sua "alma", a Luna está aqui toda, é genuína, igual a si própria.
    Este blogue não tem máscara, está vivo.

    Quanto aos resultados do seu trabalho, parabéns e muita força!
    3-beijinhos-3 e um bolo! ahah
    Parabéns por:
    - Ter seguido outro caminho, out of the box.
    - Ter conseguido atingir o seu objectivo, totalmente.
    E, mais que tudo, parabéns por querer fazer avançar o conhecimento e a ciência e não estar obcecada com seu umbigo/sucesso a qualquer preço, aldrabando.

    A Luna está nas trincheiras da ciência, na linha da frente, a desbravar caminho no Desconhecido, a alargar as fronteiras da Realidade. Não há sítio mais excitante para se estar, quanto a mim. ;)

    Quanto ao valor do cientista ser medido pelo número de publicações, tipo "a peso", para mim isso é ridículo e leva às tais aldrabices, do lado dos cientistas. Do lado das revistas, deve haver por vezes corrupção para publicar o X mais rápido do que o Y, certo?
    Trabalhei em Portugal para um laboratório farmacêutico norte-americano, na altura nº1 mundial, durante 13 anos e sei como os resultados dos estudos e das experiências podem ser manipuláveis... Não me espantou nada o que a Luna contou.

    A Luna é uma grande Mulher e não preciso de a ver a sair de um pouco ecológico e comprido carro negro blindado ou a exibir uma estatuetazita dourada um bocado pirosa para lhe dizer isto.
    Podes andar de Bina, mesmo. :)

    É mais uma rodade de cake, gefeliciteerds and !3-kisses-3! para esta mesa, ó-faxa-vôr!

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  36. És a partir de hoje, a minha heroína.

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